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Fechando a programação do Circuito RIA Fortaleza 2015, o último painel deu espaço a um debate mais voltado para a economia e o "faça você mesmo"

”Uma ideia na cabeça” foi o último painel do Circuito RIA

Fechando a programação do Circuito RIA Fortaleza, o último painel deu espaço a um debate mais voltado para a economia, trabalhando possibilidades de empreendedorismo e ações de iniciativas bem-sucedidas.
Abrindo o Pronto.br – Bote Sua Ideia Para Rodar, conversa mediada pelo administrador de empresas Eduardo Seidenthal, a administradora pública Ana Carla Fonseca Reis falou sobre as mudanças do mundo atual para quem quer empreender.
“Comparadas com a Revolução Industrial, as transformações de hoje acontecem numa velocidade dez vezes mais rápida, em escala 300 vezes maior. E como a gente pode agregar valor a quem está ainda plantando, há 200 anos, e agora possa fazer algo criativo? Por que a gente ainda fala de mão de obra? Porque na revolução industrial as pessoas valiam pelo que as mãos faziam, e a gente continua resumindo o ser humano inteiro por aquilo que ele faz com as mãos. Aqui no Brasil, estamos vivendo uma situação complicada, onde dos três níveis de trabalho numa sociedade – que não tem qualificação, quem tem alguma e o topo das ideias –, quem mais está dançando é a turma do meio. Porque o de cima não é substituído por máquina e sobre o de baixo não vale a pena investir em tecnologia naquele trabalho. Como a gente lida com isso, se não achamos importante?”, colocou.
Já o arquiteto e urbanista Igor Juaçaba tratou de valorizar as perspectivas que ele enxerga para o Ceará. ”Encontrei quatro razões pelas quais acredito que sejam nosso diferencial: o primeiro item é o humor, sempre acreditei nisso, da viralização, das coisas legais que podem ser compartilhadas; segundo, a localização, próxima aos três continentes, um hub de trânsito de fibra ótica dos Estados Unidos e Europa, com estrutura para pólos locais e porto; terceiro, o clima, com recursos tanto para a energia gerada por ondas como solar e eólica, além disso também se tornar um pólo de turismo; e ainda a adversidade, já que a vida do cearense sempre gerou criatividade, resiliência e persistência, comportamentos valorizados no empreendedorismo.”
Na sequência, a comunicadora Celina Hissa, que está à frente da Catarina Mina, empresa que destaca o artesanato, compartilhou a experiência pessoal e falou sobre as tendências que têm observado. “Às vezes, a gente fala muito banalmente sobre competitividade, mas temos de ter cuidado porque ela faz com que a gente não enxergue o outro. Muitos jovens vão querer trabalhar com empresas e não para empresas, e é fundamental pensar nessas palavras. Isso, com certeza, é uma tendência e uma necessidade também para que a gente sustente nossa vida em comunidade de forma geral.”
Por fim, o criador e fundador do Banco Palmas, o primeiro banco comunitário do Brasil e com sede em Fortaleza, Joaquim de Melo, contou as possibilidades do negócio e também comentou as transformações da sociedade. “Nem tudo que cresce e se desenvolve é bom, porque tem o crescimento predador, que acaba destruindo pessoas, comunidades. Então quando você vai criar um aplicativo, uma coisa nova, pensa pra quem, a serviço de quê? De tornar o mundo mais igual, justo, distribuído, ou para acentuar isso?”
O Circuito RIA, com primeira parada na capital cearense, que foi transmitido por streaming para todo o Brasil, foi ainda encerrado com uma salva de palmas e um agradecimento puxado pela diretora presidente da Fundação Telefônica Vivo, Gabriella Bighetti, e com um show da banda Figurativa, que venceu a votação e desbancou as concorrentes numa disputa de artistas locais.
Em breve, você poderá acessar os registros em vídeo de cada um dos painéis deste dia repleto de reflexão, interação e ação! Até a próxima.

Uma ideia na cabeça: último painel do Circuito RIA motiva para o “faça você mesmo”
Uma ideia na cabeça: último painel do Circuito RIA motiva para o “faça você mesmo”