Informe Social 2024: conheça nossas ações em prol da educação pública!

Notícias

27.03.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Festival em SP incentiva cultura maker nas escolas

A 2ª edição do Festival da Invenção e Criatividade reuniu mais de 5.000 pessoas e, com palestras e oficinas, discutiu a importância da cultura “mão na massa”

Incentivar novas maneiras de se aprender, criar oportunidades para que alunos e professores sejam autores de projetos e inspirar ambientes de ensino propícios à cultura maker nas escolas foram as propostas do 2º Festival da Invenção e Criatividade (FIC). O evento reuniu cerca de 5 mil visitantes nos dias 13, 14 e 15 de março, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), que fica na zona oeste da capital paulista.

O festival ocorreu durante a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). Ele é fruto de uma parceria entre o Programaê (iniciativa da Fundação Telefônica Vivo e da Fundação Lemann para aproximar a programação dos jovens), a Poli, o MIT Media Lab e a Rede de Aprendizagem Criativa.

Mãos à obra!
Para permitir que educadores e alunos tivessem contato com a aprendizagem criativa e inspirar a adoção de atividades mão na massa em ambientes educacionais, o FIC contou com mostras interativas, oficinas de programação, além de palestras e debates.

As oficinas do Programaê, por exemplo, buscaram inspirar práticas pedagógicas que usam materiais reciclados, relacionando saberes de universos aparentemente distantes, como física e biologia. “Temos que inspirar novas formas de construir pontes entre o conhecimento e o cotidiano de cada um”, explica Rubem Paulo Saldanha, gerente de programas sociais da Fundação Telefônica Vivo.

Para ele, que palestrou em um dos painéis, eventos como o FIC ajudam a colocar a cultura maker nas escolas em pauta em um país que não tem o costume de trazer esse conceito para a educação básica. “O processo de prototipar, entender, errar e fazer de novo cria um aprendizado rico e transformador. Quanto mais mãos a gente tiver envolvidas nisso, melhor”, defende.

Criatividade e escola combinam?
Criança é naturalmente curiosa. Por que não criar espaço para que essa característica aflore? Por que não estimular a capacidade exploratória dos alunos? Essas foram questões levantadas no painel “Ciência e Criatividade na Escola”, que além de Rubem Saldanha, teve como palestrantes Leo Burd, pesquisador do MIT Media Lab, e Roseli de Deus Lopes, coordenadora geral da FEBRACE e professora da Poli.

“Não adianta ter contato com materiais e investir em um laboratório maker na escola se os educadores não deixarem que as crianças sejam autoras de sua aprendizagem”, defende Roseli.

Já o pesquisador do MIT falou sobre ambientes colaborativos que estimulam troca e aprendizado e como integrar melhor ciência, tecnologia e criatividade em uma escola real, com as limitações que ela oferece.

“Mais do que ter um espaço ideal, acho que os educadores podem se inspirar nos trabalhos de outros professores e entender como experimentar diferentes tipos de espaços, além de integrar as disciplinas”, afirma.

Rubem Saldanha alertou para as profissões do futuro, que cada vez mais demandam pensamento computacional e lógico para ajudar a resolver problemas de forma estruturada. Assim, segundo ele, iniciativas como o Programaê são essenciais.

huge_it_slider id=”53″

BNCC, um incentivo à inovação
Dois painéis falaram sobre os desafios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a importância da integração do pensamento computacional ao currículo para o desenvolvimento de competências e habilidades.

A professora e palestrante Mônica Mandaji, parceira executiva do  Programaê , destacou que a BNCC dá a oportunidade para que professores façam diferente, com a criação de uma cultura digital para compreender, utilizar e criar tecnologias de forma crítica, significativa e ética, como prevê a 5ª das 10 competências do documento normativo.

“Apesar do nome, o pensamento computacional não requer computador num primeiro momento. Ele visa desenvolver nas crianças e jovens uma forma de pensar na qual eles aprendem a levantar problemas e busquem soluções a partir de uma sequência de passos e processos”, define Mônica.

Espalhando sementes
O evento teve ainda um painel de dicas de como organizar um Festival de Invenção e Criatividade, com três professores que, inspirados pela 1º edição do FIC, em 2017, organizaram eventos semelhantes nas capitais Manaus e Curitiba, além de Mossoró (RN).

“Quando os professores participam d o FIC, eles percebem que podem ter uma educação mais interessante em suas salas de aula. É muito inspirador!”, afirmou o professor Elio Molisani, um dos organizadores do evento de Manaus.


Outras Notícias

Tecnologia e matemática na educação são destaques no 9º Congresso da Jeduca

01/09/2025

Tecnologia e matemática na educação são destaques no 9º Congresso da Jeduca

Evento reuniu especialistas para debater IA, redes sociais e novas formas de ensinar matemática no Brasil

Setor de TIC cresce e aposta no protagonismo dos jovens para ocupar novas vagas

29/08/2025

Setor de TIC cresce e aposta no protagonismo dos jovens para ocupar novas vagas

Estudo inédito revela que 82% das empresas dispostas a contratar afirmam que soft skills, diversidade e ensino técnico são decisivos para a entrada de jovens no mercado de TI no Brasil

Matemática abre caminhos para o futuro profissional dos jovens  

19/08/2025

Matemática abre caminhos para o futuro profissional dos jovens  

O domínio de habilidades matemáticas é base essencial para diversas carreiras, especialmente nas áreas de ciência, tecnologia e inovação

6ª edição do Hack4Edu chega ao Brasil e desafia estudantes a inovar com IA

15/08/2025

6ª edição do Hack4Edu chega ao Brasil e desafia estudantes a inovar com IA

Hackathon internacional reúne estudantes e especialistas para criar soluções tecnológicas com impacto social e educacional, premiando ideias de destaque

Da formação à prática: professores multiplicadores fortalecem redes de ensino com inovação

13/08/2025

Da formação à prática: professores multiplicadores fortalecem redes de ensino com inovação

Educadores apoiam colegas para integrar tecnologia na sala de aula, aumentando o engajamento e melhorando o desempenho dos estudantes

Como a tecnologia pode apoiar professores na construção de uma educação antirracista

30/07/2025

Como a tecnologia pode apoiar professores na construção de uma educação antirracista

Novos cursos gratuitos da plataforma Escolas Conectadas mostram como ferramentas digitais podem integrar o antirracismo ao currículo escolar e promover práticas pedagógicas mais inclusivas