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11.12.2019
Tempo de leitura: 5 minutos

Hora do Código 2019 propõe usar a computação para fazer o bem

Iniciativa acontece em mais de 180 países entre os dias 9 e 15 de dezembro e mostra como em apenas uma hora é possível aprender sobre programação e robótica. Veja como participar!

Imagem mostra alunos sentados em mesas coletivas desenvolvendo projetos para a Hora do Código

Criada pela Code.org, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão expandir o acesso à ciência da computação nas escolas, a Hora do Código é um movimento global que mostra que é possível aprender conceitos básicos de programação em pouco tempo.

Este ano, o movimento acontece em mais de 180 países entre os dias 9 e 15 de dezembro com o tema: “Ciência da Computação para o Bem” (em inglês, #CSforGood), inspirada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, destacando como todos nós podemos usar a ciência da computação para causar um impacto positivo no mundo.

O movimento conta com mais de 200 tutoriais de uma hora sobre pensamento computacional para todas as idades e níveis de experiência, disponíveis em mais de 45 idiomas. Para fazer parte dessa rede é muito simples. Basta acessar o portal Code.org, escolher uma atividade a ser desenvolvida e registrá-la por meio de uma inscrição no portal. Você pode organizar um evento Hora do Código ou participar das trilhas de uma hora.

O Pensamento Computacional refere-se à capacidade de resolver problemas a partir de conhecimentos e práticas da computação buscando sistematizar, representar, analisar e resolver problemas. O tema tem sido considerado como um dos pilares fundamentais do intelecto humano, junto com leitura, escrita e aritmética, visto que ele também é aplicado para descrever, explicar e modelar o universo e seus processos complexos.

Protagonismo nas oficinas

No Brasil, as atividades da Hora do Código foram realizadas entre os dias 4 e 10 de novembro. Durante o período, o Programaê! – , uma iniciativa criada em parceria entre a Fundação Telefônica Vivo e a Fundação Lemann que incentiva o uso do pensamento computacional em práticas pedagógicas que favorecem o protagonismo de professores, crianças e jovens – disponibilizou uma programação on e off-line para os participantes.

Mais de 12 mil professores se inscreveram e levaram a programação para suas escolas. A experiência contou, também, com três oficinas presenciais: uma na Escola Estadual Colégio Estadual Edvaldo Fernandes, em Salvador (BA) e duas no estado de São Paulo: na Escola Estadual Lions Club, na Praia Grande (SP), e na Escola Estadual Agenor de Campos, Monguaguá (SP), somando 600 alunos em atividades off-line.

“A competência número 5 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fala sobre a cultura digital, que trabalha o pensamento computacional, e as oficinas vão ao encontro disso. A cultura digital já existe entre os jovens, que usam o celular para fotografar, para mandar informações, e para a comunicação. O que as oficinas fazem é ajudar os educadores na sistematização dessas práticas para que os jovens deixem de ser apenas usuários intuitivos e tornem-se protagonistas do processo”, considera Mônica Mandaji, professora doutora em educação e consultora de formação do Instituto Conhecimento Para Todos, parceiro executor das oficinas do Programaê!.

Entre as oficinas presenciais, teve a “Corrida da Reciclagem”, que trabalha o pensamento computacional e integra várias disciplinas como matemática, artes e português, estimulando a habilidade de resolver problemas.

Para a professora Jaqueline Fernandes, de Mongaguá (SP), as oficinas foram de grande auxílio para a escola. “Foi um ganho muito grande ver os olhinhos dos nossos alunos brilhando, percebendo que eles podem inovar dentro da escola mesmo com poucos recursos”, afirmou.

Outras atividades promovidas pelo Programaê! foram  “O Labirinto de Programação”, que requer alguma familiaridade com programação, mas dispensa o uso de computadores; e o “Anda e Gira”, que também exige conhecimentos sobre o pensamento computacional e estimula os primeiros passos em robótica.

“É sempre uma surpresa chegar às escolas. Em muitos casos, a equipe e os alunos não têm o hábito de trabalhar a programação, porque acham que é algo complicado. Quando chegamos, temos uma grata satisfação de ver que a equipe toda vê que é possível, até sem computador, de forma desplugada, fazer programação. E que essas competências não necessariamente estão ligadas a matemática. Envolvem outras matérias, competências para a vida, inclusive com as relações socioemocionais, nas quais são trabalhados colaboração, compartilhamento”, comenta Mônica Mandaji.

O diretor da Escola Estadual Agenor de Campos, de Mongaguá (SP), Eder Wilson Neves, ressaltou a importância de projetos como o Programaê! para o futuro da educação e dos alunos. “Esse programa é muito importante, porque visa criar uma consciência digital nos alunos e professores. Favorece o desenvolvimento cognitivo e social para o uso das tecnologias de forma positiva”.

O site do Programaê! recebeu cerca de 20 mil visitas de todo o Brasil de professores e jovens que fizeram a Hora do Código em suas próprias escolas, entre amigos ou na comunidade. O portal oferece gratuitamente uma série de atividades para professores, alunos e demais interessados em conhecer mais sobre pensamento computacional e uso de tecnologias de diferentes formas.

Para aproveitar ao máximo a Hora do Código, Mônica Mandaji reforça: “O professor não precisa ser o detentor do conhecimento. É possível estabelecer uma parceria com os alunos, porque sempre tem alguém que já conhece algo sobre pensamento computacional e as atividades vão fluir muito bem se forem colaborativas”, sugere. Uma sugestão é começar por atividades simples, mostrando aos alunos que a programação já faz parte do dia a dia deles, e, em seguida, partir para as atividades que proponham desafios, para gerar curiosidade. Daí em diante, é colocar a mão na massa!

Clique aqui e saiba mais sobre como participar da Hora do Código!


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