Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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25.10.2017
Tempo de leitura: 3 minutos

Colibrii: reaproveitar para criar e gerar impactos sociais positivos

Conheça o negócio social que cria peças com tecidos reaproveitados

A Colibrii é um empreendimento social de Porto Alegre que cria produtos com materiais que certamente seriam descartados. A iniciativa surgiu em 2013, quando as idealizadoras Gabriela Ruiz Gonçalves e Marília dos Reis Martins, que hoje não participa mais da iniciativa, estavam em busca de um propósito maior na carreira. “Queríamos empreender e ao mesmo tempo, trazer um impacto positivo para sociedade”, conta Gabriela, hoje com 31 anos.

O primeiro contato dela com o empreendedorismo se deu em projetos sociais, trabalhos voluntários e formações para jovens lideranças. Foi assim que ela conheceu a comunidade do Morro da Cruz, na capital gaúcha, e um grupo de artesãs locais. “Começamos a ir semanalmente para entender qual era a realidade e como a gente poderia contribuir naquele grupo”, diz.

Foi a união do desejo de empreender das jovens estudantes com a história destas artesãs que fez nascer seis meses depois a Colibrii. Gabriela e Marília perceberam que elas poderiam contribuir com a venda dos produtos manufaturados pelas artesãs, aproximando quem compra de quem faz.

Desde então, as costureiras não são apenas “mão-de-obra”, mas cocriam cada produto. Elas estão incluídas no processo criativo e recebem uma remuneração justa pelo trabalho realizado. “As costureiras realmente se reconhecerem no produto final. É um produto que faz sentido para quem compra e para quem esta produzindo”, explica Gabriela.

 

Design e sustentabilidade

O diferencial dos produtos Colibrii é o design arrojado somado aos materiais reaproveitados, como, por exemplo, tecido de guarda-chuva, sacas de café, calças jeans usadas, refugos da indústria têxtil e o que mais a criatividade permitir. “Não faz sentido colocar mais material no mundo, sendo que já existe essa quantidade enorme de materiais a serem reaproveitados. Buscamos reduzir ao máximo o impacto ambiental que o universo da moda causa”, conta Gabriela.

O olhar aguçado para a possibilidade de incorporar novos materiais reaproveitados veio das próprias artesãs. A costureira Natalia Soares lembra que ela estava dentro do ônibus quando viu no meio de um lixo um guarda-chuva quebrado. “Pensei na hora que tinha que pegar esse guarda-chuva, tirar aquilo da rua”, conta Natalia. Sua parceira de trabalho Eni Leal diz que quando surgiu a ideia de fazer mochilas, ela sugeriu que fossem feitas também com jeans usado. Atualmente, esses dois tecidos fazem parte dos materiais utilizados nos artigos da Colibrii, seja como forro de nécessaires e mochilas, seja nas capas de pranchas de surf confeccionadas em uma parceria com a marca Surfari.

 

Trabalho e autoestima

Para além da melhoria dos ganhos financeiros para as artesãs, e da satisfação para a idealizadora de trabalhar com algo que responde profundamente a seus propósitos de contribuir com a sociedade, a Colibrii também gera um efeito muito positivo para as mulheres da comunidade Morro da Cruz.

“É notável como afeta positivamente a autoestima das mulheres. Elas participam de um processo criativo coletivo, colocando em prática seus conhecimentos e com um grande reconhecimento em relação ao trabalho realizado, tanto por parte dos familiares quanto dos clientes”, diz Gabriela.

Para a empreendedora, o maior desafio é manter a coerência nos negócios de forma sustentável sem perder os valores. Por isso, ela destaca: “o autoconhecimento é essencial para conhecer seus pontos fortes, para assim saber de que forma podemos melhorar e desenvolver, contribuindo para um mundo melhor”.


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