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12.02.2019
Tempo de leitura: 4 minutos

Escolas e comunidade se unem para recuperação do rio Carioca

Conheça a história do primeiro curso de água urbana do país a virar patrimônio cultural graças a um projeto que mobilizou alunos e a comunidade no Rio de Janeiro.

Quando a jornalista e professora Silvana Gontijo propôs a criação de uma metodologia para recuperar um rio, ela não imaginava que sua ideia iria além da prática pedagógica e viraria um caso real.

Os alunos descobriram que no passado o rio Carioca era considerado uma fonte de vida para os índios Tupinambás, antes
dos portugueses chegarem ao Brasil.
Diz a lenda que o rio era mágico. As mulheres que se banhavam se embelezavam e os homens que bebiam de suas águas límpidas ganhavam virilidade.

A causa O rio do Rio foi pensada inicialmente como uma ação de mobilização do projeto Planetapontocom, organização da qual Silvana é diretora e é focada no desenvolvimento de soluções inovadoras para a educação pública brasileira. O emblemático rio Carioca, que faz um percurso relevante na cidade do Rio de Janeiro e havia virado um depósito de lixo e esgoto, foi o escolhido.

“A ideia era mostrar para as nossas crianças como aprender através de uma educação mais dinâmica, exigindo soluções do poder público para causas da sociedade. No fim, o resultado foi além do esperado, pois não imaginávamos que conseguiríamos recuperar parte do rio”, conta Silvana.

Tendo como fio condutor o resgate da história do rio e seu papel na construção da identidade carioca, o Planetapontocom criou ações educativas, utilizando como cenário o mundo ficcional chamado Turma do Planeta.

“A questão da água é diferente de ensinar como fechar a torneira. O rio é interdisciplinar por natureza e queríamos operar uma transformação em que os estudantes aprendessem e, ao mesmo tempo, exercitassem a cidadania”, explica.

Mobilização e Inspiração

A proposta inicial era mobilizar as escolas públicas e privadas da bacia do rio Carioca a participar da recuperação por meio de uma modelagem interdisciplinar. Ao mesmo tempo, trazer as comunidades que margeiam o curso d’água para as oficinas de capacitação voltadas aos jovens agentes de transformação.

O projeto envolveu 27 escolas da região e se transformou no Movimento o rio do Rio, atraindo olhares da mídia e ganhando parceiros e apoiadores interessados na preservação ambiental, como a SOS Mata Atlântica. O próximo passo é sistematizar as práticas, que devem servir como modelo para iniciativas similares.

“Em um ano e quatro meses, conseguimos recuperar a parte visível do rio e hoje nos constituímos em um movimento atuante composto por estudantes, ambientalistas, formadores de opinião, arquitetos, cientistas e comunidades”, relata Silvana Gontijo.

A educação com e através de causas

A ideia de trabalhar a educação por meio de causas nasceu em 2007, a partir de uma inquietação de pessoas que, assim como a educadora, desistiram de inovar por meio da academia por não conseguirem integrar diferentes formas de conhecimento.

Pesquisadora em mídia e educação, Silvana estudou na França e chefiou o departamento educacional do Jornal do Brasil a fim de entender o que os grandes veículos faziam na área.

“Quando voltei ao país, me reuni com um grupo interessado em incorporar o estudo da educomunicação às metodologias e aos processos pedagógicos. Criamos uma série de iniciativas, entre elas uma sobre como prender a atenção da criança e do jovem no universo escolar. Aí comecei a construir uma tese chamada educação com e através de causas”, explica.

Dois caminhos foram trilhados a partir daí: uma causa social, focada na convivência harmônica com o diferente; e uma causa ambiental, com ênfase na água.

“Ao se envolver com uma causa, tomar consciência dos problemas sociais ou se responsabilizar em cuidar do meio ambiente, as crianças e os jovens tornam-se protagonistas de seu processo de aprendizagem”, conclui.


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