Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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20.12.2016
Tempo de leitura: 4 minutos

A poesia que alcança o jovem: saiba mais sobre a escritora Mel Duarte

Com apenas 27 anos, a poeta utiliza a palavra para se comunicar com o jovem e mostrar que ele também pode ser protagonista de sua história.

Imagem em preto e branco mostra a poeta Mel Duarte falando ao microfone.

Com apenas 27 anos, a poeta utiliza a palavra para se comunicar com o jovem e mostrar que ele também pode ser protagonista de sua história.
Ao declamar um poema no vídeo do Pense Grande, programa da Fundação Telefônica Vivo de difusão de cultura empreendedora e impacto social com apoio da tecnologia, Mel Duarte rima e brinca que há três tipos de pessoas: as que “sonham que acontece”, as que “não sabem o que acontece”, e as que “fazem acontecer”.
Convidada como fonte de inspiração para o programa, a poeta e ativista social nascida do bairro do Jabaquara, zona de sul de São Paulo, é não somente uma das que fazem acontecer, mas também alguém que tem o dom singular de despertar em outros jovens a vontade de se empoderar, declamar poemas, ganhar saraus e o mundo. Com apenas 27 anos, a jovem já tem dois livros publicados, participa do coletivo Poetas Ambulantes e realiza um trabalho intenso para se comunicar com o público que mais a interessa: o jovem.
Quando era criança, Mel não entendia a poesia; aqueles versos metrificados pareciam pertencer a um movimento já acabado, com pouco espaço para a nova geração ou experimentação. “Eu tinha medo de que, se fizesse poesia, só seria reconhecida depois que morresse”, conta, rindo. Ainda assim, lendo as palavras desconhecidas com a ajuda de um dicionário, ela foi construindo sua relação amorosa com a palavra por meio de poemas. Com oito anos, rabiscou seus primeiros versos. Aos 18, trabalhando em uma livraria, ela conheceu o outro lado da potência da palavra, quando alguns amigos a convidaram para assistir a um sarau.
Mel virou uma frequentadora assídua deste tipo de evento, em uma época em que somente meninos falavam ao microfone. “Entendi então que existiam outras pessoas da quebrada, da mesma realidade que eu. Entendi também que além da importância de escrever, era importante estar ali para ouvir o que outras pessoas tinham escrito”, relata Mel. Naquele espaço de interação, ela não somente construiu uma nova relação com a poesia, como também começou a influenciar outras meninas jovens e negras a ocuparem esse espaço. Foi também nos saraus que nasceu o projeto Poetas Ambulantes, no qual ela e outros companheiros declamam poemas no transporte público.
O que era uma paixão e um hobby virou a profissão da jovem poeta.  Ela se viu às voltas com o mundo da literatura, divulgando e vendendo seus livros, participando de editais e ajudando a manter a poesia moderna viva. Mel acredita que para tornar esta forma de arte atraente para o jovem, é preciso afastá-lo dos livros empoeirados e aproximá-lo de sua realidade, principalmente quando se fala em juventude negra e periférica. “Quando percebi que o que eu falava era algo que libertava e contemplava as pessoas, me deu muita motivação. Hoje, eu sei que tem uma responsabilidade no que eu declamo e escrevo”.
Há dois públicos especiais para Mel: os que ainda estão conhecendo a literatura como caminho de expressão, e os que acham que não há outro caminho para eles. Nas escolas, a escritora entende a responsabilidade do que escreve quando meninas, depois de a verem declamar, afirmam querer ser escritoras, escrever livros, ou declarações mais singelas, como terem parado de alisar seus cabelos e gostarem de sua aparência.
Não é para menos que Mel Duarte foi convidada pelo Projeto Pense Grande, da Fundação Telefônica Vivo, para fazer um vídeo que incentivasse jovens a apostarem em seus sonhos não somente pelo seu bem, mas pela comunidade onde vivem. “Fiquei feliz pelo convite, e achei muito respeitoso e atencioso o modo como eles trataram minha palavra. Muita gente veio falar comigo por conta da repercussão do vídeo”, relata a poeta.
Entre os topos dos prédios do Capão Redondo, a jovem declama um poema que parece a síntese de toda sua trajetória: a de alcançar e dialogar com jovens e fazê-los perceber que têm potencial de serem o que quiserem.
Assista ao vídeo com Mel Duarte:

Imagem em fundo azul traz explicações sobre o chatbot Deco, que dá dicas sobre vídeos com empreendedores sociais.

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