Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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11.09.2020
Tempo de leitura: 4 minutos

Formação de multiplicadores Pense Grande se reinventa com tecnologia e propósito

Com a pandemia, educadores encontram soluções digitais e colaborativas para trocarem experiências em formação que fortalece a cultura empreendedora.

Mulher está olhando para tela de computador enquanto segura livro para ilustrar formação que une empreendedorismo, tecnologia e propósito. Ela usa óculos e tem os cabelos na altura do ombro.

Em 2020, os processos de ensino-aprendizagem passaram por uma série de adaptações e desafios potencializados pela pandemia de coronavírus, que suspendeu as interações presenciais. Para educadores e estudantes, isso significa repensar maneiras de se relacionar e se desenvolver, ao mesmo tempo em que exige resiliência e a criação de estratégias que envolvam tecnologia e propósito para minimizar perdas no processo.

A formação de multiplicadores da metodologia Pense Grande não foge a esse contexto. Desde 2016, o programa educacional da Fundação Telefônica Vivo firmou parceria com o Centro Paula Souza no Estado de São Paulo para ampliar o alcance da metodologia que fortalece a cultura do empreendedorismo social entre os estudantes das Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), tendo a Impact Hub como parceira executora do projeto.

A formação tem como base os pilares do projeto – impacto na comunidade, atitude empreendedora e tecnologia – mas com a pandemia, precisou migrar para um modelo mais digital, abrindo possibilidades para o uso de recursos como vídeos, webinars, dentre outras ferramentas tecnológicas.

“Foi um momento de total transformação, pois foi necessária uma ampla adaptação que parecia, a princípio, inviável e impossível. Mas com o passar do tempo, se mostrou dinâmica e inclusiva”, conta o professor Adilson Haron Bondança.

Tecnologia e reflexões para o futuro

O fato de ter experiência como empresário fez com que o professor Adilson tivesse ainda mais vontade de se reinventar como multiplicador do Pense Grande. Atualmente, leciona a disciplina de Gestão & Negócios nos cursos modulares de Recursos Humanos, Logística e Administração na Etec Professor Carmine Biagio Tundisi, em Atibaia (SP).

“Empreendedorismo tem muito a ver com atitude e isso nós podemos aplicar a tudo o que fazemos, quer como proprietários de empresas, funcionários ou cidadãos de uma comunidade”, acrescenta. “O Pense Grande tem proporcionado uma ampliação da minha visão e uma grande inspiração para a mudança que veio para ficar. É um momento de superação!”.

Ele é um dos cerca de 120 educadores multiplicadores que desde junho estão se preparando para aplicar a metodologia do Pense Grande. Com o apoio da Escolas Conectadas, plataforma de formação continuada que integra o ProFuturo – projeto global da Fundação Telefônica Vivo e da Fundação “la Caixa”, foi possível integrar conteúdo, tecnologia e propósito.

Ampliando o propósito transformador

O processo passa pela elaboração de planos de aula, o desenvolvimento de habilidades digitais e trocas de experiências entre os educadores para que possam fazer uso das ferramentas apresentadas na metodologia do Pense Grande e, posteriormente, multiplicar o conhecimento adquirido com os estudantes.

Temas como impacto social positivo, cultura maker e o debate sobre o mundo VUCA são abordados para melhor preparar os educadores para o mundo protagonizado pelo jovem do século XXI. “O curso nos faz repensar em como alcançar os nossos estudantes de forma mais humana e empática, trazendo uma visão ampla sobre nós mesmos para que o processo seja transformador”, relata a professora Bárbara Alves Franco.

Ela dá aulas de Português e Inglês na Etec Angelo Cavalheiro, na cidade de Serrana (SP), e passou a ficar mais atenta às condições de vida de seus estudantes e a questões como desigualdades sociais e falta de infraestrutura, intensificadas pela pandemia.

Para o professor Paulo Pantaleão, que leciona a matéria Gestão de Pessoas na Etec Abdias do Nascimento, na região de Paraisópolis em São Paulo, a formação remota ganhou um novo significado, incentivando a persistência diante dos desafios.

“A meu ver, o curso vai além da sala de aula, da interação ou mesmo do certificado. É um incentivo para despertar o interesse e colocar em prática temas que passavam despercebidos à maioria dos educadores”, afirma. “Acredito que, como docente, estou sendo beneficiado com todas as informações e, principalmente, com o suporte oferecido nesse momento”.


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