Com apoio da Fundação Telefônica Vivo, Educação 360 discutiu práticas inovadoras para repensar a educação para além de conteúdos formais
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Mila Gonçalves, gerente de projetos da Fundação Telefônica Vivo
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Durante apresentação, Mila lembrou como a escuta ativa, atenta ao desenvolvimento dos estudantes, permitiu, por exemplo, que um aluno que havia repetido um ano encontrasse na sua paixão pelo cuidado com cavalos um caminho para a criatividade, inventando um cocho automático para facilitar a alimentação dos animais: “Inovação é um processo, não uma fórmula. O que podemos fazer, como Fundação, é facilitar esses processos, e o que vai sair depende da escola e seus educadores”, relatou Mila.
Já no segundo dia do evento, professores de uma das instituições do programa Inova Escola, o EM André Urani – GENTE, localizado na comunidade carioca da Rocinha, tiveram a oportunidade de se encontrar com representantes tanto da Fundação Telefônica Vivo quanto da Telefônica Brasil.
Eduardo Navarro, presidente da Telefônica Brasil, o vice-presidente de assuntos corporativos e comunicação Gustavo Gachineiro e Marcelo Tanner, diretor comercial do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, além da própria Mila e Americo Mattar, diretor presidente da Fundação, participaram de uma roda de conversa com a diretora do GENTE Marcela de Oliveira e Claudia Fadel, diretora da Escola SESC de Ensino Médio. No encontro, foi debatida a importância do trabalho inovador da escola em um território de vulnerabilidades, além da relevância do papel que cada um tem na construção de uma educação de qualidade e acessível.
Oficinas e conversas
Nas salas de aula da Escola SESC, aconteceram durante as manhãs dois dias de programação com oficinas maker. Uma delas, ministrada por Gustavo Brito, da plataforma de educação Laje, discutiu uma visão retomada em diversos momentos do evento: da escola como um espaço em evolução, e do processo de aprendizagem como uma maneira de inovar. “A escola pode ser uma fábrica, mas não o espaço industrial como conhecemos. Pode ser espaço de produção de reflexão e conhecimento”, disse o palestrante.
Outro dos estudos de caso centrou-se em como a escola se abre para discussões de igualdade envolvendo povos indígenas, a comunidade LGBT e minorias étnicas. “Não basta a escola ser democrática, ela tem que promover a democracia”, defendeu Cesar Luis Sampaio, da EMEF Infante Dom Henrique, em São Paulo, que tem como premissa acolher e integrar a crescente população imigrante que chega à cidade. Outro bom exemplo foi dado pela escola EMEF José de Alcântara Machado, que resgatou costumes e conhecimentos dos indígenas urbanos Pankakaru.
A última participação da Fundação Telefônica Vivo foi no estudo de caso Transições, na qual se discutiram práticas para evitar a alta evasão escolar nos anos transitórios: a sexta série do ensino fundamental e o primeiro ano do ensino médio. Americo Mattar trouxe casos da publicação Viagem à Escola do Século XXI, livro de referência em inovação educativa que reúne práticas de todo mundo.
Um dos exemplos foi o espaço 826 Valencia, em Nova Iorque (EUA), que oferece reforço escolar combinado a um espaço lúdico de super-heróis. “Já pensou aprender matemática vestido de Batman?”, brincou Americo. “Para que a inovação aconteça, temos que transformar os nossos alunos, liberar o palco para que venham para frente, se organizem e pensem diferente”, concluiu.
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