Quantas coisas podem ser transformadas quando o pensamento computacional ganha espaço em uma escola?
Nós, do Programaê!, adoramos dividir histórias que inspiram e mostram para todo mundo como é possível levar a tecnologia para dentro da Educação. E é por isso que, hoje, vamos contar a história da Cristiana Mattos Assumpção, de 54 anos – que como educadora entende a importância da programação para o futuro.
“Temos visto nas pesquisas e nos congressos dos quais participamos que, hoje, a programação é considerada uma alfabetização necessária para preparar os nossos alunos para este mundo tecnológico.”
Ela conta que começou a ter contato com a rede de mobilização do projeto quando trabalhava como coordenadora no Colégio Bandeirantes, tradicional em São Paulo, instituição que teve o currículo STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts&Design, Math) selecionado para discutir o movimento Maker nas escolas junto conosco graças a iniciativa Makers Educa.
De lá para cá, o nosso relacionamento ficou mais próximo, mas repleto de desafios para levar a lógica computacional para os estudantes. “O desafio foi descobrir um formato significativo que não colocasse a programação como um fim em si, mas como um meio para resolver alguma demanda ou problema. Trabalhamos em parceria com professores de várias matérias para conseguir implementar um projeto sólido que não tomasse muito tempo de cada um, assim todos poderiam participar sem onerar os outros conteúdos”, contou Cristiana.
Ela nos explicou também que capacitar os professores foi mais um dos desafios encontrados na hora de colocar a programação da porta para dentro.
“Não faz parte do repertório deles, que tiveram que fazer aulas básicas de Scratch para conseguirem participar do projeto. Além disso, alguém da equipe de tecnologia sempre estava junto para ajudar na hora da aula.”
Apesar dos percalços, é como a gente sempre diz: incluir a lógica da programação no currículo escolar vale muito a pena e melhora habilidades dos estudantes como a concentração, o trabalho em equipe e a capacidade de resolução de problemas.
“Uma estratégia interessante que usamos foi a de promover oficinas conduzidas e organizadas pelos próprios alunos. À medida que eles viram que muitos grupos queriam usar programação, um grupo mais adiantado ajudou os professores a atenderem estes colegas. Não só fizeram a oficina como depois foram mentores dos grupos ao longo do projeto. Foi uma estratégia bastante empoderadora e aliviou os professores que não tinham intimidade com programação. Este tipo de parceria é um ótimo caminho para inserir programação no currículo.”
Para quem ainda não começou a trabalhar os códigos na escola, a educadora dá uma dica final: “O material disponível ajuda a complementar atividades feitas em sala de aula, e dá espaço para quem tem interesse em saber mais ter onde explorar com mais profundidade e de acordo com o seu gosto. Os planos de aula também dão um norte para o professor que está começando”.
Dá ou não dá vontade de começar a mergulhar na programação?
Se você é professor e quer fazer como a Cristiana, é fácil. Acesse a nossa página exclusiva para educadores e confira como podemos te ajudar com nossos planos de aula: www.programae.org.br/professor