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Tocantins e Goiás, a exemplo do Amazonas, desenvolvem experiências que usam tecnologias digitais como ferramentas de formação e inclusão informacional de escolas, professores e estudantes.

#NovoEnsinoMédio#TecnologiaDigital

Imagem mostra a estudantes de uma escola indígena.

O Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado em 9 de agosto. A data foi instituída pela ONU (Organização nas Nações Unidas) em 23 de dezembro de 1994, com o objetivo de educar o público em geral sobre a história e a luta dos povos indígenas, bem como mobilizar a vontade política e recursos para apoiar causas ligadas à defesa de direitos destes povos. Mesmo com os esforços para assegurar direitos fundamentais a essa população, ela permanece em situação de grande vulnerabilidade frente ao avanço sistemático e violento sobre suas terras, a destruição das florestas e rios, a perda de suas tradições e a redução de sua qualidade de vida. Essa situação representa um grande desafio também para a educação, em especial para as escolas indígenas.

Segundo o Censo Escolar 2021 produzido pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), existem hoje no Brasil 3.359 escolas indígenas. Praticamente metade delas (49%) não possuem saneamento básico, 30% não têm energia elétrica e 75% não têm acesso à internet.

No entanto, algumas experiências de políticas públicas têm conseguido transformar a realidade dessas escolas unindo criatividade, tecnologias digitais e capacidade de gestão.

 

Criatividade na busca de soluções para a formação e inclusão digital dos professores de escolas indígenas

No estado do Tocantins, a solução encontrada para dar acesso a uma educação mediada pela tecnologia para os povos indígenas foi a implantação de Polos de Apoio às Escolas Indígenas. Esses espaços são criados em centros urbanos próximos às escolas e visam oferecer infraestrutura informacional e suporte técnico para os professores. Cada unidade possui internet de banda larga, computadores e impressoras. A secretaria também oferece formação para os professores para o uso pedagógico desses equipamentos. Além disso, os educadores passam a ter acesso às formações em ambientes virtuais oferecidas pela secretaria de Educação.

“Aqui temos 496 escolas – mais de 90 escolas indígenas, mais de 40 escolas rurais e duas escolas quilombolas. Então, a tecnologia para o uso educacional precisa ser considerada na perspectiva desses quatro tipos de lugares e professores”, explica Erick Goes, diretor de tecnologias educacionais da secretaria estadual de Educação.

Desde o início do projeto, quatro unidades foram criadas: polo de Tocantínia (que atende o povo Xerente); Itacajá (povo Krahô); Formoso do Araguaia (povo Javaé); São Félix do Araguaia (povo Karajá).

 

Internet via satélite garante o acesso ao ensino médio a estudantes indígenas

Inspirada pelo Centro de Mídias do Estado do Amazonas, a Secretaria de Educação do estado de Goiás criou, em 2020, o Programa Goiás Tec – Ensino Médio ao Alcance de Todos. O programa nasce da necessidade, imposta pela pandemia de Covid-19, de oferecer modalidades de ensino não presenciais a todos os alunos da rede pública do estado. Porém, passada a fase mais aguda da crise sanitária, o foco do projeto passou a ser permitir que regiões remotas tivessem acesso ao ensino médio sem a necessidade de grandes deslocamentos.

A secretaria estadual de educação explica que o “Goiás Tec oferta o Ensino Médio regular com o uso de ferramentas tecnológicas. As aulas são ministradas, em estúdio, por professores habilitados em cada área de conhecimento e transmitidas, via satélite, em tempo real, aos estudantes que estarão na sala de aula interativa da sua comunidade. Além disso, existe acompanhamento e orientação de um professor mediador, a fim de garantir a comunicação e a interação por meio de chat entre os participantes desse processo de ensino e aprendizagem.”

Dentro do conjunto de ações do programa, foi instalada internet banda larga via satélite em todas as escolas indígenas do estado, localizadas nos municípios de Cavalcante, Flores de Goiás e Rubiataba, atendendo 218 estudantes indígenas.

No Dia Internacional dos Povos Indígenas, conheça experiências de inclusão digital de escolas indígenas
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, conheça experiências de inclusão digital de escolas indígenas