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24.11.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Conheça a ferramenta que ajuda educadores a inovar com estratégia e organização

Com o uso do Canvas, escolas do Projeto Aurora promovem reflexão sobre práticas educacionais

Professores sentam ao redor de mesa no Projeto Aurora

Com o uso do Canvas, escolas do Projeto Aurora promovem reflexão sobre práticas educacionais

As escolas inovadoras de Viamão, no Rio Grande do Sul, sempre chamaram a atenção no município pelos projetos pedagógicos e práticas de educação inovadoras. Ainda assim, a falta de ferramentas para organizar os processos era um dos fatores que dificultavam a mensuração dos resultados alcançados.

Tudo mudou em 2015, quando oito escolas da rede, inspiradas pelo pioneirismo da EMEF Zeferino Lopes de Castro, foram convidadas para fazer parte do Projeto Aurora. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fundação Telefônica Vivo, o Instituto Tear de Inovações e a Secretaria Municipal de Educação de Viamão e foi pensada para auxiliar as instituições a estruturarem seus projetos pedagógicos, além de incentivar a cultura de inovação no município.

Uma vez parte do projeto, as escolas passaram a contar com assessorias técnicas e formações focadas no uso de metodologias e de instrumentos como o Canvas, uma ferramenta de planejamento estratégico utilizada por empreendedores em todo o mundo.

Como funciona no Projeto Aurora

Constituído por uma tela em branco segmentada em blocos que devem ser preenchidos coletivamente, o Canvas é um procedimento simples e pontual que facilita a visualização de um plano estratégico ou um modelo de negócios.

O primeiro Canvas adaptado para as escolas do Projeto Aurora visava definir os desafios de cada instituição, além de determinar quais eram as causas e consequências das decisões. Já nos encontros posteriores, diversas perguntas foram organizadas e discutidas em diferentes Canvas, com o intuito de aprofundar o conhecimento do grupo de educadores sobre suas intenções.

“Antes do projeto, nós tínhamos um trabalho diferenciado voltado para as artes, mas as ações eram isoladas. O Canvas nos ajudou a organizar a escola e a mobilizar os professores como um grupo unificado”, relata a diretora da EMEF Presidente Getúlio Vargas, Carla Bittencourt.

Dentre as inciativas, a escola conta com uma mostra artística realizada a cada dois meses, que traz apresentações dos alunos em eixos como audiovisual, música, dança, teatro e pintura, articulados com o conteúdo tradicional.

Evolução e aprendizado

A assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Viamão, Cleo Sörgen, conta que desde o início do projeto, em 2015, as escolas passaram por um processo de evolução, construído a partir dos objetivos estipulados no primeiro ano.

“Após utilizarem as ferramentas para definir os desafios das escolas, eles estão trabalhando com o registro das práticas executadas e o uso de processos avaliativos com foco nos alunos”, explica.

A ideia, segundo a assessora, é dar continuidade em tudo o que foi conquistado até agora, como o trabalho dos mediadores, professores que trabalham como substitutos, as horas dedicadas ao planejamento dentro da escola e a participação da comunidade.

Para a EMEF Santa Isabel o uso do Canvas foi essencial na definição dos principais desafios da escola: oferecer uma aprendizagem significativa aos alunos, motivar os educadores e garantir a inclusão do grande número de crianças com deficiência que a escola recebe.

“Antes, a gente planejava nossas aulas em cima do que queríamos que o aluno aprendesse. Agora, trabalhamos a partir do que eles têm mais interesse”, diz a mediadora da escola, Valéria Lemos.

Na práticaFocada no uso de tecnologias para a educação, a EMEF São Jorge aceitou o desafio de participar do Projeto Aurora para motivar os seus 510 alunos e ainda atualizar as práticas pedagógicas da escola.

Desde o ano passado, as ideias começaram a ser executadas com a criação de oficinas de robótica feitas com materiais sustentáveis e o uso de aplicativos educacionais em tablets, para auxiliar no processo de aprendizagem em sala de aula.

“Hoje percebemos um maior engajamento dos professores, desenvolvimento dos alunos com dificuldades, maior participação dos pais e até um aumento na procura por matrículas”, relata o mediador da escola, Márcio Letona.


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