Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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12.08.2022
Tempo de leitura: 6 minutos

Edtechs e as Escolas Públicas: parceria entre setor público e privado pode impulsionar a digitalização do ensino

Representantes da Fundação Telefônica Vivo estiveram presentes no congresso “Edtechs e as Escolas Públicas”, que discutiu o uso de tecnologia na educação

Computador aberto com diversos ícones conectados à ele.

A parceria entre o setor público e o privado para impulsionar a educação digital no Brasil foi um tema central dos debates realizados no congresso “Edtechs e as Escolas Públicas: Avançando na Inovação e Conectividade”, que ocorreu nos dias 4 e 5 de agosto, de forma virtual.

O evento reuniu especialistas educacionais, fornecedores de tecnologias e formuladores de políticas públicas para discutir questões referentes à conectividade, inovações metodológicas e boas práticas de uso de tecnologia na educação.

Edtechs: Parceria entre setor público e privado

Hoje, o mercado de trabalho requer cada vez mais competências digitais. De acordo com um estudo da Brasscom, em 2025 a área de tecnologia terá um déficit de mais de 500 mil vagas de emprego. “Hoje, a nossa escola não prepara o aluno para o mercado de trabalho. Porém, há um preceito constitucional que estabelece que a educação deve desenvolver o indivíduo para a cidadania e para o trabalho”, observa o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Américo Mattar, que participou do “Edtechs e as Escolas Públicas” como um keynote speaker. “Se não ajudarmos a escola pública a se modernizar, não vamos preparar esse jovem para o mercado de trabalho.”

Americo reafirma o comprometimento do setor privado em trabalhar de maneira integrada ao poder público. “Diferentemente dos governos, as fundações empresariais têm a possibilidade de testar e inovar. Dessa forma, teremos contribuição significativa se nos somarmos ao estado para preparar gestores e professores.”

“Quando se fala de tecnologia em sala de aula estamos falando de um professor mais eficiente, mais conectado, que usa a tecnologia a serviço da aprendizagem e busca um aproveitamento integral das potencialidades de cada aluno, colocando em prática as metodologias ativas. Para tudo isso acontecer, preciso de um professor bem preparado e que tenha ainda mais importância dentro da sala de aula”, acredita Americo.

“Temos a crença genuína de que só através da educação conseguiremos transformar nosso país”, aponta Americo. “Estabelecer parcerias com o poder público e ajudar o estado, trazendo nosso conhecimento técnico e expertise para apoiar a educação pública em busca de um país mais competitivo e mais igualitário, é a nossa grande ambição.”

Escolas públicas: Currículo de tecnologia

Hoje, o mercado de trabalho requer cada vez mais competências digitais. De acordo com um estudo da Brasscom, em 2025 a área de tecnologia terá um déficit de mais de 500 mil vagas de emprego. “Hoje, a nossa escola não prepara o aluno para o mercado de trabalho. Porém, há um preceito constitucional que estabelece que a educação deve desenvolver o indivíduo para a cidadania e para o trabalho”, observa o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Americo Mattar, que participou do congresso como um key note speaker. “Se não ajudarmos a escola pública a se modernizar, não vamos preparar esse jovem para o mercado de trabalho.”

A gerente sênior de Educação da Fundação Telefônica Vivo (FTV), Lia Glaz, participou de uma mesa sobre o novo Ensino Médio, que começou a ser implementado neste ano. Aprovada em 2017, a reforma prevê a oferta de itinerários formativos organizados por áreas de conhecimento, além de formação técnica e profissional.

“Temos trabalhado bastante, em parceria com os estados, para pensar como a tecnologia pode ser inserida na prática nas escolas”, afirma Lia. A parceria entre a FTV e as redes públicas de ensino se dá no desenho e na implementação de disciplinas eletivas, previstas pela reforma, como computação, robótica e pensamento computacional. “O grande desafio é desenhar algo concreto, que tenha respaldo acadêmico e possa descer com qualidade para o nível da sala de aula.”

Em sua fala, Lia destacou o projeto Pense Grande Tech, que apoia seis redes de ensino estaduais a desenhar novos itinerários formativos e eletivas incorporadas às tecnologias digitais, oferecendo conteúdos alinhados aos novos currículos para o Ensino Médio e que podem ser ofertados de forma transversal. Como parte da iniciativa, em 2021 foi desenvolvido o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados, hoje implementado em três estados (Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul).

“A intenção é trazer para a concretude como uma escola de ensino regular consegue implementar um currículo de tecnologia, com professores preparados e um corpo técnico que entenda esse currículo na prática”, aponta Lia. “Nossa grande vocação é pensar essa concretude, junto com as secretarias, e sobre como ganhar escala na educação com consistência e qualidade.”

Nesse cenário, é fundamental que seja garantido infraestrutura e equipamentos adequados para o ensino digital nas escolas brasileiras. Contudo, ainda mais importante é que os profissionais que fazem parte desse ecossistema estejam preparados para utilizar essas novas tecnologias. “Acreditamos que engajar o estudante, tornando o ambiente escolar muito mais interessante, vai melhorar a aprendizagem de maneira geral. Temos a certeza de que o mundo vai ser cada vez mais digital e a escola precisa acompanhar esse processo.”

Formação em competências digitais

Durante o “Edtechs e as Escolas Públicas”, que também contou com a participação de Daniely Gomiero, do Instituto Claro, e Lúcia Dellagnelo, do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), foi lembrado que a aquisição de competências digitais está nas diretrizes previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“Quando falamos em tecnologia pfeitoara a educação, falamos sobre como ela pode ajudar os estudantes a terem maior nível de aprendizagem através do uso de plataformas e softwares que os tornam mais participantes e protagonistas em seu processo de aprendizagem”, ressalta Lúcia. “Mas, também, é importante que eles saibam usar as novas tecnologias de forma crítica e ética, sendo capazes de ler e entender o mundo a partir desse uso.”

O Guia EduTec, desenvolvido pelo CIEB, avalia o quanto os professores brasileiros estão preparados para o uso de tecnologia nas escolas. Até o momento, mais de 107 mil docentes colaboraram com a pesquisa. O guia é um dos materiais que apoia a FTV na implementação, junto às redes de ensino, de planos de formação docente. “O que é preciso para que os professores de todo o país tenham o mínimo necessário de formação em competências digitais?”, questiona Lia. “A partir desse diagnóstico, trabalhamos em conjunto com as secretarias no desenho de um plano, com a ambição de que todos os professores brasileiros tenham essas competências digitais mínimas, em um prazo não tão longo, para que os alunos tenham uma aprendizagem mais efetiva”, finaliza.

Assista ao congresso “Edtechs e as Escolas Públicas” na íntegra.


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