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22.05.2019
Tempo de leitura: 5 minutos

Tecnologias e redes sociais engajam professores em formação online

Com o intuito de incentivar educadores na realização de cursos do Escolas Conectadas, os municípios de Fortaleza e Cabo de Santo Agostinho (PE) elaboraram um plano de boas práticas voltados para a formação a distância.

Desde 2017, a Fundação Telefônica Vivo trabalha em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (CE) para levar formação online continuada a educadores da rede, por meio do projeto Escolas Conectadas, e incentivar a inovação educativa nos municípios.

A fim de incentivar professores e gestores a adotarem boas práticas e manterem o engajamento nas formações a distância, a rede de parceiros articuladores do projeto em Fortaleza, com apoio da Fundação Telefônica Vivo, elaborou um plano de acompanhamento pedagógico para os cursos do calendário deste ano. A ideia partiu de um diagnóstico local de que era possível levar os cursos da plataforma a um maior número de interessados em 2019.

“Trabalho com EAD desde 2009 e tínhamos uma situação de enfrentamento, já que queríamos mais cursos, mas precisávamos melhorar a adesão”, conta Germânia Furtado, coordenadora da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A instituição é umas das articuladoras locais e mantém contato direto com os professores e educadores da rede cearense.

A coordenadora explica que a idealização do plano foi possível pela ampla experiência da equipe com educação a distância e pela facilidade proporcionada pelas redes sociais e a tecnologia atual. “A tecnologia disponibilizada hoje, mesmo que não tenha sido feita especificamente para educação, ajuda muito. Hoje em dia não precisa de um estúdio super equipado para fazer um vídeo e atingir um número maior de professores”, acredita.

O Escolas Conectadas oferece cursos de diversas modalidades e cargas horárias, seja via articulação com redes de ensino, seja diretamente pelo site da plataforma. Os certificados são emitidos por instituições de ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC): Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e Instituto Singularidades.

Até o final de 2019 serão oferecidos três cursos da plataforma Escolas Conectadas para educadores de Fortaleza (CE). O primeiro deles, “Escola para todos: inclusão de pessoas com deficiência” teve 306 inscritos e foi realizado entre abril e maio.

Os outros dois cursos previstos são: Escola para todos: promovendo uma educação antirracista”, entre junho e julho, e Produção colaborativa do conhecimento: redes para multiplicar e aprender, entre agosto e setembro. A expectativa é alcançar um total de 900 profissionais até o final do ano.

Mesclando online e offline

As estratégias do plano de acompanhamento pedagógico incluíram o uso de redes sociais e algumas ações presenciais, mesclando o mundo offline com o digital. Na fase de inscrição, foi feito um vídeo explicando a dinâmica de uma formação online com dicas de como levá-la adiante.

Via Whatsapp, foram criados três grupos com dois mediadores se revezando entre eles, destinados a sinalizar datas e atividades relevantes, além de ser um canal para os educadores compartilharem dificuldades e problemas técnicos.

Ao longo do curso, os educadores também tiveram acesso a um plantão presencial, além de assessoria via telefone com uma explicação detalhada tela a tela. Segundo a coordenadora da UAB, trazer essa faceta híbrida aos cursos, com momentos de atendimento presencial, auxilia o aprendizado do educador que ainda está vivendo a transição entre o analógico e o digital.

O plano também foi eficaz para aliviar reclamações por falta de tempo e auxiliar na administração das tarefas. “Uma formação online exige tempo, mas pode ser administrada dentro de cada necessidade e se encaixar na rotina. É preciso disciplina pra cumprir o horário e estabelecer um cronograma. Por fim, é necessário recorrer à autoaprendizagem para buscar elementos associados àquele curso e levar isso para a vida e para a profissão”, finaliza Germânia.

O caso de Cabo de Santo Agostinho (PE)

A fim de melhorar as práticas de alfabetização de estudantes do 1º e do 2º ano do Ensino Fundamental, a Fundação Telefônica Vivo também firmou uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cabo de Santo Agostinho (PE), em 2018, para levar o projeto Escolas Conectadas ao município.

Em 2019, a equipe técnica elaborou um termo de compromisso para que cada professor ou gestor inscrito se comprometesse a concluir os cursos.

“A ideia foi diminuir a evasão. Também foi feita uma chamada virtual, por e-mail, para que os educadores se mantivessem atentos a datas e outras informações importantes”, afirma Cleide Gomes, responsável pela coordenação de programas e projetos educacionais da secretaria.

No primeiro semestre serão oferecidos dois cursos: “Escrita criativa: com a palavra, a autoria” e “Avaliação: para quê e como avaliar“. Já a formação “Jogos e brincadeiras: para além da seriação” estará disponível para o segundo semestre de 2019.


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