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Com programa de fidelidade, a So+ma ajuda a transformar a realidade das comunidades de baixa renda

Ponto de reciclagem do Grajaú

E se houvesse uma maneira de transformar a economia de regiões periféricas das cidades gerando novos hábitos, mais oportunidades e mobilidade social? É em busca dessa resposta que a So+ma, uma startup que trabalha estratégias em prol de mudanças significativas nos hábitos dos cidadãos, nasceu.

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Fundada em meados de 2014, e oficialmente ativa em 2015, quando passou a operar no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, a So+ma surgiu da experiência trazida pela idealizadora Claudia Pires, cientista política e publicitária por formação, com uma carreira bem sucedida no mundo corporativo até então. Em busca de um novo propósito para a vida profissional, Claudia aplicou os estudos que somou ao longo da vida, sistematizando uma maneira de gerar mudanças por meio da economia criativa.

Assim, a startup funciona como um programa de fidelidade, totalmente gratuito, que troca resíduos recicláveis que iam para o lixo por pontos. Esses pontos, por sua vez, valem desde cursos de capacitação até alimentação e serviços gerais.

Na prática, é assim: quem se cadastra na plataforma online, leva seu lixo para um posto de troca chamado Casa So+ma. Hoje existem duas, nos bairros do Capão Redondo e Grajaú (veja os endereços abaixo). Todo material recebido é encaminhado para reciclagem através de cooperativas de catadores, que são capacitadas a gerenciar a casa de maneira sustentável e que gere lucro.

 

Infográfico mostra ciclo da reciclagem

 

 

Tudo isso resulta, aproximadamente, em uma economia de R$ 260 reais por mês para as famílias atendidas. “Não nos baseamos no poder de compra, e sim no poder de comportamento das pessoas, e na capacidade de ter, através dele, novas escolhas”, diz Claudia.  “De um lado criar novos hábitos, e do outro ampliar essas oportunidades. A gente realmente gosta de somar coisas!”, diz.

Somando aprendizados
A ideia é que, uma vez qualificados, os cidadãos possam aplicar os conhecimentos adquiridos para trabalhar na própria comunidade, gerando assim um ecossistema de investimento eficaz.

Para garantir e acompanhar as famílias atendidas nesse caminho, os agentes das cooperativas parceiras atuam muito próximos aos usuários. “Estamos nas escolas, nas igrejas, nos comércios locais, lugares que ajudem a divulgar o projeto e também convide as pessoas a participarem”, explica Claudia.

Natacha Silva é uma das responsáveis por essa mobilização. Ela é recolhe os resíduos na Casa So+ma, pesa e lança as informações no sistema para gerar os relatórios mensais. Mas, para Natacha, o retorno para a comunidade e o contato com os participantes são os principais efeitos. “Sinto um grande desejo de avanço. Muitas famílias encontram na So+ma uma forma de transformar sua realidade. Na troca por capacitações, existe a oportunidade de expandir com a nova profissão e agregar conhecimento”, conta.

Claudia afirma também que o aprendizado é mútuo, e a busca por parcerias que atendam efetivamente a população é constante. “Estamos começando a trabalhar com alguns coletivos e lideranças locais, até para entender qual é a melhor linguagem para atingir cada público”, diz.

 

 

Hoje, além das unidades no Capão e no Grajaú, mais cinco estão a caminho: em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, em Campinas, no interior do Estado, e também em Salvador (BA), Uberlândia (MG) e também em Curitiba (PR).

“A gente quer mesmo é que o maior número de pessoas participe para realmente fazermos a diferença. Quando falo sobre somar, é isso mesmo: uma troca rica”, finaliza Claudia.

Onde encontrar Casa So+ma
Grajaú – Cooperpac
R. Ezequiel Lopes Cardoso, 333 – Grajaú.

Capão Redondo
Campo do Pantanal. Travessa da Rua Maria Gomes da Silva. Na altura do N.º 900 da Av Carlos Lacerda.

Somando mudanças: comportamento + mobilidade social
Somando mudanças: comportamento + mobilidade social