Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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05.03.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Cinco temas importantes para os professores em 2018

Base Nacional Comum Curricular e seus desdobramentos, além das eleições, devem trazer mudanças para educadores

Imagem mostra três estudantes sentados em uma sala de aula

Os temas que envolvem a educação vão muito além das paredes da sala de aula. Não é apenas a dinâmica entre professor e aluno que interfere nos resultados. Para uma escola funcionar, toda a política educacional merece atenção.

A convite da Fundação Telefônica Vivo, Olavo Nogueira Filho, diretor de Políticas Educacionais da organização Todos Pela Educação, selecionou cinco temas relevantes para os professores acompanharem em 2018.

Três deles são referentes à Base Nacional Comum Curricular, um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica.

A Base foi definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino, assim como as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio do país.

“Esse é o principal tema, especialmente para os professores de educação infantil e fundamental, pois a etapa do ensino médio ainda não foi aprovada”, diz o especialista.

No entanto, com a implementação da Base, não é apenas o currículo que sofrerá mudanças. “O próprio potencial de impacto da Base é exatamente a indução de outras mudanças que ela promove em diferentes políticas, como a formação dos professores e revisão de materiais didáticos”, comenta o diretor.
Confira os principais temas para o educador em 2018:

1) Implementação da Base nas redes de ensino: os desencadeamentos da implementação da Base Nacional Comum Curricular são importantes, pois se traduzem para os professores por meio do currículo que a rede terá de construir ou adaptar.

Esse processo precisa ocorrer com o apoio dos professores. Uma boa implementação necessariamente passa pelo envolvimento daqueles que serão efetivamente os responsáveis por ela.

Se as secretarias não indicarem de maneira clara qual é o envolvimento do professor, é necessário que ele mesmo se apresente para contribuir nessa construção.

2)Desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos: a Base Nacional Comum Curricular trará algumas inovações que merecem atenção dos professores à medida em que seus currículos são construídos e adaptados.

Ela está ancorada em uma estrutura de trabalho voltada para o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos e isso é novidade para parte das redes, pois nem todos os currículos atuais que operam assim.
A ênfase relativamente grande nas competências socioemocionais também é um ponto de atenção nesse contexto.

3) Tecnologia: outro elemento da BNCC é a introdução de aspectos relacionados à tecnologia, cujo uso em sala de aula vai muito além dos computadores e tablets.

O grande objetivo da proposta é focar no incentivo de um pensamento mais criativo e inovador por parte dos alunos e professores, ainda pouco presente na maioria das propostas das redes de ensino.

4) Formação dos professores e revisão de materiais didáticos: com a implementação da base, esses temas estão entrando com força na pauta.

Uma vez que a BNCC fala da introdução de novos currículos, é aberta a oportunidade para que uma série de políticas sejam repensadas, como os materiais didáticos, ferramentas importantíssimas para a implementação desses currículos.

Em relação à formação dos educadores, eles podem contribuir de maneira propositiva para a melhoria das políticas de formação continuada. Pesquisas mostram que os professores acham os esforços de desenvolvimento profissional relevantes, mas indicam que as iniciativas não contribuem para a melhoria da prática pedagógica, nem atendem o que eles de fato demandam.

5) Troca de governo: por causa das eleições, as redes estaduais estão em um período de transição de gestão, o que implica descontinuidade de políticas de educação com as trocas de governo.

Neste momento, os educadores, profissionais que implementam a política educacional no dia a dia, têm papel fundamental em tornar mais explícito o que está funcionando bem e merece continuidade.


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