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14.06.2017
Tempo de leitura: 3 minutos

Projeto Movanos leva teatro e debates para escolas do Rio de Janeiro

A partir do contato artístico, o projeto Movanos busca despertar o interesse dos jovens por temas sociais

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A partir do contato artístico, iniciativa busca despertar o interesse dos jovens por temas sociais
Imagine discutir questões como racismo, machismo e homofobia de forma dinâmica dentro das escolas. Pois é isso que o Projeto Movanos  – Movimento Nosso faz. O projeto, idealizado pelos cariocas Hudson Batista, de 25 anos, e Lu Fortunato, de 36, nasceu em 2015 nos formatos de roda de conversa e trabalhos teatrais com comunidades.
“Nós nos reuníamos para debater esses temas. Falávamos sobre diversos tipos de preconceito, focando principalmente na questão racial”, conta Hudson. Logo, os amigos perceberam a relevância de se pensar em algo maior para o futuro da iniciativa.
No ano de 2016, momento em que os integrantes também passaram pelo Pense Grande – programa de apoio a jovens empreendedores da Fundação Telefônica Vivo –, o projeto Movanos começou a ganhar uma nova forma e a ideia passou a ter outro objetivo: levar conscientização para dentro da sala de aula, por meio de peças teatrais incentivando o contato dos alunos com a arte. Hoje, eles atuam com estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas da zona oeste do Rio.
“Trabalhamos com uma metodologia chamada Jornada teatro-corpo. São 90 horas de aulas que acontecem no contra turno escolar e, durante o processo, os alunos têm contato com jogos, discussões importantes e técnicas de atuação, respiração e meditação. Ao final do curso, nós produzimos uma peça com a participação de todos”, explica Lu Fortunato.
Quando comenta sobre a recepção por parte dos alunos e professores, Hudson elogia a participação da gestão escolar na divulgação do projeto. “São os próprios diretores que indicam nosso trabalho e isso nos fortalece. Os alunos também participam e se divertem bastante. Sinto que as atividades chamam a atenção deles e ajudam no desenvolvimento da autonomia. Nos espetáculos finais, por exemplo, nós fazemos um rodízio das funções. O jovem que não está no palco fica responsável por cuidar da iluminação, figurino e assim por diante.”
Para manter o projeto, Lu conta ainda que o Movanos cobra um valor das escolas privadas para poder atender gratuitamente nas escolas públicas, como forma de incentivar o ensino artístico.  “70% dos estudantes que trabalhamos se declaram afrodescendentes e as meninas são maioria. Meninas negras que não se imaginavam naquele espaço, e descobrem que podem aprender mais sobre a questão racial e movimentos artísticos, por exemplo.”

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Quando relembram da passagem pelo Pense Grande em 2016, Lu Fortunado e Hudson Batista ressaltam a importância do espaço que estiveram.  “Percebi que adquirimos muito conhecimento com técnicas de empreendedorismo. Entendemos como é possível buscar financiamentos, apoiadores e recursos para o projeto”, conta Lu.
Cheios de ânimo e de planos para o futuro, os empreendedores esperam, em breve, expandir o Movanos para escolas de outras regiões do Rio de Janeiro e, quem sabe, para outros estados do Brasil. “Atualmente temos um instrutor e um assistente atuando com os estudantes nos encontros. Em 2018 queremos aumentar a equipe”, completa Hudson.


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