Confira uma lista de iniciativas que apostam em tecnologia e inovação para aprimorar formas de aprendizado e criar alternativas para gestão escolar.
Confira uma lista de iniciativas que apostam em tecnologia e inovação para aprimorar formas de aprendizado e criar alternativas para gestão escolar.
O professor resolve juntar o seu repertório teórico em uma solução tecnológica que auxilie alunos a aprender matemática. Uma empreendedora, começando seu negócio social, investe em uma plataforma educacional para testar tanto suas habilidades mercadológicas como as de impacto social. Um pai, cujo filho passa por problemas de aprendizado, cria um aplicativo para ajudá-lo, e descobre estar auxiliando também outras crianças. Esses são alguns exemplos hipotéticos do que pode levar alguém a empreender socialmente na área de educação.
“Vemos que os empreendedores em educação são pessoas que estão procurando um propósito de vida, acreditando no poder transformador da educação”, explica Ana Flávia Castro, gestora do Programa Iniciativas Empreendedoras do Instituto Inspirare. Ela e sua equipe fizeram um levantamento com empreendedores de diversos estados brasileiros para criar a Apreender, uma plataforma de apoio às iniciativas na área de empreendedorismo educativo.
Ainda que o perfil desse empreendedor seja variado, o objetivo é que seus empreendimentos possam atingir a rede pública de ensino, por uma questão de escala. “É muito comum que empresas iniciantes comecem se articulando com redes privadas, testando modelos e gerando receita, mas sempre com a intencionalidade de alcançar a rede pública”, complementa Ana Flávia. Ela também aponta uma tendência: a maioria dos empreendimentos tem alguma relação com tecnologia, usando de plataformas online ou aplicativos.
Quando a tecnologia se choca com as dificuldades expressas por gestores e educadores, é necessário que o empreendedor esteja disposto a flexibilizar sua proposta de negócios e ouvir a comunidade escolar. A escola, por sua vez, deve abrir suas portas para soluções de inovação que podem contribuir em práticas diárias. “Falta calibrar a conexão entre empreendedor e escola”, pontua Ana Flávia. Quando a gestão, professores e empreendedores começam a falar a mesma língua, o que geralmente acontece é um processo de co-criação que impulsiona o negócio financeiramente e pode adaptá-lo às realidades encontradas na área.
Confira cinco empreendimentos transformadores na área da educação:
Foi por apostar que o ensino de crianças e adolescentes deve ser personalizado que Claudio Sassaki criou a plataforma Geekie, segundo a qual cada aluno preserva o seu ritmo de aprendizado e absorve o conteúdo de acordo com a sua subjetividade e afetividade com a matéria. A plataforma é também utilizada para aprimorar o desempenho de alunos diante de provas importantes como o ENEM.
Se alguns podem ver na tecnologia uma vilã contra o hábito da leitura, João Leal, fundador da Árvore de Livros, encontrou na tecnologia o único caminho possível para incentivá-la entre crianças e adolescentes. A plataforma oferece uma biblioteca digital acessível em qualquer dispositivo, bem como ferramentas para que educadores acompanhem o progresso de leitura de seus alunos.
A engenheira Samara Werner Ludz percebeu que, enquanto sobram iniciativas educacionais voltadas para a infância, os adolescentes contavam apenas com soluções tradicionais para lidar com os desafios do currículo. O poder inovador dos jogos a inspirou a criar o Ludz, um game que facilita o aprendizado de matemática e língua portuguesa, usando elementos gráficos chamativos e uma narrativa de RPG.
Pensando em oferecer soluções para a gestão escolar, que ainda lida com seus desafios a partir de ferramentas analógicas, Maurício Calazans criou a Grid Class, uma plataforma que se utiliza de algoritmos e combinações personalizadas para entregar ao professor um quadro de horários otimizado. A ideia é poupar tanto o tempo do educador quanto os recursos financeiros gastos pela escola durante o processo.
Muitas pessoas que não têm acesso à educação até uma determinada idade acabam se sentindo desmotivadas a continuar os estudos na idade adulta. Ao perceber isso, Gladys Mariotto criou o Já Entendi, uma startup responsável por uma metodologia interativa que auxilia o público dentro de empresas a melhorar suas habilidades de leitura e interpretação. Para tanto, ela dispõe de vídeos, aplicativos e videogames.