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12.03.2015
Tempo de leitura: 4 minutos

Crowdfunding amplia nichos e projeta participação no mercado | Fundação Telefônica

O mercado de crowdfunding cresce no mundo todo. E, ainda que o Brasil seja pequeno neste setor, especialistas destacam que os números estão aumentando.

Em alta, crowdfunding amplia nichos e vê Brasil projetar maior participação no mercado mundial

Olhe ao seu redor e constate: é grande a chance de alguma coisa em casa ou no ambiente de trabalho ter nascido de um financiamento coletivo pela internet. Se antes as iniciativas de crowdfunding eram principalmente criadas por jovens buscando uma nova forma de viabilizar projetos pessoais, agora o conceito já extrapola todos os limites e faz parte da rotina de qualquer setor da sociedade contemporânea.

A ideia é bastante simples e não possui grandes restrições: para ser realizador de uma campanha, basta inscrever um projeto num dos tantos sites dedicados ao gênero, estipular o valor que a iniciativa demanda (com a devida explicação do orçamento) e estabelecer tanto o prazo da arrecadação quanto as respectivas recompensas para quem faz sua doação. Por outro lado, colaborar com uma ideia também é bastante rápido e prático com as páginas aceitando diversas formas de pagamento e trazendo inúmeros detalhes sobre o projeto que busca tal financiamento.

Em todo o mundo, o mercado de crowdfunding arrecadou US$ 6 bilhões em 2013. E, ainda que o Brasil seja uma fatia tímida neste setor, os especialistas acreditam que o expressivo número de usuários de redes sociais (neste assunto, o país é um dos maiores do mundo) possa migrar para a área. Segundo Tahiana D’Egmont, CEO do site que promove campanhas de financiamento coletivo Kickante, informou em reportagem do jornal O Globo neste início de ano, as projeções indicam que o setor chegue aos US$ 90 bilhões até 2025, sendo que, aqui, poderia atingir até 10% desse montante.
Entre as dezenas de plataformas deste ramo no país, os perfis são bastante variados. Alguns têm diversas categorias e centenas de projetos simultaneamente, ao tempo que outros são bastante direcionados e, às vezes, focados em uma ou outra iniciativa específica, como os dedicados à publicação de livros. Em número crescente, os novos sites têm sido, principalmente, esses de nicho, como um voltado para animais carentes.

As regras variam entre eles. Uma das mais importantes é a que estabelece se o projeto precisa ou não conseguir 100% do valor pretendido inicialmente para ser bem-sucedido e dar ao realizador o acesso ao valor arrecadado. Sendo assim, existe o modelo chamado “tudo ou nada”, o mais utilizado no país e pelo qual o empreendedor só tem acesso ao dinheiro caso alcance toda a meta estabelecida; e também o “flexível”, usado, por exemplo, pela Kickante e que transfere a verba arrecadada ao idealizador do projeto independente da cifra ter alcançado a totalidade do orçamento.

Para entender um pouco melhor o perfil das pessoas que depositam a confiança (e o dinheiro) em projetos via internet, o Catarse – um dos principais sites do ramo no mercado brasileiro – realizou o Retrato Financiamento Coletivo Brasil 2013/2014, sendo que mais de três mil pessoas responderam à pesquisa proposta. A conclusão mostrou 63% dos participantes na região Sudeste; 59% homens; 74% com ensino superior completo; 51% com até 30 anos; e 74% com salários até R$6 mil. Entre os empreendedores, 68% disseram enxergar potencial para financiamento coletivo em seus negócios, enquanto 81% dos estudantes se mostraram interessados em criar projetos próprios após concluírem os estudos. Já os três assuntos mais selecionados na pergunta “onde existe interesse em apoiar projetos?” foram Educação, Cinema & Vídeo e Música.

E na expansão brasileira do negócio, um fenômeno que pode ser observado é o uso do crowdfunding até por instituições sólidas como grandes clubes esportivos. O carioca Vasco da Gama, por exemplo, lançou neste mês de março uma campanha para arrecadar a verba necessária para reformar o ginásio de São Januário – a meta, de R$185 mil, já foi superada com bastante antecedência. O Fluminense, também do Rio de Janeiro, fez o mesmo para um livro e o desenvolvimento de dois bustos que homenageiam ídolos antigos do time de futebol e juntou R$197 mil.

É claro que a ideia de pessoas se juntarem para comprar ou construir algo de interesse comum não é nova. Até a Estátua da Liberdade promoveu algo parecido e recebeu doações de pessoas que tinham, como recompensa, o nome publicado num jornal. Agora, a internet possibilita o contato com iniciativas de infinitas formas, fins e contextos. E os brasileiros, mais do que nunca, se familiarizam com essa ideia.


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