Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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02.10.2014
Tempo de leitura: 4 minutos

Alunos, educadores e pais devem se unir contra o bullying virtual

Unir forças entre famílias e todos os agentes envolvidos na educação é a recomendação de especialistas para combater o bullying virtual. Saiba mais!

Alunos, educadores e pais devem se unir contra o bullying virtual.

Unir forças entre todos os agentes envolvidos na educação é a recomendação do relatório final da pesquisa Bullying Escolar no Brasil, realizada a pedido da Plan International. O estudo é um levantamento de dados inédito que permitiu conhecer mais sobre a prática do bullying em escolas das cinco regiões do país, e ajudar gestores e educadores a combatê-la.
Nos anos 80 havia o entendimento que violência na escola dizia respeito às pichações e depredação, já a partir dos anos 90, centra-se muito mais na questão interpessoal e foi nesta época que a violência interpessoal entre pares ficou conhecida como bullying.
Na década de 2000 o fenômeno começou a repercutir na imprensa e nos meios digitais e tornou-se efetivamente um problema a ser vencido nas escolas brasileiras. Por meio de dados quantitativos e qualitativos a pesquisa que tem como foco o contexto em que a violência acontece, as motivações subjacentes, os perfis dos praticantes e das vítimas dos atos, as consequências para os envolvidos e as ações das escolas foi construída.
Dividido em 10 capítulos que explicam desde as metodologias até às estratégias utilizadas na escola para vencer a violência, o estudo também contempla o uso do ambiente virtual para realizar as agressões.
São cada vez mais frequentes os maus tratos entre crianças e adolescentes por meio de ambientes virtuais. Em pesquisa realizada pela ONG Safernet em 2009, 33% das crianças e adolescentes respondentes afirmaram ter amigos que já haviam sido vítimas dessa prática.
Os maus tratos podem ser de diversos tipos: difamação, humilhação, ridicularização e estigmatização por meio de ferramentas da internet e consistem em uma prática muitas vezes anônima.
O estudo mostra que dentro do universo de 5.168 alunos respondentes, 17% já foram vítimas de maus tratos virtuais em contrapartida aos 28% que já sofreram a violência dentro do ambiente escolar, sendo o Sudeste a região de maior ocorrência da prática.

O gênero não é uma questão determinante para o bullying, tanto meninas quanto meninos são atingidos pela prática. O maior número de vítimas de maus tratos está principalmente concentrado nas quintas e sextas séries do Ensino Fundamental, e tem principalmente entre 12 e 14 anos de idade.
A maior parte das agressões virtuais se dá por meio de insultos e difamação em redes sociais seguidas por invasões e roubo de senhas de e-mail. Esse tipo de violência geralmente dura uma semana, mas pode se prolongar principalmente se sair do contexto da escola e atingir pessoas que não conhecem a vítima.

Assim como acontece dentro do ambiente escolar, muitas das vítimas não reagem e quando tentam reagir ou se defender, o faz sem comunicar aos pais ou professores. Os sentimentos mais relatados são: desconforto, apatia, irritabilidade e tristeza.
As escolas , quando são notificadas a respeito da violência tem como principal atitude chamar os responsáveis pela criança ou adolescente, seguida por punição aos autores e, em bem menor número (0,8%), comunicam a polícia e ao conselho tutelar.
O estudo foi conduzido pelo CEATS – Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor , ligado à FIA – Fundação Instituto de Administração e foi encomendado pela Plan para que fosse desenvolvidas metodologias de combate à violência escolar.
Foram contactados gestores escolares, docentes, alunos, pais e responsáveis que responderam questões acerca de dados sócio-demográficos, como idade, sexo, arranjos familiares e etnia dos estudantes; dados de caracterização da ocorrência do fenômeno estudado e opiniões acerca dessas manifestações, dos estudantes e dos demais envolvidos.
Essa constatação demonstra que a repetição das ações de bullying fortalece a iniciativa dos agressores e reduz as possibilidades de defesa das vítimas, indicando ser essencial uma ágil identificação dessas ações e imediata reação de repúdio e contenção.
A ocorrência do bullying emerge em um clima generalizado de violência no ambiente escolar,  considerando-se que 70% da amostra de estudantes responderam ter presenciado cenas de  agressões entre colegas durante o ano letivo de 2009, enquanto 30% deles declararam ter vivenciado  ao menos uma situação violenta no mesmo período.
Conheça o estudo na íntegra clicando aqui.


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