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Explorar, questionar, refletir sobre o que é realidade ou faz de conta. Todo educador que se preocupa em conhecer novas práticas pedagógicas, entende a importância de trazer jogos e brincadeiras para a sala de aula. Agora, o que poucos sabem é que essas ferramentas também podem ser utilizadas no ensino de conceitos básicos da linguagem de programação para crianças da Educação Infantil. A dúvida é quando e como ensinar as linguagens de programação.

A partir dos quatro anos de idade, os pequenos começam a se desenvolver psicológica e socialmente – processo que pode e deve ser enriquecido por atividades que estimulem descobertas e incentivem a criatividade individual, a construção da autonomia em pensamentos e ações. Tudo isso – quando aplicado em disciplinas escolares do dia a dia – podem proporcionar experiências inesquecíveis para os alunos.

Usar uma “amarelinha”, desenhada no chão com giz, e pedir que eles escrevam comandos para que possam jogá-lo é uma forma de utilizar a programação com custo zero, de maneira fácil e motivadora. Além dessa, existem ainda outras possibilidades para introduzir o assunto aos estudantes, como apresentamos em nosso ebook “Atividades Desplugadas”. Geralmente, em pouco tempo, os alunos captam a lógica e a produtividade aumenta. O desafio então é, a partir do momento em que todos começam a ter mais familiaridade com o tema, criando novas formas de evoluir.

Boa parte dos professores que opta por aplicar programação em sua matéria, o faz por saber que isso pode estimular o pensamento, desenvolvimento e aflorar as habilidades. Por isso, muitos começam usando materiais e plataformas on-line para entender o fundamental e se saem muito bem durante o processo. Tão bem que depois que as crianças e adolescentes já o dominam, fica difícil saber qual será o próximo passo.

A intenção de inserir a lógica de programação na escola não é que os alunos saiam formados ou experts em programação, mas que tenham conhecimento básico. Sabendo disso, o educador não precisa abandonar o projeto  e parar com as atividades. É o momento de inserir novos exercícios e até de engajar outros professores, criando algo maior.

Quando isso acontece é um bom momento para que os estudantes passem a conhecer a linguagem Python ou Javascript. As duas são básicas e fáceis. A vantagem da segunda é que é aplicável na maioria dos computadores e funciona em programas simples, como o notepad. Além disso, o docente que já conheça plataformas como o Scratch e tenha usado as trilhas disponíveis do Programaê! consegue aprender o código utilizando ferramentas digitais e gratuitas, como a Code Academy, e repassar às suas turmas.

O primeiro passo é explicar como o que eles já sabem podem ser aplicados em Python ou Javascript. Com a ajuda de um browser, como o Chrome, habilitado com as funções de desenvolvedor, o aluno, mesmo que iniciante, consegue digitar os comandos que aprendeu e ver como ficariam na tela do computador. Daí em diante, podem ser desenvolvidos em sala de aula sites, blogs e até mesmo aplicativos que ajudem no desenvolvimento e aprendizagem da matéria em que o conceito está sendo utilizado.

“Este é um tipo de aprendizagem que o aluno levará para a vida e até poderá utilizá-la para encontrar soluções em problemas de outras disciplinas. Com tempo e mais familiarizado, os estudantes incorporam a linguagem de programação em sua rotina escolar”, explica o consultor do Programaê!, Isidro Massetto.

“Outra dica para quem já chegou nessa fase é estimular a garotada para participar da Olimpíada Brasileira de Informática. No site da prova existem vários materiais disponíveis e também cursos online que podem complementar o ensino em sala de aula. É uma maneira saudável de estimular a competição”, conclui.

Se o educador ainda não se sente pronto para ensinar estas linguagens, ainda assim é possível elaborar projetos de games, no qual os alunos criam suas próprias regras e as programam com elementos básicos; animação, o próprio Scratch permite a criação de vídeos animados; e também de robótica, contando com o apoio de ONGs e instituições que oferecem materiais e workshops de um dia para escolas que queiram aprofundar-se no tema.

Neste texto, os momentos que apontam para quando os alunos estão prontos para aprender mais das linguagens de programação

QUANDO AS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO DEVEM SER EXPLICADAS PARA ALUNOS?
QUANDO AS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO DEVEM SER EXPLICADAS PARA ALUNOS?