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Um dos projetos auxilia na abertura de portas sem o uso das mãos para evitar contato com áreas de fácil contaminação. Saiba mais!

Nos últimos meses, devido à pandemia da Covid-19, a forma como vivemos, estudamos, trabalhamos e interagimos mudou. Tivemos de nos adaptar a uma vida com cuidados mais exigentes com higiene e saúde, como por exemplo, usar máscaras e evitar contatos desnecessários com nossas mãos para barrar o contágio do coronavírus.

Foi pensando justamente nisso e a fim de ajudar no combate à pandemia que cinco estudantes do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Timóteo, em Minas Gerais, recorreram à cultura maker e desenvolveram um dispositivo que permite abrir portas sem a necessidade de usarmos as mãos.

O projeto, batizado de ANTICOVID-19, nasceu na mais recente edição do Grand Prix SENAI de Inovação, evento que desde 2012 incentiva estudantes e instrutores de todo o país a propor e protagonizar soluções inovadoras para o dia a dia da indústria, utilizando os conhecimentos técnicos aprendidos em sala de aula. O foco dos desafios propostos este ano foi o desenvolvimento de soluções relacionadas à pandemia.

ANTICOVID-19 é um dispositivo de abertura mecânica de portas com os pés, e foi o campeão nacional na categoria de desafio intitulada Como ter uma indústria sem contaminação e sem perder sua produtividade no período de uma pandemia?

“Como a principal forma de transmissão da doença é pelas mãos, e na indústria existem muitas salas e ambientes pelos quais os funcionários precisam transitar, encontramos uma forma de eles fazerem isso sem utilizar as mãos”, afirma a estudante Akimy Vitória de Sousa, 18 anos, uma das integrantes do grupo do ANTICOVID-19.

A iniciativa de ajuda no combate à pandemia, que demonstra muito bem o impacto da cultura maker, segundo a jovem, foi inspirada em um instrumento musical. “A ideia foi do meu amigo Matheus, que também é integrante da equipe. Ele pensou no projeto a partir do chimbal que é o ‘pedal’ da bateria”, explica.

Coordenados pelo instrutor Mario Lúcio Ferreira da Mota, os cinco estudantes desenvolveram o projeto a distância, colocando a mão na massa com o uso das tecnologias e ferramentas que tinham em casa. “Foi uma experiência muito diferente por causa da pandemia e da distância. Contudo, conseguimos fazer através de mensagens e videochamadas”, conta Akimy.

Veja abaixo como funciona o ANTICOVID-19:

A equipe do SENAI Timóteo explica que a intenção é seguir com o projeto, que no momento, está aguardando propostas de investimentos de empresas interessadas em produzir o dispositivo.

 

OpenDoor: Adeus maçanetas

Além do ANTICOVID-19, outro projeto da unidade de Timóteo chamou atenção no Grand Prix, o OpenDoor. O projeto consiste em um mecanismo que substitui as maçanetas das portas. O intuito também é evitar o contato das mãos com superfícies contaminadas, e para isso, leitores de cartão, crachá, chaveiros digitais e até smartphones fazem o papel das mãos, abrindo as portas quando acionados.

Segundo a unidade de Timóteo, não utilizar as oficinas do SENAI foi um desafio para todos os envolvidos, mas, por outro lado, foi igualmente notável o quanto os estudantes cresceram tecnicamente com a elaboração do projeto.

“A principal conquista, sem dúvida, foi eles conseguirem realizar um trabalho com qualidade em tão pouco tempo, superando todas as dificuldades”, conclui a equipe.

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