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22.04.2020
Tempo de leitura: 5 minutos

Como o brincar ajuda a desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças

Conheça algumas brincadeiras que trabalham as emoções e estimulam a empatia, a criatividade e as relações sociais positivas

Imagem mostra uma menina correndo atrás de um menino em uma sala (brincar habilidades socioemocionais)

Muito se ouve falar sobre a importância do brincar na infância.  Mais do que uma maneira de se divertir e de conhecer o mundo, as brincadeiras estimulam o desenvolvimento de habilidades, como criatividade, concentração e senso de colaboração.

De acordo com Adriana Friedmann, educadora e antropóloga, autora de livros como A arte de brincar e coordenadora do Mapa da Infância Brasileira, o brincar é a linguagem expressiva primordial da qual as crianças vivenciam e também desenvolvem habilidades socioemocionais.

O que são habilidades socioemocionais?

Um conjunto de capacidades desenvolvidas a partir da inteligência emocional de cada pessoa, que apontam para a sua relação consigo mesmo e também com outras pessoas.  Elas ajudam a colocar em prática e melhorar atitudes como tomar decisões de maneira responsável, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas, entre outros benefícios.

Segundo a especialista, embora as brincadeiras e jogos tenham o potencial de desenvolver ou trazer à tona algumas habilidades, cada criança tem seu ritmo e, dependendo do perfil, das suas culturas e realidades, terão tempos diferentes para assimilá-las.

“O essencial é descobrir quais as habilidades que cada criança tem em potencial, o que acontece a partir da observação dos seus comportamentos, preferências ou dificuldades. Nesse sentido, antes de tudo, é bem importante identificar isso e apresentar às crianças diversidade de linguagens expressivas. Sem forçar”, afirma.

Na hora de brincar, vale tudo?

As habilidades socioemocionais podem ser experienciadas, mas nunca teorizadas. De acordo com Adriana, ser empático, ético, responsável, criativo e solidário, por exemplo, só é possível a partir da imitação, do faz de conta, da contação de histórias, da representação plástica, teatral, musical, escrita, entre tantas outras formas. Para ela, todas as brincadeiras, desde as mais simples até as mais complexas, em todas as faixas etárias, têm o potencial de desenvolver habilidades nas crianças.

“Com ou sem brinquedos, em contato com a natureza, brincadeiras solitárias, com seus pares, com adultos, corporais, ao ar livre, dentro de casa, simbólicas, criativas, jogos estruturados ou de tabuleiro. As brincadeiras constituem o caminho mais interessante e espontâneo em um desenvolvimento integral”, orienta Adriana.

Para os pais e responsáveis, este momento de quarentena é importante para criar um ritmo de atividades para toda a família, na medida do possível. Nesse contexto, de acordo com Adriana, é importante deixar as crianças brincarem livremente.

Segundo a especialista, vale mexer nos espaços da casa para transformá-los em um ambiente lúdico. “Montar cidades, teatros, caça ao tesouro, brincar de casinha, esconde-esconde, pique, construir brinquedos, dançar, cantar, pintar. Essas são boas atividades para praticar em conjunto. Já para crianças um pouco mais velhas, jogos de tabuleiro, adivinhação, contação de histórias, entre outras atividades, são muito válidas”, orienta Adriana. Além disso, as tarefas de casa podem tornar-se lúdicas também. Funções do dia a dia como cozinhar, limpar e arrumar armários podem se tornar atividades de aprendizado para as crianças.

Outra dica é de reservar um tempo para assistir a um filme ou se conectar nas redes sociais para conversar com parentes, amigos e professores, como mais uma possibilidade na rotina. “Façam combinados dessas possibilidades para que todos tenham tempo juntos e sozinhos, de recolhimento e de colocar as energias para fora”, explica Adriana.

Colocando em prática!

Confira a seguir dicas de brincadeiras fáceis de colocar em prática disponibilizadas pela iniciativa Vivo Brincar, que estimulam as crianças a deixarem um pouco de lado os celulares, videogames e computadores e aproveitarem as brincadeiras.  Com a ajuda da educadora Adriana Friedmann, destacamos ainda a contribuição de cada uma dessas atividades para o desenvolvimento infantil.

Papel e lápis de cor

Fazer origami, colorir, pintar e rabiscar. Com papel nas mãos, giz ou lápis de cor, as possibilidades de brincadeiras são inúmeras, exercendo a criatividade das crianças e estimulando um universo de fantasia e imaginação.

Printi da imagem do site vivo Brincar almanaque Violeta

Pique bandeira

“Esta brincadeira é ótima para que as crianças mexam os corpos, trabalhem estratégias, atenção, concentração, senso de equipe, cooperação e competição. Importante entender que as crianças menores de seis anos ainda não têm a capacidade cognitiva de perder ou entender que o outro é diferente delas. Nesse sentido, para os mais velhos, sentimentos de frustração, satisfação e competição podem acontecer nesta brincadeira”.

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Slime

“Slime ou qualquer outro tipo de massinha caseira – de preferência sem químicas – trabalha a motricidade fina, a concentração, a paciência, a criatividade, a cooperação, a empatia, os sentidos, as transformações, fantasia e imaginação, dentre outras”.

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Produzir e empinar Pipa

“Esta brincadeira tem o potencial de trabalhar desde a habilidade motora fina, criatividade, empatia, senso de cooperação, movimento, dentre outros.”

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Cama de Gato

“A brincadeira tem o potencial de trabalhar, empatia, criatividade, coordenação, paciência, imaginação e fantasia.”

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Nesse momento de isolamento social, a iniciativa Vivo Brincar pode servir de inspiração para aumentar os momentos lúdicos em casa, sem deixar de lado a aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Acesse e confira todas as dicas!


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