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Conheça iniciativas de formação continuada e ferramentas para auxiliar educadores a se prepararem para a alfabetização e o engajamento dos estudantes

#Educadores#Trilhas #Educação

“A leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Era sob essa perspectiva que Paulo Freire, um dos grandes pensadores da educação, entendia o processo de alfabetização. Para ele, ensinar é colocar os estudantes no centro do processo de aprendizagem, levando em consideração a realidade da qual fazem parte.

Tanto as crianças que chegaram agora às séries iniciais quanto os cerca de 11 milhões de brasileiros que nunca aprenderam a ler e a escrever, compartilham um mesmo contexto: a pandemia. Com as escolas e centros educacionais fechados por quase dois anos, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes estão sem acesso à educação.

“Mais do que recuperar o que não foi aprendido, o foco deve estar em mobilizar os estudantes a construírem vínculos com o processo de aprendizagem. A compreensão da língua é uma atividade mental, por isso é importante existir condições de interesse e necessidade que ativem essas habilidades cognitivas”, aponta Silvia Kist, coordenadora de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A especialista foi uma das participantes da live Alfabetização pós-pandemia: recuperando aprendizagens e sonhos, que faz parte da série Conversas que Aproximam, promovida pela Fundação Telefônica Vivo. Reconhecendo a alfabetização e, sobretudo, o letramento como processos que dependem de interações sociais, o encontro pontuou o engajamento dos estudantes e a formação continuada dos educadores como prioridades para a retomada das aulas presenciais no pós-pandemia.

Leia mais: Alfabetização na pandemia: de que forma é possível garantir esse direito?

Relembrando Paulo Freire

Além de ser considerado um dos maiores pensadores da história da pedagogia, Paulo Freire representa um marco na política de alfabetização brasileira. O método criado pelo educador, focado, sobretudo, na leitura e na escrita de jovens e adultos, trouxe uma nova perspectiva global sobre o papel de uma educação dialógica e voltada para a cidadania.

Relembrar Paulo Freire – que completaria 100 anos em setembro de 2021, se estivesse vivo –  é também uma forma de resgatar uma ideia de futuro baseado na construção coletiva e significativa da aprendizagem.

Formação continuada 

Além de universalizar a alfabetização das crianças brasileiras, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu metas com o intuito de aumentar para 50% o percentual de profissionais da Educação Básica com formação continuada. Um dos recursos digitais disponíveis para auxiliar os educadores alfabetizadores nesse sentido é o Portal Trilhas.

A iniciativa promovida pela Fundação Telefônica Vivo e pelo Instituto Natura, com apoio do Instituto Península, oferece formações on-line e gratuitas voltadas para professores e estudantes de Pedagogia. Os conteúdos são alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), certificados pelo MEC (Ministério da Educação) e adaptados ao contexto de Ensino Remoto.

Três cursos estão disponíveis, mas a plataforma reúne uma série de conteúdos que ampliam as possibilidades para os educadores. Mais de 80 indicações literárias, vídeos e tutoriais com especialistas podem ser consultados a qualquer momento, bem como os livros digitais que acompanham as formações.

Há também espaços para diálogo e troca entre os usuários, que podem gravar vídeos para compartilhar experiências e práticas implementadas a partir dos conhecimentos adquiridos no portal. Dessa forma, os educadores podem identificar as dificuldades de aprendizagem dos estudantes e adaptar atividades às diferentes realidades da turma.

Alfabetizando na diversidade

A pandemia chamou atenção para a diversidade de realidades às quais escolas, famílias e estudantes estão submetidos diariamente. Nunca foi tão importante encontrar alternativas personalizadas de ensino. Foi pensando nesse cenário que os cursos da plataforma Escolas Conectadas foram atualizados para amparar práticas pedagógicas a distância.

Três dos 11 títulos adaptados estão relacionados a temas que envolvem a alfabetização e vão ajudar o educador no pós-pandemia. Os educadores inscritos nos cursos podem contar com recursos digitais acessíveis — desenhados para funcionar em celulares — que permitem uma aprendizagem a partir da autoria e apropriação dos sistemas de escrita, além de tutoriais em vídeos e orientações de especialistas.

A primeira aplicação funciona através de um avatar que reproduz os textos digitados pelas crianças, independentemente da correção da grafia e da pontuação. Já a segunda faz o caminho inverso: transforma em texto escrito o que é ditado pelos estudantes e educadores.

“As tecnologias digitais aplicadas de maneira acessível permitem que os estudantes brinquem com a linguagem e trabalhem a autoria. Ao mesmo tempo, cria condições para que os educadores façam intervenções e acompanhem a apropriação do sistema de escrita”, comenta Patrícia Schafer, supervisora pedagógica do projeto Escolas Conectadas, que também participou da live sobre alfabetização.

Quais são as prioridades para a alfabetização pós-pandemia?
Quais são as prioridades para a alfabetização pós-pandemia?