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Conheça as histórias de pais que discutem o tema e mostram a importância de estarem próximos dos filhos

#Educação

Pai e filha cozinham juntos

O papel de cuidar da criança sempre esteve atrelado somente à figura da mãe. Porém, esse cenário está mudando, com pais compartilhando (e demandando) cada vez mais esses momentos da criação dos pequenos, assumindo a paternidade ativa. Um estudo do State of the World’s Fathers aponta que quando a criança cresce com a presença ativa da figura paterna, ela é de fato mais feliz. Ao mesmo tempo, quando o pai se preocupa com as necessidades do filho e está atento às tarefas domésticas, para além do provimento financeiro, e constrói o vínculo emocional, também reflete na sua própria qualidade da saúde física e mental.

O Brasil ainda deixa a desejar nesse assunto. Em 2019, o relatório A Situação da Paternidade no Brasil: Tempos de agir, feito pelo Instituto Promundo Brasil, indicou que enquanto a maioria dos pais relataram brincar com as crianças com frequência (83%), uma parcela menor citava cozinhar (46%) ou dar banho (55%).

A fim de incentivar os homens a participarem mais ativamente da vida das crianças, o nutrólogo Tiago Koch, pai da Lara, criou o projeto Homem Paterno, em que oferece suporte para aqueles que acompanham o período gestacional e puerpério das mulheres. Já Leandro Ziotto decidiu abrir a 4daddy, plataforma com conteúdos para os pais, depois de procurar informações sobre a insônia do filho, Vini, e só encontrar material voltado às mães. Os dois não estão sozinhos nessa empreitada. Com trajetórias diferentes, outros papais se aventuram no ambiente digital para discutir equidade de gênero e o compromisso com a paternidade ativa. Conheça Koch, Ziotto e outros paizões dispostos a compartilharem experiências.

Henri Zylberstajn (@pepozylbe

Henri é pai de três crianças, entre elas, Pedro, portador de síndrome de Down. Com a surpresa da condição do filho e sem saber lidar com ela, Zylberstajn buscou se informar sobre o tema e expandiu seu olhar em relação à diversidade e à inclusão. Criou o perfil @pepozylber no Instagram para dividir um pouco da jornada de Pepo, apelido do pequeno, e os aprendizados da família. O pai também passou a se dedicar ao terceiro setor como voluntário, até que fundou a ONG Instituto Serendipidade, que atua com a inclusão de pessoas com deficiência intelectual.

 

Josimar Silveira (@famíliaquilombo

Jones, apelido de Josimar, e a sua companheira Adriana, apostam na educação antirracista para criar seus dois filhos, Akins e Dandara. O casal colocou de pé um canal no YouTube com intuito de retratar o cotidiano da família. Por lá, assim como nas outras redes, eles falam sobre afetividade e criação dos pequenos a partir da experiência de uma família preta.

 

Leandro Ziotto (@4Daddy

Aos quatro anos, Vini, filho de Leandro, sofria de insônia. Sem conseguir colocar o pequeno para dormir, o pai foi atrás de informações para tentar resolver a situação, se deparou com artigos e conteúdos voltados apenas para as mães. Essa experiência o instigou a criar a plataforma 4daddy, projeto com conteúdos de parentalidade, como reportagens, artigos e até mesmo cursos voltados para os pais, além de fazer frente às recomendações para que as empresas incentivem e acolham a paternidade dentro do mundo corporativo, com ações como o benefício da licença-paternidade

Leandro não é pai biológico de Vini. A criança é fruto da primeira relação da sua ex-mulher e eles se conheceram quando o pequeno tinha 3 anos de idade. “Sei que a paternidade pode nascer dentro de um homem de várias formas, maneiras e em tempos totalmente diferentes”, escreveu em artigo ao Projeto Draft. Ele conta que esta descoberta mudou sua forma de enxergar as pessoas, o planeta Terra, sua vida e, principalmente, a si mesmo. “Isso me faz, até hoje, buscar um reposicionamento como homem e ser humano.”

 

Tadeu França

Ator e pai do Augusto e do Hugo, Tadeu França usa o humor nas redes sociais para falar sobre paternidade. Com vídeos curtos, ele aborda temas que envolvem a paternidade consciente, o machismo, a amamentação e a divisão das tarefas domésticas. França se intitula o “Chato da Roda” e discute sobre a necessidade de os homens também serem os “chatos”, principalmente em grupos de conversa entre amigos, quando muitas vezes se manifestam atitudes machistas, racistas e homofóbicas. “Se me posicionar assim na sociedade é ser chato, então eu vou ser insuportável”, provoca em entrevista em um canal no YouTube.

 

Adriano Bisker (@paidecinco

Adriano é advogado, surdo oralizado (pessoa com deficiência auditiva que utiliza a oralidade para se comunicar) e tem cinco filhos, Felipe, André e as trigêmeas Nicole, Sofia e Julia. Quando as caçulas vieram de uma vez, ele estreou o blog Pai de Cinco, para compartilhar suas reflexões e sentimentos sobre paternidade. Desde então, conforme contou em entrevista, Bisker virou referência para muitos pais com deficiência ou pais de filhos que têm deficiência. No seu Instagram, ele também compartilha os momentos divertidos ao lado das crianças, da mulher, Lorie, e da vira-lata Gaya. “Eu não sou um profissional no assunto, mas se vejo que aquela pessoa quer um abraço, um ombro amigo, a gente conversa e eu explico.”

 

Tiago Koch (@homempaterno

Desde o nascimento da filha Lara, Tiago se aprofunda em temas como masculinidade e paternidade. Seus estudos e vivências culminaram no projeto Homem Paterno, em que oferece apoio, seja individual ou em grupo, para aqueles que estão próximos a se tornarem pais, de primeira viagem ou não. “O projeto visa auxiliar homens que desejam imergir no universo da paternidade integral”, diz o site. No Instagram, Tiago compartilha conteúdos de orientação para homens com foco na gestação, parto e puerpério.

 

 

Jorge Freire Junior (@nerdpai

Quando descobriu que teria um filho, Jorge Freire, que sempre foi apaixonado por tecnologia e cultura pop, criou o Nerd Pai, o blog do Pai Nerd. A ideia era expor seus sentimentos e impressões como pai de primeira viagem. No blog, assim como nas redes sociais, passou a compartilhar sua rotina, sobre a educação dos filhos e suas experiências, misturando o mundo nerd com a paternidade. Uma de suas brincadeiras, por exemplo, é chamar carinhosamente seus filhos de Padawan, que significa aprendiz ou iniciante, dentro da saga de Star Wars.

 

Beto Bigatti  (@pai_mala) 

O publicitário Beto nasceu sem uma das mãos e é pai de dois meninos, Gianluca e Stefano. “Percebi que passei a me aceitar muito mais depois dos meus filhos nascerem. O fato de me amarem incondicionalmente me mostrou que isso não fazia diferença alguma”, conta Bigatti em entrevista. Em seu blog e perfil do Instagram, ele fala sobre os dilemas da paternidade e inclusão. Além disso, é colunista e embaixador da revista Pais&Filhos.

 

Angelo e André (@papai_e_papia

Angelo e André Nunes são um casal homoafetivo e pais de duas crianças adotadas, Jonathan e Valentina. No perfil Papai & Papia no Instagram, eles mostram a divertida rotina da família e os desafios da paternidade atual. Em uma entrevista os dois contaram que havia muitas dúvidas em relação à adoção dentro comunidade LGBTQIA+, principalmente em grupos de Facebook. Foi então que decidiram se dedicar ao perfil nas redes sociais.  “É para podermos mostrar que sim, é possível montar tua família, criar a tua família. A gente está aqui. A gente existe, tá vendo? Estamos aqui, eu e Angelo, casados há 16 anos”, diz André.

 

Erasmo Coelho 

O pedagogo Erasmo é pai solo do Gustavo, de 11 anos. O menino foi adotado durante a pandemia da Covid-19. Em seu Instagram, que já contabiliza mais de 10 mil seguidores, ele fala sobre a adoção e paternidade, além de compartilhar o seu dia a dia com o filho.

10 pais que falam sobre paternidade ativa na internet
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