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20.02.2020
Tempo de leitura: 5 minutos

Os cinco mandamentos do brincar na escola

Brincadeira não tem idade e nem lugar específico para acontecer. Entenda como incluir mais momentos lúdicos no dia a dia escolar potencializa a aprendizagem.

Imagem mostra três crianças de mochila nas costas brincando sob uma calçada com um caminho de giz desenhado

As aulas já começaram, mas ainda é tempo de planejar as atividades que acontecerão na escola durante o ano, e quem sabe não pensar mais no brincar. Que tal focar em práticas que combinam diversão e aprendizagem para todas as faixas etárias?

A Vivo lançou recentemente a iniciativa Vivo Brincar, que estimula as crianças a deixarem um pouco de lado celulares, videogames e computadores para aproveitarem as infinitas possibilidades de brincadeiras. As ideias e informações reunidas na plataforma também podem ser usadas para estimular a brincadeira dentro da sala de aula. Confira as dicas!

Normalmente, as brincadeiras são mais incentivadas na educação infantil. E, conforme as crianças crescem, há o entendimento de que elas devem se voltar para produções textuais e curriculares. Mas, não se engane: brincar é também uma excelente forma de desenvolvimento.

“O brincar é tão simbólico e pedagógico em sua ludicidade que transforma a capacidade de aprendizado em qualquer idade, inclusive para adultos”, explica Rosa Bertholini, que dá formação para educadores sobre o tema e é fundadora e diretora da Casa de Aprendizagens.

Localizada na zona oeste de São Paulo, a escola tem o brincar como seu principal pilar, tanto para Educação Infantil quanto para Ensino Fundamental I e II.

“Nas brincadeiras, as crianças aprendem a lidar com protocolos e regras, resolução de conflito, assimilam sentimentos, como frustração, autoestima e cooperação, além de exercitar o raciocínio lógico e a capacidade de abstração”, define Rosa.

Segundo a especialista, os educadores também ganham ao permitir que mais momentos de diversão façam parte do dia a dia da escola. No papel de observador atento às situações lúdicas, o professor consegue extrair valiosas informações sobre o modo de ser e pensar de cada criança e sobre a maneira como ela trabalha com as informações a sua volta.

Com a ajuda de Rosa Bertholini, listamos cinco mandamentos do brincar na escola para inspirar educadores a incorporarem mais momentos lúdicos em suas práticas diárias. Confira!

1º) Não tem idade certa para brincar

Boneca, carrinho, blocos de montar, pega-pega, vôlei, games e jogos de tabuleiro. Adultos e crianças procuram atividades lúdicas que despertem prazer e alegria. As brincadeiras nunca cessam, elas só vão aumentando o grau de complexidade conforme o desenvolvimento, a maturidade cognitiva e corporal e as necessidades de quem brinca.

Na Educação Infantil, por exemplo, as crianças vivem a fase da imaginação e da fantasia, por isso adoram envolver seus super-heróis e personagens favoritos na diversão. Já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o movimento ganha importância e favorece brincadeiras como jogar bola, dançar e correr. Conforme ficam mais velhas, elas passam a preferir jogos e atividades que envolvem competição, despertem o sentimento de grupo e pertencimento e que os desafiem.

2º) O brincar não deve ficar restrito ao intervalo

Para que a brincadeira seja genuinamente usada como instrumento pedagógico ela não pode acontecer somente nos intervalos entre uma aula e outra, no pátio do colégio. Pelo contrário, a escola deve encontrar maneiras de levar os momentos de diversão e ludicidade para os mais variados espaços, inclusive durante as aulas.

3º) Explorar ambientes diversos potencializa a aprendizagem

A falta de espaço físico ou infraestrutura não deve limitar as brincadeiras. “Com um pouco de criatividade, qualquer espaço dentro da escola pode virar um ambiente de aprendizagem, como a cozinha, o refeitório e até mesmo uma sala de aula convencional, que pode ser equipada com materiais que favorecem o brincar. Aproveite também para explorar os espaços além dos muros da escola, como parques e praças públicas”, indica Rosa Betholini.

4º) O melhor brinquedo é aquele feito pela própria criança

As atividades mão na massa, além de muito divertidas, engajam e dão autonomia aos alunos. Por isso, nada mais interessante do que deixar que as próprias crianças construam seus brinquedos.

A dica é deixar ao alcance dos estudantes algumas caixas com materiais diversos que servem de matéria-prima para os brinquedos que serão construídos, como pedaços de tecido, garrafa pet, folhas, gravetos e pedras colhidos da natureza, colher de pau e tampa de panela, rolinho de papel higiênico, etc.

Confira o tutorial da personagem Violeta, do Vivo Brincar, ensinando para as crianças como fazer uma pipa:

Assistir Vídeo

5º) Cuidado com os estereótipos

Segundo estudo das educadoras Fernanda Mara Silvestre, Rosângela Veiga e Viviam Carvalho de Araújo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, meninos e meninas tendem a brincar e a preferir brinquedos diferentes, especialmente dos 4 aos 6 anos de idade. Isso, porém, não deve alimentar estereótipos de gênero, baseados na crença de que certos comportamentos e objetos são restritos a um ou outro grupo. A desconstrução de práticas e ideias estereotipadas começa ao se oferecer acesso irrestrito aos brinquedos e brincadeiras.

Curso para Educadores: Jogos e Brincadeiras para além da seriação

Que tal fazer uma formação online que analisa e discute a potencialidade de jogos e brincadeiras na educação? No próximo dia 2 de março, começa o curso Jogos e Brincadeiras: para além da seriação na plataforma Escolas Conectadas,projeto que faz parte do ProFuturo– iniciativa global da Fundação Telefônica Vivo com a Fundação ”la Caixa”-, e incentiva a formação continuada para professores da Educação Básica. Inscreva-se gratuitamente e participe!


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