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É impossível falarmos da evolução da programação sem evocar a história da computação. E pode acreditar, ela começa muito antes do que se imagina! Você sabia, por exemplo, que o ábaco – instrumento utilizado por civilizações antigas e pai da calculadora – foi quem deu origem ao primeiro computador do mundo? Pois é. Foi a necessidade de resolver cálculos cada vez mais complexos e de forma rápida que contribuiu para que a invenção se materializasse, com sistemas de códigos inseridos e comandos automáticos.

No começo do século XIX, o mecânico francês Joseph Marie Jacquard deu um salto. Ele construiu o Tear Programável Jacquard. Como o nome já diz, a máquina era um tear que fazia cortes de tecido muito precisos e mais ágeis que alfaiates. O aparelho funcionava com a inserção de cartões com perfurações que formavam diferentes combinações que, quando traduzidos pelo sistema, processavam o tipo inserido.

Com uma engenhoca que já obedecia comandos, faltava simplificar um pouco mais as codificações usadas para que tivéssemos a base dos sistemas como conhecemos. Um pouco depois da invenção do mecânico, Ada Lovelace, única filha legítima do poeta Lord Byron, escreveu o primeiro algoritmo que seria lido por um mecanismo, que vem a ser a primeira linguagem de programação e que rendeu a ela o reconhecimento de “mãe da computação”.

Após a publicação do algoritmo de Ada, o inglês George Boole criou um sistema lógico, no qual os comandos e resultados das operações eram representados por uma chave de dois números: 0 e 1. Nascia assim o código binário, utilizado até hoje no hardware de todos os computadores.

 

Das resoluções de problemas matemáticos aos aplicativos

Até metade do século XX, as linguagens de programação criadas eram, quase todas, dedicadas a resolverem problemas matemáticos. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi criada a primeira e mais próxima ao que temos atualmente. Chamava-se Plankalkül  e foi desenvolvida para que o exército nazista enviasse mensagens codificadas a suas tropas. Apesar de ter sido a primeira, por razões óbvias, não foi amplamente usada ou divulgada.

Outra invenção importante que aconteceu durante os conflitos foi a Máquina de Turing, feita pelo matemático britânico Alan Turing. Nela, eram decifrados os códigos que a frota naval alemã usava para posicionar seus ataques. O aparato ajudava a descriptografá-los por meio de um sistema automático simples, que permitia o uso e manipulação de símbolos. Assim, tornou possível o processamento de outros caracteres, relacionando-os com números. As ideias de Turing precederam a Inteligência Artificial.

Já nos anos 50, com o avanço da tecnologia computacional, foram criadas outras para diversas funções: A-0, Fortran e COBOL, com ampla aceitação comercial e a Lisp, que teve um papel fundamental no desenvolvimento da ciência da computação e na origem do que vem a ser AI.

O grande marco, no entanto, foi a linguagem orientada a objetos, que é um modelo de análise, projeto e programação de sistemas que permite a interação entre softwares. Ela facilita a comunicação entre o sistema/software e o usuário da máquina, armazenando o estado de cada atributo de comando. É a partir dela que originaram Java, PHP, JavaScript, Python, C e C++.

Até os anos 90, o mundo dos códigos era quase restrito aos softwares dos primeiros computadores pessoais e nas áreas de pesquisas relacionadas à matemática e ciências. Com a comercialização da internet surgem os websites e com eles, a necessidade de comunicar-se de maneira simples e rápida com seus usuários. Assim surgiu a popular Java, ainda presente em vários sistemas operacionais, que quando aplicada interpreta códigos HTML.

Mas, era preciso evoluir e melhorar templates e aplicações para a internet. Uma das linguagens de programação  mais bem aceitas para programar websites é a PHP, baseada nas C e Perl. Por ser de código aberto, ou seja, todo programador pode utilizá-la e adicionar novos comandos. Além disso, possui sistema dinâmico, processa e transforma as compilações em HTML e integra bancos de dados.

Contudo, ela não é a única que consegue construir e executar comandos com facilidade. A Python pode ser ainda uma melhor opção para sistemas que exigem mais complexidade, muito além da construção de um site. Ela é indicada para jogos e qualquer outro tipo de desenvolvimento que exija técnicas de Inteligência Artificial. Para o mesmo uso, ainda são indicadas as Swift e Objective-C. Para usar, não tem erro: a dica é avaliar para qual plataforma e dispositivo a linguagem escolhida é mais indicada.

Mesmo com tantas opções, cada uma com suas particularidades, a mais popular no mercado atualmente é a JavaScript. Criada para navegadores e suportada por todos eles, ela oferece ainda mais interatividade às páginas de web, por permitir mudanças nas estruturas com mais facilidade que as outras, além de ter fácil leitura e aplicação.

Existem ainda várias outras e seus aprendizados dependem da função final que o programador deseja. E para quem quer aprender, não existe uma receita ideal para a escolha da primeira. Talvez, o principal, seja escolher aquela em que pareceu-lhe mais fácil, bem como, sua usabilidade no mercado.

DA COMPUTAÇÃO À PROGRAMAÇÃO: A EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM WEB
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