Saltar para o menu de navegação
Saltar para o rodapé
Saltar para os conteúdos
Saltar para o menu de acessibilidade

A Revista Forbes traçou o perfil de profissionais que atuam em edtechs, startups voltadas para educação. Saiba mais sobre alguns deles!

a imagem mostra dois jovens em um escritório. Eles estão de pé, encostados em uma mesa olhando para a tela de um tablet e sorrindo.

inovação educativa e o setor de startups com foco em educação ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Essa tendência ficou mais evidente no LATAM EdTech 100, estudo divulgado em junho que listou as 100 edtechs mais inovadoras da América Latina. A  plataforma HolonIQ, dos EUA, catalogou dados de 1.700 delas, levando em consideração questões como qualidade do produto ou serviço, expertise e diversidade das equipes. Com 30 empresas, o Brasil liderou o ranking – seguido pelo México, com 20 representantes.

O contexto da pandemia e a necessidade de aderir ao ensino remoto acentuaram a tendência de atrelar tecnologia à educação e reforçaram a atuação do setor, mas também apontaram para as desigualdades educacionais do país.

Com isso, a lista da Forbes que destaca 12 profissionais negros que contribuem para a inovação da educação ganha ainda mais importância na reflexão sobre a construção de caminhos que contribuam para o desenvolvimento do ensino.

Detalhamos, a seguir, a atuação de cinco dos jovens destacados na publicação.

 

Gamificação e inteligência artificial no aprendizado

Caroline Andrade
Caroline Andrade, Head de Sucesso do Cliente e Suporte na Jovens Gênios

Primeira da família a ingressar na faculdade, Caroline Andrade largou o curso de Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para ser a primeira estagiária da Jovens Gênios, que usa inteligência artificial, metodologias ativas e gamificação para individualizar o aprendizado em escolas. 

Aos 25 anos, hoje comanda o time de sucesso do cliente da empresa, responsável por pensar na usabilidade da plataforma e em soluções que sejam escaláveis, priorizando experiências que encantem os mais de 10 mil clientes.

“As salas de aula atuais trocaram o giz pela dupla power point/projetor. Ou seja, muito pouco. E, na prática, a forma de aprender continua engessada como no século 19, o que não é mais aceito pelas crianças e adolescentes dessa geração”, comentou para a Forbes.

 

Inovação baseada em sucesso compartilhado

Isaac Batista
Isaac Batista, instrutor de tecnologia na startup Trybe

Com 22 anos, Isaac Batista, que cursa licenciatura em informática no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), é instrutor de tecnologia da startup Trybe e acredita que a inovação é um ingrediente crucial não apenas para empresas, mas também para qualquer profissional que deseja se destacar.

A escola de desenvolvimento de software é baseada no Modelo de Sucesso Compatilhado, no qual o aluno só paga mensalidade do curso quando estiver empregado e ganhando, no mínimo, R$ 3,5 mil.

“Inovar está nas coisas simples. É ter visão, entender a necessidade das pessoas, perceber o que é importante e ter a humildade de aceitar que sua ideia pode não ser tão boa como parecia antes. É aceitar as informações que o mundo te dá e se colocar na equação”, afirmou ao ser incluído na lista da publicação.

 

Diversidade como bandeira na educação

Janine Rodrigues
Janine Rodrigues, fundadora Piraporiando – Educação para diversidade

“Antes da inovação é preciso análise crítica. E antes da análise crítica, repertório. Para ter repertório é preciso experienciar. E experienciar está diretamente relacionado a viver coisas diversas”, disse Janine Rodrigues, fundadora da Piraporiando – Educação para a diversidade ao ser reconhecida pela Forbes.

Foi com uma bagagem de uma década trabalhando na área ambiental junto aos povos originários que a empreendedora desenvolveu não apenas fascínio pela história dessas comunidades, mas também tomou fôlego para criar seu próprio negócio.

Começou com pequenos projetos de educação e edição de livros até incluir um programa de educação para a diversidade e obras literárias, proporcionando formação continuada e trabalhando conceitos como a transversalidade do currículo pedagógico, em busca de educação antirracista, antibullying e sem preconceitos. Chega hoje a 40 mil crianças e 26 mil educadores em todo o Brasil.

 

Valorização da cultura afro-brasileira

Juliana Bueno
Juliana Bueno, professora e coordenadora do projeto Sankofa e do Brasil Pindorama

Aos 34 anos, Juliana Bueno concilia trabalho, faculdade de Pedagogia e a criação de dois filhos. Ela é professora de cultura popular brasileira e coordena o projeto Sankofa – O Velho Mundo de África e o Brasil Pindorama, da Camino School, escola referência da Camino Education. A startup com foco em educação reúne educadores, gestores, pais e estudantes de diferentes partes do mundo para enriquecer o processo de aprendizagem.

“É urgente endereçar a temática racial nas escolas, principalmente nas particulares, onde a maior parte dos alunos é branca”, acredita a paulistana, para quem a disseminação de fatos históricos é um fator essencial na construção de uma sociedade antirracista.

A proposta é levar aos estudantes, por meio de metodologias ativas e protagonismo, o desenvolvimento de habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) , cumprindo o que prevê a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

 

Promovendo a educação 4.0 aos estudantes

Thamillys Marques
Thamillys Marques de Oliveira, professora de programação na Mundo 4D

Desde muito cedo Thamillys Marques de Oliveira é apaixonada por tecnologia. Aos 14 anos, já dava aulas de informática no EJA (Educação de Jovens e Adultos), onde reforçou o interesse pela educação. Formou-se no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano e hoje, aos 26 anos faz mestrado em Ciência da Computação na Universidade de São Paulo (USP).

Atua como educadora tech na Mundo4D, onde aprofunda conhecimentos sobre gamificação, robótica, programação de jogos e internet das coisas (IoT) com foco em metodologias de ensino-aprendizagem.

“Inovamos ao atrelar os pilares, metodologias e conteúdos STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) ao ensino das habilidades socioemocionais, tão importantes para essa geração. Inovamos quando, mesmo em meio à pandemia, descobrimos meios de ampliar nosso alcance, possibilitando assim, uma maior abrangência do ensino da educação 4.0 e o acesso à tecnologia criativa a alunos que antes não tinham esta oportunidade”, resumiu na publicação da Forbes.

Conheça jovens que trabalham pela inovação da educação no Brasil
Conheça jovens que trabalham pela inovação da educação no Brasil