Com o objetivo de empoderar os educadores do campo para que levem novas experiências às salas de aula, a plataforma Escolas Rurais Conectadas foi pensada – e lançada nesta segunda-feira (16) pela Fundação Telefônica Vivo.
“Estamos felizes por chegar nesse momento de amadurecimento e ampliação da formação online. Há meses, focamos na preparação do novo ambiente e dos cursos com muito cuidado e respeito à realidade do campo”, afirma Mila Gonçalves, gerente de Projetos Sociais da Fundação Telefônica Vivo.
Para Maria Izabel Rodrigues, professora do interior de São Paulo, as oficinas online possibilitam, além de melhorar a prática, entrar em contato com outros professores, o que permite a atualização e a troca de ideias.
As inscrições estão abertas para duas categorias:
“Faça você mesmo”, com duração de 20 horas, é uma série formada por vídeos que podem ser acessados a qualquer momento (dentro de um período de 45 dias). Entre os temas, estão Matemática, Cultura e Quadrinhos Digitais.
“Cursos com especialistas”, com 30 horas de carga horária, é possível escolher entre os temas “Alfabetizando na Diversidade – práticas em contextos multisseriados” e “Escola para Todos: refletindo sobre a diversidade”.
Os professores que cumprirem carga horária acima de 30h terão certificados emitidos no final do ano pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
Acesso imediato
“O modelo da plataforma se baseia no formato MOOC (Cursos Massivos Online Abertos) que, por suas características, facilita atingir um grande número de alunos. É gratuito e facilmente escalável”, explica Daniel Volkmann, coordenador de projetos na Telefónica Learning Services (TLS), que desenvolveu o ambiente virtual da plataforma e cuida da parte gráfica e dos vídeos dos cursos.
Mila Gonçalves ressalta o quão importante é identificar os diferentes contextos do ensino no Brasil. “A realidade das escolas rurais é distinta, as classes são multisseriadas. Por isso, alguns dos cursos trarão inspirações para os profissionais que trabalham diretamente, e diariamente, com o ensino que reúne diferentes faixas etárias e níveis no mesmo espaço.”
Necessidades do campo
“Aproveitamos tudo o que aprendemos com os educadores do campo nos dois últimos anos e a expertise das duas instituições que fazem a gestão da formação: a Associação Telecentro de Informação e Negócios (ATN), nossa parceria desde 2013, que concebeu a maior parte dos cursos online do programa, e a TLS, que se junta ao grupo agregando seu know-how no desenvolvimento de plataformas robustas para uso em escala”, explica Mila Gonçalves.
“O ambiente virtual está organizado para ser uma grande rede de educadores do campo”, acrescente Mila, enfatizando os recursos das redes sociais disponíveis na plataforma (fórum, canal de dúvidas, blog e mural). “Interação é a palavra-chave da plataforma, que estimula o debate e o aprendizado. Quanto mais interação entre os cursistas, maior é a troca de experiências”, garante Juliano Bittencourt, parceiro-executor do projeto pela ATN.
Para Mila, “os educadores que já participam da formação seguirão desafiados e motivados a continuar aprendendo e interagindo na plataforma. Também estou certa de que estamos prontos para receber todo e qualquer educador do campo desse nosso Brasil. Podem chegar que a casa está pronta!”, convida Mila.
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Cursos programados
Até o final do ano, a plataforma Escolas Rurais Conectadas oferecerá 30 cursos. Confira alguns dos temas que já estão definidos – outros assuntos devem ser incorporados de acordo com a demanda dos participantes:
A Escola no Combate ao Trabalho Infantil – ECTI
Construção de Jogos, materiais e atividades de Matemática para as séries iniciais
Pomar doméstico – um futuro saudável com frutas o ano todo
Escrita criativa na Web
Avaliação: para quê e como avaliar?
Fotografia na sala de aula
Produção textual na cultura digital: construções colaborativas
Resolução de problemas: desenvolvendo competências para o século XXI
Como meu aluno está lendo e escrevendo? Discutindo a construção da língua escrita
Plantas medicinais: unindo a cultura popular e o conhecimento científico na escola