Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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21.12.2018
Tempo de leitura: 3 minutos

Bolsas que geram eletricidade ajudam na educação de crianças

Criado na África do Sul, projeto Repurpose Schoolbags equipou sacolas com painel solar para que crianças possam estudar ao anoitecer

Na imagem menino está usando a bolsa do projeto Repurpose Schoolbags, que auxilia na educação de crianças, enquanto anda por rua sem asfalto.

Você já se perguntou como ter acesso à eletricidade impacta o seu aprendizado? Para algumas comunidades localizadas nas áreas rurais do continente africano, a relação entre os dois processos é fundamental. Quando o período de aula acaba, as crianças se veem obrigadas a correr para casa antes que o sol se ponha se quiserem fazer a lição de casa.

Pensando em alternativas para essas crianças, a jovem Thato Kgathanye (25) e sua amiga de infância Rea Ngwane (26) se propuseram a distribuir bolsas projetadas especialmente para funcionar como fonte de energia. Equipadas com uma bateria leve, recarregam e armazenam a energia solar ao longo do dia, gerando eletricidade.

A ideia para a Repurpose Schoolbags, nome da  iniciativa da Rethaka Foundation, surgiu a partir da experiência das duas jovens, que cresceram em uma comunidade no norte da África do Sul, convivendo diretamente com essa realidade. Em entrevista à CNN, Kgathanye disse: “Essa é nossa casa. O motivo pelo qual começamos esse projeto foi trazer soluções para os problemas observados em nossa comunidade”.

Senso de comunidade

A proposta do Repurpose Schoolbags foi apresentada por Thato Kgathanye em 2014, ano em que a jovem participou e foi vice-campeã do Anzisha Prize, premiação que reconhece jovens empreendedores dos 15 aos 22 anos donos de ideias inovadoras para solucionar os problemas de suas comunidades no continente africano.

O prêmio serviu de capital semente para a primeira leva de sacolas e, ao lado de Rea Ngwane, foi fundada a organização social Rethaka, vinculada ao projeto. No início, as duas sócias aproveitaram o alto desperdício de plástico na região como principal matéria prima.

Além disso, atingiram o principal objetivo, oferecendo às crianças uma forma de continuarem estudando ao anoitecer. As famílias também sentem impacto econômico e de segurança, já que diminuem o consumo de velas e combustíveis para lamparinas.

Solução integrada

Na imagem, dezenas de bolsas com bateria acopladas e que auxiliam a educação de crianças estão agrupadas no chão e sobre duas mesas, em cima de um gramado.

Mais de 10 mil bolsas já foram produzidas por dezenas de cooperativas e a demanda tende a crescer, visto que outros países manifestaram interesse. Além de ampliar as oportunidades de aprendizado com o uso de tecnologia, o projeto pretende integrar novas soluções para as comunidades, modificando processos da cadeia produtiva e melhorando o ecossistema local.

Para isso, se empenha em gerar empregos para mulheres e investe na reciclagem de plástico. A princípio, o uso da matéria-prima foi um grande desafio, sobretudo com relação à arrecadação do material. A questão foi contornada por meio de campanhas de incentivo a alunos e funcionários de escolas para trocarem embalagens pelas sacolas com baterias.

Para o futuro, as sócias planejam investir em uma linha luxuosa voltada a executivos, com o propósito de reverter o lucro na produção de mais sacolas para as crianças.

 


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