Crédito: Divulgação
Por Cecília Garcia, do Promenino, com Cidade Escola Aprendiz
Ser empreendedor é muito mais do que o dicionário define como “organizar novas metodologias que dinamizem serviços ou iniciativas”. Para jovens de Cabrália, na Bahia, o empreendedorismo social tem a ver com o resgate sua cultura tradicional, a fim de compartilhá-la com o mundo. Já para os empreendedores de Santarém (PA), é uma chance de preservar o entorno e, assim, prosperar. E para todos os participantes da Plataforma de Desenvolvimento de Empreendedores (PDE), projeto da Fundação Telefônica Vivo em parceria com a Aliança Empreendedora, empreender é vislumbrar um futuro inovador.
O PDE, que inicia as atividades de 2016 com a plataforma de “Apoio aos Empreendimentos”, é um projeto de incubação que visa capacitar e empoderar jovens das comunidades de todo o Brasil a se lançarem no universo do empreendedorismo. Para tanto, é oferecido um projeto de formação, que passa desde mentorias online até encontros presenciais de imersões, como também apoio financeiro – um investimento semente – para tirar a ideia do papel. O projeto também se insere no universo do empreendedorismo social, buscando aprofundar a discussão sobre o tema.
As inscrições deste ano se estendem a jovens que tenham entre 15 e 29 anos e ganhem até um salário mínimo. Até 28 de fevereiro, empreendedores das regiões de Cabrália (BA), Santarém (PA), Vale do Jequitinhonha (MG), São Paulo e, pela primeira vez, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife, podem inscrever seus projetos online. Serão, ao todo, 15 iniciativas selecionadas.
Tanto jovens que já participaram da formação anteriormente (mas que ainda não tinha refinado seus negócios) como novos empreendedores poderão fazer parte do programa neste ano. Confira os detalhes no site: www.fundacaotelefonica.org.br/incubacaodeprojetos.
Marina Egg, coordenadora de projetos da Aliança Empreendedora, conta que será um processo de seleção diferente do ano interior: “Os participantes da edição passada foram incentivados levar uma solução para a comunidade deles, para algo que vivem diariamente, mas não necessariamente viam nisso uma oportunidade. O processo de 2016 será mais aberto, para termos uma ideia do que realmente leva os participantes a querer empreender”, explica.
Marina define o perfil que procuram: “Queremos uma pessoa que realmente queira empreender, com uma ideia ligeiramente formada, e que queira fazer acontecer e se desenvolver para alcançar seus objetivos”.
Luis Guggenberger, gerente de projetos sociais da Fundação Telefônica Vivo, ressalta a importância do programa que atua em uma área ainda pouco explorada. “Há três anos, apoiando e formando o jovem da periferia, incidimos numa área ausente de incubadoras que acelerem negócios de impacto social. Com a chamada de 2016, apoiamos uma inovação aberta, que nos permita aperfeiçoar o nosso programa de formação e olhar para áreas ainda não cobertas.”