Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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26.04.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Estudantes do Rio são os primeiros brasileiros a participar de competição da NASA

"Spacetroopers” fizeram vaquinha para ir aos EUA e mostrar ao mundo seu veículo de exploração de planetas

“Spacetroopers” fizeram vaquinha para ir aos EUA e mostrar ao mundo seu veículo de exploração de planetas
Em 20 de julho de 1969, um americano foi o primeiro homem a pisar na lua. Em 30 de março de 2006, o astronauta Marcos Pontes se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. E exatamente 11 anos depois, no mesmo 30 de março, seis estudantes do ensino médio e superior de diferentes instituições do Rio de Janeiro se tornaram o primeiro grupo do Brasil a participar do NASA Human Exploration Rover Challenge, nos Estados Unidos. 
O “Spacetroopers”, nome escolhido pelo time brasileiro, teve o desafio de mostrar que seu veículo poderia ser eficiente na exploração de outros planetas. Nathalia Pires, Fellipe Franco, Yago Dutra, Larissa Ferreira, Rafaela Bastos e Alexandre Rodrigues foram ao estado americano do Alabama mostrar que também eram capazes de produzir ciência de alto nível, apesar das dificuldades.
O sonho desses jovens começou quando Rafaela ficou sabendo do evento, enquanto navegava na internet. Muito interessada, ela se apressou para encontrar outros componentes para formar o grupo, mas se deparou com uma série de obstáculos: não existia opção para a inscrição de brasileiros e a equipe não tinha o dinheiro necessário para construir seu veículo e viajar para apresentá-lo, cerca de R$ 40 mil.
Mesmo com essas barreiras, os estudantes – com idades entre 15 e 18 anos – não desistiram. Decidiram entrar em contato com os organizadores da competição, enviando os currículos de cada um deles para provar que tinham capacidade de sobra para competir. Juntos, os 6 integrantes colecionam mais de 50 medalhas em competições nacionais e internacionais, em disciplinas como astronomia, robótica, matemática, química e biologia. Para surpresa de Rafaela, a resposta da NASA chegou rápido: eles estavam dentro.
Com o primeiro problema solucionado, ainda existia a dificuldade financeira. Para resolver isso, eles criaram uma página de vaquinha online para arrecadar doações. Os jovens participaram também do programa “Caldeirão do Huck’’, na TV Globo, e contaram com patrocínios como o da Agência Espacial Brasileira. As contribuições superaram as expectativas, e eles conseguiram embarcar para os EUA, o que acabou se tornando uma expedição importante para a astronomia brasileira.
Na competição, os jovens tiveram a chance de desenvolver novas tecnologias, tendo como foco viagens espaciais reais. O objetivo da prova era montar o rover e percorrer, no menor tempo possível, um trajeto de 800 metros repleto de obstáculos que poderiam ser encontrados em terrenos de outros planetas e vários corpos celestes, com diversas crateras e montes.

Estudantes levam protótipo em competição

O “Spacetroopers” foi premiado com uma placa de participação e um troféu de reconhecimento da NASA
Para Rafaela, a experiência foi um momento único e proporcionou uma troca de aprendizados. “Conhecemos muitas pessoas de outros países, estávamos junto de outras 99 equipes. Foi incrível. Pudemos ver como as outras pessoas estavam trabalhando e desenvolvendo diferentes carros para competir”, diz.
Ao final da competição, o “Spacetroopers” foi premiado com uma placa de participação e um troféu de reconhecimento, por ser a primeira equipe brasileira a participar do NASA Human Exploration Rover Challenge. Além disso, foram ganhadores da categoria “Pit Crew”, que avalia a dinâmica do grupo na manutenção do carrinho durante a prova.
Após a participação no evento, Rafaela explica que a vontade de se profissionalizar na área cresceu. “Antes da competição da NASA, nós já tivemos a chance de estar em outros concursos, como olimpíadas de robótica, astronomia e matemática. Os outros membros do grupo pretendem continuar estudando na área de engenharia e eu quero trabalhar com a construção de foguetes para enviar ao espaço”, diz.


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