Saltar para o menu de navegação
Saltar para o menu de acessibilidade
Saltar para os conteúdos
Saltar para o rodapé

Confira as constatações, tendências e prospecções do estudo Juventude Conectada, fomentado pela Fundação Telefônica Vivo.

Juventude Conectada: #OQueDizAPesquisa
Levando em conta que a pós-modernidade deixa crianças, jovens e adultos cada vez mais imersos nas tecnologias da informação, na “internet das coisas” e com uma projeção – de médio a longo prazo – de cidades mais inteligentes, a parte final da pesquisa Juventude Conectada busca elucidar o presente e fornecer bases para projetar como o jovem de hoje se inserirá nesse processo. A análise busca também esclarecer o entendimento comportamental e atitudinal dessa faixa etária na contemporaneidade.
Dentre os eixos temáticos – comportamento, educação, ativismo e empreendedorismo –, ativismo e empreendedorismo tiveram um foco maior tanto por serem novos em relação aos outros (e, por isso, menos abordados) quanto pela importância recente de ambos: mobilizações pela web definindo o rumo de países e empreendedorismo pelo seu papel importante na economia mundial.
Vale ressaltar que a metodologia utilizada permite o aprofundamento das análises e uma leitura mais densa da vida digital do jovem brasileiro além dos recortes regionais que contemplam também o binômio capital e interior, conseguindo mostrar a multiplicidade da influência sofrida pelos jovens.
Eixos
Empreendedorismo e a #juventude conectada
Empresas, universidades e até mesmo governos têm lidado com a dificuldade em transformar educação em riqueza e desenvolvimento social. Essa diversidade de desafios e áreas alavanca o empreendedorismo.
O jovem brasileiro acredita que a internet é importante no apoio à criação de empresas ou novos produtos – além de ser determinante no processo de agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo – e mostra-se entusiasmado frente ao potencial do recurso no desenvolvimento de projetos, no estímulo à inovação e no incremento da carreira profissional.
Segundo o relatório da organização Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2013, o Brasil é uma das nações mais realizadoras do mundo, tendo diminuído o empreendedorismo por necessidade e aumentado o fluxo dessa tendência por oportunidade.

Para se sobressair no ambiente de inovação, o jovem deve dominar algumas competências:
A confiança e entusiasmo no potencial do recurso é demonstrada ainda na afirmação de que a internet possibilita criar novos serviços e/ou projetos que não seriam possíveis de outra forma.
Recomenda-se que a ambição de buscar maneiras de se sobressair no mercado de trabalho seja inserido na educação formal do jovem, pelo menos a partir do ensino médio.

Ativismo e a #juventudeconectada
A adesão dos jovens às mobilizações sociais mostrou que a aparente apatia se dava pela rejeição às práticas e instituições constituídas. A saber: partidos, sindicatos e eleições. A construção de seu ser político e sua cidadania deu-se nas manifestações de rua.
Muitos dos que gritaram a plenos pulmões, em junho de 2013, o fizeram pela primeira vez e romperam o isolamento e as barreiras do cotidiano, fenômenos que já ocorreram em diversas partes do mundo.
Esse tipo de mobilização juvenil, mediada pela web, é de difícil interpretação. Ao mesmo tempo em que valores tradicionais emergiram, o grande desinteresse pelos rumos do país foi medido pela pesquisa, entre diversos temas ligados ao meio: política foi um dos menos apontados como interessantes e menos preferidos para a criação, postagem e compartilhamento de conteúdo.
A maioria dos jovens conectados foi às ruas (57%) e, se considerarmos somente as capitais, ainda teremos um número mais expressivo (61%), além de 35% dos jovens que utilizaram ferramentas da web 2.0 para promover e participar das mobilizações. Isso mostra o papel preponderante na organização das mobilizações sociais.
Educação e aprendizagem e a #juventudeconectadabrasil
As novas tecnologias digitais e inovações pedagógicas, decorrentes da crescente presença da tecnologia no aprendizado, transformarão a educação impactando professores, alunos e escola. Os professores passarão a ocupar cada vez mais um papel de tutor de seus alunos, orientando-os no aprendizado automotivado.
Nesse contexto, atualmente o que pode ser observado é que professores e alunos estão em um processo mútuo de construção, assim como as ferramentas pedagógicas. É possível imaginar que em breve mais Recursos Educacionais Abertos (REA) estarão presentes na aula.
Cursos à distância são de suma importância em um país tão grande quanto o Brasil e fazem parte dos projetos que devem ser incentivados pela escola para a formação dos estudantes. A inserção de disciplinas de programação no ensino fundamental, como feito por Finlândia, Coréia do Sul e Inglaterra vai facilitar a interação desses estudantes com a internet das coisas, mais presentes no futuro.
As faculdades de pedagogia brasileira também devem ser reformuladas para contemplar o ensino de novas tecnologias nas aulas e sua utilização como atividade em sala de aula. Infelizmente, em recente levantamento, essas disciplinas não foram encontradas nas grades de muitas universidades.
Comportamento e a #juventudeconectada
Duas características não descrevem a juventude conectada: homogeneidade e consenso. Fenômenos e mediações decorrentes de diversas formas de pertencimento social, cultural, econômico, de gênero, regionalidades e urbanidades impactam nas opiniões e vivências.
A juventude surpreendeu a todos os envolvidos na pesquisa: comportamentos e respostas inesperadas onde se esperava encontrar afirmações óbvias exigiram um grande esforço dos pesquisadores e serão desafios enfrentados por todos os estudiosos da área.
Apesar dos problemas decorrentes da excessiva utilização de redes sociais, os benefícios da internet superam (e muito!) os malefícios. Para lidar com as ambiguidades da vida virtual é necessária a intensa e construtiva mediação da escola, da família e de todas as demais instâncias de socialização das crianças e dos jovens, além da socialização e convivência com o diferente.
Perfis de Navegação da #juventudeconectada
O perfil de navegação dos jovens conectados brasileiros revela uma expressiva massa de exploradores iniciantes e intermediários, que usam a internet principalmente para atividades de comunicação e lazer, que vivem conectados de forma contínua. A web é, para eles, parte integrante e constituinte de suas vidas e de suas identidades:

O Celular
Revelou-se um instrumento que para além da facilidade de utilização de redes sociais, democratizou o acesso à internet em todo o país. Ainda que com barreiras econômicas e técnicas, não é possível negar a forte influência do aparelho como fonte preferencial de acesso em todo o país.
Recomenda-se que sejam implementadas mais políticas que incentivem o mobile, pois são instrumentos de integração social e de superação da exclusão digital, podendo impactar positivamente no empreendedorismo e no futuro de suas vidas e regiões.
Baixe a pesquisa Juventude Conectada completa e encontre a conclusão da Diretora Executiva do Instituto Paulo Montenegro, Ana Lúcia Lima, além das referências utilizadas e dos questionários aplicados.

Juventude Conectada: constatações, tendências e prospecções
Juventude Conectada: constatações, tendências e prospecções