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Tony Marlon, do Historiorama, Luís Henrique Coelho e Jennifer Rodrigues, do Empreende Aí, e Emanuelly Oliveira do Social Brasilis indicam alguns empreendimentos sociais que valem a pena conhecer.

O Brasil tem mais de 800 negócios de impacto social, segundo levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, realizado em 2017.

Negócios de impacto social são empreendimentos financeiramente sustentáveis, com caráter social ou ambiental, que contribuem para a transformação da realidade e o desenvolvimento socioeconômico de grupos com maior vulnerabilidade. Seus objetivos envolvem a solução de problemas em áreas como educação, cultura, saúde, alimentação e meio ambiente, entre outras.

Diante de tantas iniciativas, algumas ideias deram tão certo que se tornaram referência para outros empreendimentos sociais e destacam-se pela inovação, inclusão e impacto causados ao redor, sobretudo em periferias brasileiras.

Retrato dos negócios de impacto social no Brasil:

51% têm menos de um ano de operação

70% atuam no setor de serviços

28% dos negócios estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste

45% dos negócios são administrados por mulheres

36% dos empreendedores sociais têm entre 26 e 35 anos

Fonte: Pesquisa Retrato dos Pequenos Negócios Inclusivos e de Impacto no Brasil 2017 (Sebrae e PNUD).

Convidamos quatro empreendedores para eleger alguns de seus negócios de impacto social preferidos. São iniciativas relevantes, em diversas áreas, que servem de modelo e inspiração para jovens que sonham em mudar o entorno com seus futuros empreendimentos sociais. Confira!

O empreendedor Tony Marlon posa para foto
Tony Marlon, 30 anos, é jornalista e empreendedor social desde 2011, quando fundou a Escola de Notícias. Atualmente, toca o projeto Historiorama, uma iniciativa dedicada ao design de conteúdos e experiências, localizada no Campo Limpo em São Paulo.

Moradigna

Realizar uma “reforma sem dor de cabeça, por um preço acessível” é a ideia do Moradigna. O projeto busca transformar a vida de brasileiros que vivem em situação de insalubridade, oferecendo não só a possibilidade de morar em um ambiente bonito, mas, sobretudo, em um local longe de doenças. Em três anos de atuação, o projeto realizou mais de 300 reformas, impactando a vida de mais de 1.200 brasileiros.

Nós, mulheres da periferia

Em 2012, as integrantes fundadoras do coletivo publicaram um artigo na Folha de S.Paulo sobre a invisibilidade e os direitos não atendidos das mulheres que moram em bairros periféricos. A grande repercussão fez com que o coletivo se materializasse no site Nós, mulheres da periferia, que narra acontecimentos que têm como base as questões de raça, classe e território, escritos a partir da perspectiva de mulheres periféricas.

Transvest

Por meio de palestras, oficinas, cursos de línguas e de pré-vestibular, a ONG busca combater a transfobia e promover a inclusão de travestis, transexuais e transgêneros na sociedade. As atividades gratuitas são destinadas à população trans de Belo Horizonte e realizadas por professores-voluntários que pensam a educação como uma potência transformadora.

Universidade da Correria

Anderson França, o Dinho, criou a Universidade da Correria, em julho de 2013, uma das primeiras iniciativas a trabalhar o tema do empreendedorismo popular nas favelas. Em cinco anos, mais de 4 mil alunos já passaram por curso de negócios, consultorias, oficinas e capacitação para abertura e gerenciamento dos empreendimentos. O projeto, que é gratuito e não tem finalidades acadêmicas.

Luís Henrique e Jennifer Rodrigues posam lado a lado para a foto
Luís Henrique Coelho, 25 anos, é administrador de empresas e Jennifer Rodrigues, 27 anos, é psicóloga. Ambos são idealizadores do Empreende Aí, negócio social que já atuou na criação de mais de 250 empreendimentos na periferia.

Ateliê Cendira

Ateliê promove atividades relacionadas à culinária, moda sustentável e reciclagem com o objetivo de fortalecer a identidade e a relação das mulheres periféricas frequentadoras do espaço na zona sul de São Paulo. São oferecidas oficinas, pesquisas, debates, além da possibilidade de produtoras utilizarem o espaço para exposição de artesanatos ou para oferecer seus serviços.

Boutique de Krioula

Para resgatar a autoestima da mulher negra brasileira, Michelle Fernandes e Célio Campos criaram a Boutique de Krioula, focada em produtos de moda afro. O empreendimento, que começou com a venda de turbantes em 2012, hoje conta com quase dez tipos diferentes de produtos em catálogo e um canal no Youtube. O negócio já impactou mais de 100 mil pessoas em diversos canais de redes sociais.

Bora Lá! Agência de Comunicação e Marketing Popular

Negócios sociais de impacto e trabalho com empreendedores locais são as duas frentes de atuação da Bora Lá! , que tem como meta ser a agência de comunicação referência das periferias do Brasil. A ideia é oferecer atendimento personalizado e produtos de comunicação visual e marketing, por preços acessíveis, sem esquecer da qualidade.

Clube da Preta

O primeiro clube de moda afro por assinatura do Brasil, criado em 2017, já gerou mais de cinco mil reais aos seus afroempreendedores parceiros, com mais de 650 produtos enviados. Uma vez por mês, assinantes do clube recebem um box com roupas, artes e acessórios produzidos por empreendedores negros da periferia.

A jovem Emanuelly Oliveira sorri para a foto
Emanuelly Oliveira é educadora, graduada em Letras. Em 2014, fundou o Social Brasilis, um empreendimento social que busca o desenvolvimento de líderes comunitários por meio do ensino da educação empreendedora.

Gastromotiva

Com atuação em São Paulo desde 2006, o Gastromotiva chegou ao Rio de Janeiro, Salvador, Cidade do México e deve ser expandido para outros países da América Latina. O projeto oferece cursos de capacitação em cozinha e atua na disseminação do conceito de gastronomia social, como forma de inclusão social para jovens, pessoas encarceradas e moradores de rua.

 

Geekie

Dois profissionais do mercado financeiro resolveram deixar de lado seus empregos e criar uma plataforma de educação online para ajudar a preparar jovens que vão prestar o Enem.  A Geekie já alcançou mais de 5 milhões de alunos das redes pública e privada de ensino no Brasil com uma plataforma  personalizada, que respeita os interesses e habilidades de cada aluno.

MaturiJobs

A iniciativa pioneira no Brasil reúne oportunidades de trabalho, capacitação profissional e redes de contatos para pessoas com mais de 50 anos de idade que estejam em busca de empregos formais ou trabalhos voluntários. Mais de 82 mil profissionais se cadastraram na plataforma, fundada em 2015, que tem cerca de 660 mil acessos todos os meses.

Tipiti

Já ouviu falar de doce de cupuaçu, beiju de mandioca e farinha de tapioca?  São comidas típicas do Pará, que podem ser entregues dentro de boxes aos paraenses que moram fora de sua terra natal, ou àqueles curiosos com a cultura do estado. A Tipiti busca difundir da cultura paraense, valorizar os produtos da região e o fortalecer os pequenos produtores rurais.

Empreendedores elegem 12 negócios de impacto social inspiradores
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