O evento CONANE 2015 fortifica uma rede de professores e pesquisadores que compartilha práticas inovadoras na educação.
O educador Paulo Freire professou: “Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes”. A escola contemporânea não cabe mais em si e pensá-la tradicionalmente, crianças presas em fileiras e carteiras, professores impenetráveis, pouca troca de conhecimento e estruturas imutáveis não faz mais sentido, provavelmente nunca fez. Para divulgar práticas inovadoras pedagógicas e uni-las numa rede sólida, que espalhe saberes singulares, nasceu a segunda edição do CONANE – Conferência Nacional de Alternativas para uma Nova Educação.
A reunião de mais de 590 educadores de todas as partes do Brasil ocorreu nos dias 5, 6 e 7 de setembro, no CEU Profª Arlete Persoli, localizado no bairro educador de Heliópolis, São Paulo, referência em métodos criativos e descentralizadores de educação. Na mesa de abertura, os convidados expressaram a satisfação de ver a casa cheia e o aumento no número de multiplicadores de práticas inovadoras. José Pacheco, ex-diretor da Escola da Ponte, falou do certeiro momento desse encontro: “Nunca estivemos num momento tão propício para que esforços tão dispersos se juntassem. O tempo de mudança chegou e é irreversível”.
Mila Gonçalves, gerente de educação e aprendizagem da Fundação Telefônica Vivo, falou sobre a atuação da Fundação e parceria com os colégios Amorim Lima e Campus Salles no projeto Escolas que Inovam: “Percebemos que, mais do que pensar como a tecnologia pode entrar no ensino, o mais importante é pensar como quem está realizando uma educação inovadora pode usar a tecnologia para transformar o que ainda é tradicional”.
A Fundação também participou de uma roda de conversa sobre o Escolas que Inovam. Quem facilitou a roda de conversa foi Germano Guimarães, diretor do Instituto Tellus, instituição que apoia e é parceira no projeto. Foram debatidas a inserção de tecnologia dentro das práticas das escolas e o uso delas na formação de professores e aprendizado dos alunos.
O evento encerrou-se com falas das porta-voz de setores governamentais. Helena Singer, representante do Ministério da Educação, falou como foi proposital que o encontro terminasse com o governo ouvindo as demandas dos educadores e seus planos de inovação: “A política pública tem que ser construída nessa perspectiva, a partir da base, da demanda social, que exige e pauta o governo”, sentenciou. As últimas salvas de palmas foram para Sônia Goulart, idealizadora do CONANE.