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01.12.2016
Tempo de leitura: 2 minutos

O que é um adulto? E o céu? Crianças colombianas criam dicionário com definições colhidas por professor durante 10 anos

Crédito: Uber Image/Shutterstock

Por Ana Luiza Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral,
com informações do Catraca Livre e da BBC

E se as crianças pudessem criar as suas próprias definições de palavras? E se elas fossem autoras de um dicionário?

O que você acaba de ler é justamente o resultado de um percurso em que crianças colombianas foram convidadas a expressar a sua visão de mundo. Ao todo, são cerca de 500 definições para 133 palavras que compõem um dicionário infantil e integra o livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Lançada em 1999, a obra foi reeditada em 2013 e teve grande sucesso na Feira do Livro de Bogotá, no mesmo ano.

A ideia original partiu do ex-professor e autor do livro Javier Naranjo. No tempo em que lecionava, certa vez ele pediu aos seus estudantes que definissem a palavra “criança”, em comemoração ao Dia das Crianças. Os registros acabaram por encantar o professor, como um dos que destaca: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo”.

Daí veio a ideia de anotar e guardar essas criações, atividade que foi feita no período de dez anos em que Naranjo lecionou em diversas escolas rurais do Estado de Antioquía, no leste do país. Todo o repertório deu origem ao livro que, segundo o docente, mantem a voz das crianças – ele explica que não retirou nenhuma das palavras usadas pelas crianças por uma questão ideológica, e que fez apenas um trabalho de correção de pontuação e ortografia.

Naranjo ao lado dos estudantes. Créditos: Hypeness

Para ele, as crianças têm uma lógica diferente, uma maneira própria de entender o mundo e de revelar muitas coisas que os adultos já esqueceram. “Nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos”, finaliza o educador.


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