Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

Notícias

22.10.2020
Tempo de leitura: 2 minutos

PROFESSORA DO EJA CRIA PROJETO DE ROBÓTICA COM SUCATA

Viviane Calaça ensina estudantes do Sistema de Ensino de Jovens e Adultos a trabalharem com tecnologia em sala de aula a partir de materiais reciclados

A educadora Viviane Sabino Calaça, 33 anos, ensina robótica com sucata e é mais um exemplo de que não há limitações para a criatividade e o pensamento computacional.

Com mais de 10 anos de experiência na rede municipal de São Paulo, ela iniciou em 2019 o projeto “EJA trabalhando cultura maker e robótica com sucata”, com estudantes do sistema de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no CEU EMEF Manoel Vieira de Queiroz Filho, localizado no Jardim Novo Parelheiros, extremo sul de São Paulo.  Lá, ela é professora-orientadora de informática.

A ideia surgiu quando Viviane percebeu que muitos de seus educandos trabalhavam com coleta de recicláveis, ou em seus bairros não havia coleta seletiva, e viu nisso uma oportunidade de mostrar que é possível, sim, construir equipamentos e desenvolver tecnologia usando apenas materiais reaproveitados.

“A princípio, trabalhei o conceito de cultura maker. Eles [os alunos] ficaram inseguros, mas na medida em que iam finalizando o trabalho, todos ficavam imensamente satisfeitos”, comenta.

Quatro alunos de Viviane já foram convidados para expor seus trabalhos na feira de tecnologias organizada pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Segundo a educadora, o retorno é diretamente ligado ao processo de aprendizagem dos estudantes, que ocupam o lugar de protagonistas nas atividades.

Em setembro de 2020, Viviane ficou em terceiro lugar em uma das categorias do Prêmio Paulo Freire, concedido pela Prefeitura, que agracia projetos que representem iniciativa de aprimoramento da qualidade de ensino na escola pública, desenvolvidos por educadores nas unidades municipais.

“Sinto-me feliz, pois o projeto ganhou visibilidade e reconhecimento. Sinto que o empenho e compromisso dos alunos foi valorizado e fico muito satisfeita por isso”, diz a professora.

Segundo ela, o pensamento computacional permite estimular a aprendizagem criativa, algo desafiador para os alunos do EJA, que muitas vezes estão extremamente ligados a uma educação baseada na transmissão de conteúdo.

“Através da cultura maker é possível criar estratégias para resolução de problemas e ter um contato maior com as tecnologias”, complementa.

Além disso, para Viviane, é importante que as pessoas tenham consciência do que ocorre com o lixo que descartamos e aprendam a reciclar e reutilizar materiais.

“O ambiente em que vivemos sofre transformações positivas sempre que temos atitudes mais sustentáveis, e os educandos tiveram essa percepção ao desenvolver o nosso projeto” finaliza.


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