Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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02.07.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Marca aposta em camisetas para gerar impacto social

A Moko trabalha as estampas em conjunto com instituições para gerar receita e propagar causas sociais

Na indústria da moda é comum falar sobre caimento, o tecido e a qualidade do produto final. No entanto a Moko, marca curitibana tem uma preocupação a mais: estampar histórias e causas em camisetas a fim de oferecer impacto social como principal diferencial.

A marca, lançada oficialmente em 2015, sempre objetivou atuar em múltiplas frentes e se organiza no atendimento de três pilares de desenvolvimento social: instituições, comunidades e pequenos negócios locais. O nome Moko inclusive reforça a diversidade, já que significa dois em tupi-guarani.

“As camisetas são simplesmente um meio. A chave é saber que quando compro esse produto, promovo uma causa”, diz o idealizador Fernando Kuwahara (33), que a partir de sua experiência com o marketing formal decidiu ressignificar o conceito em prol do desenvolvimento social.

Inicialmente, as coleções enfocavam a criatividade e a inclusão. Eram realizadas oficinas com as ONG’s e as crianças desenhavam as estampas, transformadas pelos designers em camisetas estilizadas. Cada peça vendida era revertida em doação para a instituição.

Ao longo do processo, porém, Fernando e o sócio responsável pelo jurídico, Eduardo Gonçalves (33), perceberam que era necessário avançar e, além de gerar impacto social, obter recurso financeiro de forma mais sustentável. “O maior desafio dessas organizações ainda é gerar receita financeira para não depender só de verba pública”, enfatiza Fernando.

Uma iniciativa sustentável

Seguindo nessa linha estratégica e com a experiência adquirida ao longo de três anos de existência, a Moko expandiu para o Projeto Dois, uma nova iniciativa com a missão de criar esse vínculo multiplicador de recursos.

A diferença para o modelo de negócios da coleção inicial é que os parceiros passaram a pagar por um pacote fechado, já considerando todos os custos. Neste modelo, há um aporte inicial investido por empresas privadas para garantir o processo produtivo. A remuneração dos designers, dos artistas parceiros, a qualidade do tecido, tudo é incluído no valor que será usado para lançar o primeiro lote da coleção. Com as vendas, o lucro é revertido para a ONG e a receita volta para produção de novos lotes.

O trabalho e o tipo de campanha desenvolvido entre marca, empresas e ONGs não segue uma regra geral, flui de maneira orgânica pela demanda de cada uma. “A gente se conecta com a ONG, entende qual é o trabalho que ela desenvolve e, a partir disso, afunila todos esses conceitos para chegar a um caminho criativo que consiga contar melhor essa história”, diz Kuwahara.

A coleção mais recente, Elas no Poder, é uma parceria da Renault com um programa de menores aprendizes, e defende o empoderamento feminino, mostrando através das camisetas que profissão de menina é a que ela quiser.

O desafio de comunicar a marca

 A expansão do que começou com apenas um projeto continua gerando ciclos positivos e já resulta em sete eixos paralelos. Hoje, a Moko passa por um processo de transição e busca uma nova estrutura para contar melhor as histórias e fortalecer as vendas e divulgação em meios digitais.

Recentemente foi inaugurado o Espaço Moko que além de escalar as vendas para o varejo, ajuda a fazer o público consumidor alcançar as histórias para além das estampas estilosas. A loja no Shopping Estação, em Curitiba, é colaborativa e abriga outras vinte marcas de pequeno porte. O contato físico para divulgar a marca é muito mais efetivo em termos de engajamento, segundo Fernando Kuwahara. O desafio agora é comunicar o impacto global proposto pela marca nas diferentes plataformas.


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