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16.10.2018
Tempo de leitura: 4 minutos

Pesquisa traça características de jovens empreendedores brasileiros

Coragem, inovação e disposição para arriscar estão entre qualidades endossadas e pontos a serem desconstruídos em relação a jovens que desejam ter um negócio próprio

Quatro jovens sentando em volta de uma mesa olham para baixo enquanto mexem em tablets.

Especialistas apontam que a juventude é o melhor momento para empreender, principalmente por ser um período de menor responsabilidade e de disposição para arriscar. Mas será que os jovens têm a mesma perspectiva?

De acordo com a pesquisa Juventude Conectada – Edição Especial Empreendedorismo, realizada pela Fundação Telefônica Vivo em parceria com IBOPE Inteligência e Rede Conhecimento, 56% dos jovens se consideram empreendedores, embora a maioria discorde que haja pouco risco.

Os 400 entrevistados, entre 15 e 29 anos, também traçaram as principais características de jovens empreendedores. A lista de pré-requisitos inclui coragem, busca por inovação, aprendizado a partir de erros, além da capacidade de adaptação e de visão de futuro.

“O maior obstáculo para o jovem empreendedor é ser visto com descrédito. Dizer que nós empreendemos, pois não temos nada a perder não corresponde à nossa realidade. A diferença entre quem tem uma ideia e quem a coloca em prática é ter um grande poder de resiliência. Isso em qualquer idade”, argumenta Dariele dos Santos, vencedora do Social Good 2014 e fundadora da plataforma Alinha.

Nascida em Lençóis Paulista, cidade de 60 mil habitantes no interior de São Paulo, Dariele dos Santos estudou a vida toda em escola pública. Sem contato direto com empreendedorismo, a jovem contou com incentivo da família. Na faculdade de Relações Internacionais, conheceu o universo de imigrantes que trabalhavam em condições precárias. A partir daí moldou a Alinha, uma tecnologia social para monitorar as cadeias produtivas do setor têxtil e facilitar o encontro entre quem solicita a mão de obra e os costureiros que trabalham em oficinas regularizadas.

Para fazer acontecer, a empreendedora de 26 anos formou parcerias com colegas e inscreveu-se em programas de desenvolvimento sem deixar o contexto social a impedir de acreditar em um propósito. Quem quer empreender, não pode se apegar a uma ideia, mas sim a uma causa”, acrescenta Dariele.

Características Empreendedoras

Há muitos pontos de vista em comum entre os jovens ouvidos no estudo Juventude Conectada e Dariele dos Santos, que aponta resiliência, criatividade, perspectiva de futuro e iniciativa de aprender com os erros como algumas das principais características dos jovens empreendedores. Mas é a coragem de superar desafios, apontada por 74% dos entrevistados, o que realmente faz diferença.

“Empreender no Brasil é complicado, principalmente quando exploramos inovações tecnológicas na área da saúde. Mas estar ligado a ambientes inspiradores, correr atrás das oportunidades e ser orientado pelas pessoas certas são diferenciais que nos permitem alcançar nossos objetivos”, enumera Vitor Hazin,25 anos.

O jovem é um dos sócios da startup Neurobot, que desenvolve um equipamento para estimular a reabilitação neurológica e recuperar movimentos de quem sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em 2015, durante um intercâmbio para a Inglaterra, Vitor Hazin, nascido em Recife, tomou conhecimento da tecnologia de Interface Cérebro Máquina, que permite o controle de mecanismos através da atividade cerebral. Pensando na realidade brasileira, o jovem decidiu utilizar o conhecimento para trabalhar na recuperação de pacientes de AVC, por meio da estimulação dos neurônios para reaver o movimento perdido.

Referências

Outro aspecto decisivo elencado pelo estudo Juventude Conectada – edição empreendedorismo para impulsionar o espírito empreendedor entre os jovens são as referências. Ter inspirações na família, na escola, nos colegas e nos mentores é essencial para abrir portas e novas possibilidades de enxergar o mundo. Programas de aceleração e de desenvolvimento também se apresentam como boas oportunidades para o perfil empreendedor.

“Ganhamos mais tempo quando contamos com metodologias que nos provocam a trabalhar com raciocínio ágil. Buscar parcerias, programas que dêem aporte para testar a sua ideia e, se possível, um mentor para nortear seu projeto pode representar a troca necessária para empreender”, aconselha Dari Santos.

Quer saber mais dicas? Fique atento à série Pense Grande.doc, uma parceria entre a Fundação Telefônica Vivo e o Canal Futura, que exibe cases de jovens empreendedores todas as quintas, às 22h15.


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