Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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18.05.2017
Tempo de leitura: 4 minutos

Tecnologia é uma das ferramentas para combater evasão escolar

Após projeto de robótica, índices de escola estadual caíram de 21% para 2,7% no Ensino Médio e 0,5% no Ensino Fundamental.

Imagem mostra sala de aula vazia

Após projeto de robótica, evasão em escola caiu de 21% para 2,7% no Ensino Médio

Na cidade de Campo Limpo Paulista, em São Paulo, a Escola Estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha usou a tecnologia como caminho para reduzir a evasão escolar por meio do projeto de robótica Pequenos Cientistas, criado em 2010.

Segundo o professor Alan Barbosa de Paiva, idealizador da iniciativa, o objetivo era desenvolver os conhecimentos em matemática e física, além de engajar os estudantes, a comunidade e educadores. Deu certo.

A taxa de permanência na escola atingiu a média de 7 horas por dia. Os índices de evasão escolar caíram de 21% para 2,7% no Ensino Médio e 0,5% no Ensino Fundamental, de acordo com estatísticas da Secretaria Escolar Digital, ferramenta do Governo do Estado de São Paulo.

Por meio do projeto de robótica Pequenos Cientistas, a Escola Estadual Professora Elza Facca Martins Bonilha reduziu a evasão escolar.

O caso da escola Professora Elza é um exemplo de como a luta pela redução da evasão escolar é uma constante. No Brasil, 2,5 milhões de crianças e jovens ainda estão fora da escola, segundo um levantamento realizado pelo Todos Pela Educação, com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2015.

O movimento aponta como ponto mais crítico o crescimento muito tímido no porcentual de atendimento entre 15 e 17 anos, sendo de 78,8% para apenas 82,6%, de 2005 a 2015.

Há muitos elementos que causam a evasão escolar, como condições socioeconômicas, culturais e geográficas. As estratégias para combatê-las também são múltiplas. Para Maria Rehder, coordenadora de projetos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a tecnologia pode ser uma boa aliada, desde que esteja inserida dentro de um conjunto de políticas públicas.
“A escola precisa ter uma infraestrutura adequada e o profissional valorizado. Quando a tecnologia é usada de forma participativa e democrática, pode ajudar muito”, comentou a coordenadora.

Semana de Ação Mundial

Coordenada pela Campanha Nacional de Direito à Educação há 13 anos, a Semana de Ação Mundial (SAM) brasileira ocorre entre 4 e 11 de junho em todo o país. O evento é dedicado ao tema “Pelo Plano Nacional de Educação rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, marcando o monitoramento do terceiro ano de implementação do Plano Nacional de Educação (PNE) e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas, com ênfase em educação, igualdade de gênero e fortalecimento das instâncias democráticas de participação.

Maria destacou a importância da prática da educomunicação no próprio currículo escolar. “A comunicação deve ser entendida como um processo participativo de professor e aluno, usando as novas tecnologias em um contexto local, a partir de novas possibilidades de mídia, como rádio e blog. É um ótimo caminho.”

No município do Rio de Janeiro, outra iniciativa também contou com a ajuda da tecnologia para cumprir o objetivo de reduzir significativamente o número crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos que estão fora da escola ou em risco de evasão.

Por meio de um aplicativo, o projeto Aluno Presente, realizado em 2013 pela Associação Cidade Escola Aprendiz, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, abasteceu um banco de dados com informações de crianças que estavam fora da escola em diversas comunidades da cidade.
De 23.689 crianças e adolescentes identificados, 21.807 foram reinseridas em unidades escolares.

O projeto Aluno Presente inseriu 22.131 mil crianças e adolescentes em escolas no Rio de Janeiro.

“Essa tecnologia permitiu uma análise muito qualificada, que subsidiou os trabalhadores das secretarias e serviço social. Nunca conseguiríamos essa qualidade de informação sem esse recurso”, afirma Natacha Costa, Diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz.


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