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17.03.2016
Tempo de leitura: 4 minutos

Projeto Escolas Rurais Conectadas é apresentado em conferência da UNESCO em Paris

Reuniu gestores públicos, pesquisadores e educadores em uma experiência de imersão, entendendo as tecnologias móveis como ferramentas poderosas para reverter quadros educacionais preocupantes.

Na foto, Mila Gonçalves, gerente de projetos sociais, apresenta o Projeto Escolas Rurais Conectadas

O evento Mobile Learning Week reuniu experiências inovadoras em educação apoiadas pela tecnologia.

A Fundação Telefônica Vivo marcou presença no evento Mobile Learning Week, que aconteceu em Paris (França) de 7 a 11 de março de 2016. A conferência global, organizada pela UNESCO, reuniu gestores públicos, pesquisadores e educadores em uma experiência de imersão, entendendo as tecnologias móveis como ferramentas poderosas para reverter quadros educacionais preocupantes e inovar práticas de aprendizagem. Seminários, workshops e webinars compartilhavam experiências de educação integral de diferentes partes do mundo, inclusive o Brasil.

Segundo dados estimados pela UNESCO, cinco entre aproximadamente 650 milhões de estudantes do ensino primário não são capazes de ler sentenças básicas ou resolver problemas simples de matemática. O grave cenário tem feito com que a agenda global volte seus olhos para a inovação na educação; uma educação de qualidade está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos para os próximos anos.

É crença da UNESCO que as tecnologias da informação e da comunicação, as TIC, por seu baixo custo, onipresença e grande alcance possam auxiliar na criação de uma educação democrática e integral.

Mila Gonçalves, gerente de projetos sociais da Fundação Telefônica Vivo, esteve presente apresentando o projeto Escolas Rurais Conectadas. Sob sua perspectiva, os encontros da Mobile Learning Week se focaram em mostrar os resultados atingidos por práticas inovadoras, utilizando cases para inspirar educadores e políticas públicas. “Ouvimos falas trazendo oportunidades e soluções, mostrando como levar educação para áreas e pessoas antes não alcançadas”, Mila detalha. O tom da conferência foi bastante otimista e de compartilhamento de experiências bem-sucedidas.

A gerente de projetos afirma que, nesse cenário de experiências concretas, a proposta Escolas Rurais Conectadas esteve bem alinhada com outras iniciativas apresentadas. O projeto da Fundação leva conectividade a escolas do campo, respeitando suas peculiaridades – como as classes multisseriadas – apostando na tecnologia móvel de tablets e notebooks para transformar as experiências de aprendizado. “O caso de Escolas Rurais Conectadas mostra a tecnologia chegando a áreas remotas, qualificando professores isolados e melhorando a educação das crianças”, complementa.

Na foto, um dos materiais distribuídos aos palestrantes e convidados da Conferência

A conferência abordou um aspecto pouco falado em eventos que envolvem ferramentas digitais e TICs. Renata Mandelbaum, consultora da área de Educação e Aprendizagem da Fundação, destaca o fato de o encontro ter aberto o diálogo sobre a qualificação e avaliação de projetos inovadores online, como a formação de professores. Ela cita o trabalho desenvolvido pela Universidade Tecnológica de Monterrey, no México, onde a doutora Lorena Aleman apresentou um estudo de doutorado para qualificar as interações de curso online. “Essa preocupação com a monitoria e com planejamento é muito importante para as estratégias do Escolas Rurais Conectadas”, diz Renata.

Outra iniciativa muito enriquecedora é o projeto piloto Learning for The Future, realizado pela própria UNESCO. Mila acredita na aproximação brasileira com a proposta, que reúne uma rede de 42 escolas associadas que desenvolvem seus processos de aprendizagem baseadas em competências tecnológicas, inovação e criatividade, contando sempre com participação horizontal entre alunos e educadores. Com a intenção de se expandir para a América Latina, a gerente acredita que a Fundação possa se unir ao projeto com base em sua experiência no projeto Escolas que Inovam, para trazer essa iniciativa até o Brasil.

As políticas públicas também permearam todas as mesas do evento, culminando no último dia, em que ministros e secretários de educação da África, Ásia e América Latina se reuniram para contar como são suas políticas de acesso à tecnologia e educação. “O que fica de comum nessas conversas é que todos os países têm a preocupação de que a tecnologia realmente os alcance e de fato trabalhe a seu favor”, conta Renata. Além da Fundação Telefônica Brasil, a matriz espanhola da Fundação também esteve presente na conferência.

Na abertura UNESCO Mobile Learning Week, o diretor David Atchoarena citou o educador brasileiro Paulo Freire como inspiração por seu trabalho na pedagogia da alternância. Que um evento sobre inovação na educação recorra às ideias vanguardistas do patrono da educação brasileira mostra que a construção verdadeiramente integral só é possível por meio de uma união entre todos os setores: o educador, o aluno, as políticas públicas e as ferramentas digitais precisam estar integrados e trabalhar juntos para que as mudanças realmente aconteçam.


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