Empreendedores sociais de todas as regiões do País desembarcam em Florianópolis na próxima semana para o primeiro encontro presencial do Social Good Brasil Lab. Durante três dias – 12, 13 e 14 – eles participam de uma série de conversas, palestras e dinâmicas com especialistas que vão auxiliá-los nos primeiros passos para criar seus próprios negócios sociais, movimentos ou coletivos. O laboratório segue até outubro com webinários, desafios e outros quatro encontros presenciais na capital catarinense.
“Ao longo desse tempo, os participantes terão acesso a ferramentas modernas e eficientes para a inovação e a estruturação de iniciativas, como o Startup Enxuta, o Design Thinking e o Lean Startup”, diz a coordenadora do Social Good Brasil Lab, Bárbara Basso. “Até novembro as ideias já terão sido prototipadas, testadas e aperfeiçoadas. Prontas para irem para a rua”.
Os participantes também terão contato e apoio de mentores – um grupo de mais de 40 executivos e empreendedores que irão auxiliá-los na identificação de oportunidades de melhoria dos projetos e falar de suas próprias experiências na área. Em 2015, o Lab recebeu 402 inscrições vindas de 23 estados. Os projetos passaram por uma primeira avaliação e 50 chegaram à etapa dos encontros presenciais. As iniciativas têm em comum o fato de usarem a tecnologia como ferramenta para combater problemas sociais – com foco em áreas distintas (educação, promoção da saúde, cidadania, cultura, entre outras).
Essa é a terceira edição do Lab e projetos desenvolvidos nos anos anteriores já começam a ganhar corpo.
O PlantePraMim é um exemplo. A plataforma de comércio eletrônico de produtos orgânicos surgiu na Grande Florianópolis e chegou recentemente a Porto Alegre. A ferramenta promove a venda direta de produtores rurais para os clientes, garantindo maior renda aos agricultores e alimentação saudável aos moradores das cidades. Outra iniciativa, o Alinha, atua no combate ao trabalho em condições análogas à escravidão em oficinas de costura e ganha espaço entre os imigrantes que moram em São Paulo. As edições anteriores do Lab também resultaram na criação de uma TV online para deficientes auditivos ou visuais, em projetos de apoio ao financiamento da cultura, entre outros.
“As ideias inscritas esse ano são interessantes e várias delas apresentam grau de maturidade bastante elevado. Acredito que mais uma vez teremos resultados muito positivos”, diz Bárbara Basso. Os projetos que mais se destacarem no Lab serão apresentados no Seminário Social Good Brasil, marcado para os dias 12 e 13 de novembro, em Florianópolis.
Depois, em dezembro, empreendedores que estiveram em uma das três edições do Lab serão selecionados para um novo treinamento. Eles vão participar de um encontro com representantes da Universidade de Santa Clara, do Vale do Silício, que desenvolveram metodologia de gestão própria e inovadora para negócios sociais. O foco do treinamento, desenvolvido pelo Global BenefitInstitute (GBSI) e trazido para o Brasil pelo Social Good Brasil, é o planejamento financeiro e a maximização do impacto de iniciativas sociais.
O Social Good Brasil é uma organização que busca estimular projetos de empreendedorismo social que usem a tecnologia como ferramenta principal para mudar o mundo. A ONG é mantida com apoio da Fundação Telefônica Vivo, Itaú, Natura e Instituto C&A. O SGB Lab também tem apoio da Azul Linhas Aéreas e do Sebrae SC.