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25.10.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Festa da Cultura envolve estudantes e comunidade escolar na EMEF Amorim Lima, em SP

O tema do evento foi Games e Tecnologia, e a festa ainda contou com a presença do criador da linguagem de programação Scratch

Professores e pais de estudantes na Feira Cultural Amorim Lima

O tema do evento foi Games e Tecnologia, e a festa ainda contou com a presença do criador da linguagem de programação Scratch
Dizem que são os convidados quem ditam o ritmo das festas. Nos eventos escolares, não é diferente. Basta participar de um na EMEF Amorim Lima, na Vila Gomes, zona oeste de São Paulo, para notar que há algo de inovador na participação dos estudantes e das famílias.
No sábado (7/10), a comunidade escolar se reuniu para a Festa da Cultura. Engana-se quem pensa que os pais chegaram apenas para assistir às apresentações. Na montagem do evento, eles se dividiram entre as funções, de acordo com a aptidão de cada um.
As mães Tânia Portela, 36 anos, e Fernanda Salles, 48 anos, são responsáveis pela horta da escola. Acompanhadas por um professor tutor, a gestora ambiental e agro-ecologista e a publicitária, respectivamente, desenvolvem projetos relacionados à alimentação e sustentabilidade.
Para elas, é importante que os pais participem das atividades da escola o ano inteiro, contribuindo com seus conhecimentos. “Algumas mães continuam colaborando até mesmo quando os filhos deixam a escola”, contou Fernanda.
Na Amorim Lima, que é uma das seis escolas contempladas pelo Inova Escola, programa da Fundação Telefônica Vivo, os alunos também são engajados em todas as escolhas de forma democrática. O tema da festa, por exemplo, foi escolhido em uma votação: Games e Tecnologia. A partir daí, os estudantes passaram a desenvolver seus projetos para o evento.

Francisco Arbex Rodrigues Cadaval, de 12 anos e estudante do 6º ano, adorou a escolha. Ele ama matemática, games e programação. Uma de suas atividades favoritas é o Scratch, uma linguagem de programação criada em 2007 pelo Media Lab do MIT (Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos).
Por não exigir o conhecimento prévio de outras linguagens de programação, o recurso possibilita que os estudantes desenvolvam jogos a partir dos temas de seus projetos.
Com classes multisseriadas, a escola trabalha a partir de roteiros temáticos interdisciplinares. “O legal é que você pode escolher a ordem que quiser”, disse Francisco.

Aplicação prática
Para a Festa da Cultura, Leonardo Cadaval, pai de Francisco, teve a ideia de criar a oficina de Scratch Humano. Com os olhos fechados, um participante interpreta o personagem do jogo, que é guiado a desviar de obstáculos por dois jogadores. Os obstáculos também são representados por pessoas. O objetivo é não esbarrar em ninguém.
“Queremos mostrar que a teoria dos jogos independe do computador. A lógica existe off-line. Um pega-pega, por exemplo, tem lógica. A brincadeira física pode ser uma alternativa para as crianças que têm mais dificuldade com tecnologia, pois é uma nova forma de apresentar o conteúdo”, disse Leonardo.

Mitchel Resnick
O ponto alto do evento foi a visita de Mitchel Resnick, criador do Scratch. Animadas, as crianças o convidaram a participar do Scratch Humano e fizeram questão de mostrar seus projetos ao americano. “Fiquei impressionado com as apresentações. O clima da escola é muito bom. Adorei ver o resultado do projeto na prática”, disse Resnick.
Lilian Regina da Silva Ianishi, professora e tutora de matemática, acredita que os games são importantes, porque os alunos conseguem ampliar seus conhecimentos relacionados aos temas que estudam.
“É divertido e se cria uma conexão com o roteiro de estudos. Conseguimos também adaptar com muita facilidade o conteúdo em casos de inclusão. Um aluno autista, por exemplo, já criou 186 jogos, a partir do currículo adaptado. É inclusão de verdade”, finalizou.

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