A palavra voluntário deriva do latim voluntarius e significa da própria vontade. Detalhando ainda mais a etimologia do vocábulo, se encontram os verbetes voluntas e velle, que expressam uma vontade e um querer profundos. E o que é então o voluntário, senão aquele indivíduo que se doa livremente para o outro, não esperando retorno algum, além da satisfação do próprio ato solidário?
Foi acreditando no poder da ação solidária que há 10 anos a Fundação Telefônica Vivo criou o Programa do Voluntariado, que atualmente mobiliza os colaboradores do Grupo Telefônica em todo o Brasil. O Programa está presente em 32 países e é composto por uma série de iniciativas globais. No Brasil, a atuação é muito forte; o país é o segundo maior em número de participantes e beneficia cerca de 25 mil pessoas anualmente.
“Ao longo desses dez anos, transformamos a vida de milhares de indivíduos. Não somente a dos beneficiados, mas também a dos próprios colaboradores. Eles passaram a ter outro olhar sobre a comunidade e mudaram muito a relação com seus pares e colegas de trabalho. Um bom indicador do sucesso do Programa é o sentimento de orgulho que eles têm em pertencer a um projeto de frutos reais”, conta Luis Fernando Guggenberger, gerente de inovação e voluntariado da empresa Fundação.
Além de ações presenciais como o Dia dos Voluntários, Vacaciones Solidárias, projeto ContribuIR e ações locais realizadas pelos comitês, o Programa também percebeu a necessidade de incentivar o exercício da cidadania através do meio digital, criando assim o Game do Bem. A plataforma convida o jogador a realizar missões socioambientais.
O voluntário Alexandre Cerqueira sempre participou de ações sociais e foi convidado a ser embaixador do comitê do Espírito Santo. Os embaixadores são responsáveis pela gestão dos líderes de comitê de cada estado, servindo como interlocutor entre os projetos que são criados e a Fundação Telefônica Vivo. “O aprendizado foi na prática, na execução dos projetos, rompendo barreiras, correndo atrás do que parecia ser impossível”, ele conta.
De todas as gratificantes experiências pelas quais passou durante os três anos em que está à frente do comitê, Alexandre se lembra de um Dia do Voluntário em especial: “Vi alguns funcionários que trabalhavam no turno da noite saindo da ONG e, no término do dia, estes mesmos voltaram. Ao entrar na casa, eles ficaram boquiabertos com a mudança da condição, com a organização, decoração e novos brinquedos. Pude ouvir um funcionário dizendo ao outro que não acreditava que a casa poderia estar tão bonita e arrumada. São estes momentos que nos dão energia para continuar o trabalho voluntário, sempre melhorando e incentivando outros nesta carreira”.
É a confluência de espíritos dispostos a se doar e a conhecer o outro que faz com que o Programa do Voluntariado tenha atingindo a expressiva marca de uma década de realização. Cada voluntário é um elo precioso e essencial para o funcionamento da ação, desde o líder que delega funções até o colaborador que cria uma horta em uma escola pública.
“O nosso grande desafio é mudar permanentemente o conceito de voluntariado, associando-o cada vez mais a cidadania. E quando falo de cidadania, quero dizer que as pessoas precisam entender seu papel transformador na sociedade. Em geral, elas pensam que ser voluntário é pintar parede, contar histórias para crianças ou doar sangue. Mas não, é agir no seu círculo, como convocar uma reunião no seu condomínio para reduzir o consumo de água. É ele perceber a capacidade que tem de mudar o seu próprio entorno”, conclui Luis.