Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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12.08.2016
Tempo de leitura: 4 minutos

Educação sem fronteiras: coletivo passa por escolas de diferentes países e registra boas práticas

Apoiado pela Fundação Telefônica Vivo, livro tem download gratuito e reúne experiências de inovação na educação.

Apoiado pela Fundação Telefônica Vivo, livro reúne experiências de inovação na educação. Conheça esta e outras iniciativas semelhantes.

Tire o papel, os lápis e as canetas coloridas de cena. Substitua o material por biscoitos de polvilho. É possível aprender a ler e a escrever aproveitando as formas redondas e inclinadas do alimento? A curiosa cena, que representa o aprendizado livre e em todos os cantos (como propõe a o conceito de educação integral), é relembrada com carinho pelo educador André Gravatá. Ao lado dos companheiros do Coletivo Educ-ação, o trabalho com os biscoitos foi registrado no Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, de Minas Gerais, criado pelo também educador popular Tião Rocha.

A passagem pela escola mineira é um dos registros do livro Volta ao mundo em 13 escolas, feito pelo Coletivo, com o apoio da Fundação Telefônica Vivo e o aporte de um financiamento coletivo virtual. A ideia era colocar o pé na estrada para entender como se constrói uma educação efetiva e como se trata da educação no século XXI em diferentes localidades. Gravatá e os amigos Camila Piza, Carla Mayumi e Eduardo Shimahara viajaram por nove países em busca de projetos inspiradores e de pessoas que promovem a inovação na educação – com o objetivo de trazer à tona as raízes de cada lugar e um pedacinho das experiências encontradas mundo afora. “Nós tentamos contar as histórias partindo de um olhar plural, contando-as por meio da perspectiva dos professores, dos alunos, das famílias. Tentamos realmente fazer com que o leitor se sentisse viajando em uma aventura”, explica Gravatá.

Foram dois anos de pesquisa até o nascimento do livro, em 2013. Tantos foram os causos e as boas iniciativas que o grupo teve certa dificuldade de escolher o que iria para a publicação. “Todas as histórias marcaram de alguma forma a vida dos integrantes do Educ-ação”, assegura o educador. “O principal desafio foi viabilizar o sonho, como fazer isso ou como fazer aquilo. O caminho da ideia e da prática é um caminho longo. Para nós, essa experiência deixou um legado muito forte”, diz Gravatá. “Certamente, quando nós embarcamos nesta viagem, nossa visão de educação era de um jeito, e, nesse processo, ela passou por uma modificação muito grande. Agora, nós percebemos esse tema de uma forma muito mais ampla e com muitas possibilidades.”

A ideia e o conceito do Volta ao mundo em 13 escolas serão relembrados durante a próxima edição da Virada Educação, que acontece durante o mês de agosto em São Paulo, Porto Alegre, Joinville e Ipatinga, com várias atividades sobre educação inspiradora e práticas inovadoras feitas na escola – e fora dela. “A Virada Educação tem muito a ver com o trabalho desenvolvido no livro, que mostra como a escola pode ser um espaço criativo e a cidade uma plataforma de aprendizado”, conclui o múltiplo Gravatá – que, além de educador, é jornalista, poeta, escritor e também um dos criadores da Virada Educação.

Inspirados na iniciativa do Coletivo Educ-ação, a reportagem selecionou três projetos brasileiros semelhantes, com foco na inovação na educação e na construção de uma sociedade mais justa. Confira!

  1. Mapear ações inovadoras que buscam contribuir para a democracia na América Latina. Esta é a proposta do site Update, que se propõe como um laboratório de compreensão, difusão e promoção da troca de informação do cidadão que segue em busca de um espaço mais democrático, com práticas políticas renovadas e mais participativas.
  2. Na procura por formas de tornar o mundo um lugar mais sustentável, o casal Augusto Zorello e Viviane Noda saiu em viagem pelo Brasil. O projeto PorQueNão? registra a experiência, que surgiu quando os dois se questionaram sobre a sociedade em que vivemos e como a cultura do consumo tem impactado nossas vidas.
  3. Outra iniciativa pensada por um casal é a Caçadores de Bons Exemplos. Iara Xavier e Eduardo Xavier passaram cinco anos com a mochila nas costas, desembarcando em diferentes lugares a fim de conhecer de pessoas que fizessem a diferença na comunidade em que vivem por meio de projetos sociais. O site reúne uma turma que acredita em um mundo melhor por meio da empatia e das ações positivas.


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