A internet chegou ao Brasil na década de 1990 por meio das universidades, e em pouco tempo seu uso comercial começou a se popularizar. Em menos de 30 anos, revolucionou diversas áreas do conhecimento humano em profundidade e extensão, trazendo diversos desafios desde então.
Alguns dos maiores destaques dessas mudanças são: a horizontalização de poder, já que os conectados são ao mesmo tempo produtores e consumidores de conteúdo; o imediatismo da comunicação; a transitoriedade das informações; a relativização das fronteiras geográficas e a inauguração da narrativa não-linear, ao contrário do que até então era prática comum, transformando também o modo de aprender e ensinar e o papel de professores e alunos.
A Pesquisa
Nesse contexto de transformação radical dos saberes se insere a Pesquisa Juventude Conectada, que busca conhecer melhor os hábitos de utilização da internet dos jovens frente a todas essas mudanças.
A pesquisa possui quatro eixos temáticos: educação, ativismo, comportamento e empreendedorismo. Para analisá-los, as vertentes estruturantes escolhidas foram: classe socioeconômica, gênero, faixa etária, ocupação, nível de escolaridade, infraestrutura regional, urbanidade e metropolização. E deu-se segundo as etapas: pesquisa quantitativa com entrevista com 1440 jovens de todo Brasil e a pesquisa qualitativa que foi desenvolvida entre os seguintes métodos: Focus Groups, E-meter, Mini-entrevistas online e Painel com especialistas, houve uma caracterização do perfil de navegação dos jovens pesquisados em três grupos: Exploradores Iniciantes, Exploradores Intermediários e Exploradores Avançados.
A apuração dos dados convergiu para que a pesquisa pudesse desvendar padrões e tendências no comportamento da juventude brasileira conectada. E os resultados interessam aos jovens, aos pais, às escolas e ao estado, em resumo a todos os responsáveis pela formação dos jovens auxiliando-os a enfrentar os desafios e serem protagonistas do seu futuro.
Resultados
Nos infográficos a seguir, você pode encontrar alguns dos principais achados.
A distribuição da internet no Brasil obedece a alguns fatores sociais. Enquanto 97% das casas de classe A tem computador, as classes D e E somadas tem computador em somente 6% dos lares. Sobre a forma de acesso outro achado, a maior parte das residências (32,8) usa internet Banda Larga via TV a Cabo e a menor forma de utilização da internet é linha discada (1,5%).
Poucas escolas brasileiras estão realmente conectadas à internet, a média do país é de 7%, sendo: 10% Sudeste e Nordeste, 2% Centro Oeste e 1% Sul, o Norte não atinge 1%.
Celular
O celular foi eleito pelos jovens como a melhor forma de se conectar a internet. Utilizados por todas as classes sociais, ainda que de forma diferente, o smartphone foi eleito como a forma mais fácil de acessar mapas e redes sociais em oposição aos computadores de mesa que são utilizados para fazer pesquisas longas, estudar, assistir séries e filmes.
Segundo a doutora Consuelo Yarto, quatro fatores predominam na construção da identidade dos jovens:
Para os jovens, estar conectado significa ter poder, não importa a classe socioeconômica, o gênero ou a região do país. Acompanhe a série que desvenda a pesquisa completa e saiba por quê.