Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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04.02.2019
Tempo de leitura: 3 minutos

Alunas criam aplicativo para combater o bullying na escola

Estudantes da rede pública de ensino de Campo Bom (RS) são premiadas pelo app Tigre Branco, que busca estimular os jovens a fazer o bem e valorizar a vida

As alunas Manoela Kieling, Laura Schuster e Julia Dapper, que ajudaram a desenvolver o aplicativo de combate ao bullying, estão sorrindo para a foto com uma bandeira da Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho ao fundo.

A professora Silvia Duarte, do laboratório de informática da Escola Municipal de Ensino Fundamental 25 de Julho, em Campo Bom, na região metropolitana de Porto Alegre-RS, ficou assustada quando descobriu que uma adolescente da cidade tentou tirar a própria vida após participar de um fórum online que incentivava práticas violentas. Alarmada com a situação, conversou com seus alunos e, juntos resolveram criar um aplicativo para combater o bullying na escola.

Em resposta à agressividade dos desafios disseminados por redes sociais e que ficaram conhecidos no mundo e no Brasil como Baleia Azul, a ideia era estimular a prática de boas ações entre as pessoas. Foi assim que nasceu o Tigre Branco.

As alunas Manoela Kieling, Laura Schuster e Julia Dapper se candidataram para a tarefa de desenvolver o aplicativo. O projeto foi trabalhado durante o contraturno, de forma colaborativa e sob a supervisão da professora de informática.

“Gostamos imediatamente da ideia de estimular pessoas a fazer o bem. É muito interessante olhar para trás e ver o que construímos, mesmo não tendo experiência no desenvolvimento de aplicativos. Além de um aprendizado profissional, também nos marcou poder olhar para o outro com mais atenção”, conta a aluna e desenvolvedora Laura Schuster.

O aplicativo Tigre Branco inclui, entre as 50 etapas que compõem o jogo, ações como doar um livro para uma biblioteca, dar bom dia, dizer obrigada e dar água ou comida para um animal que esteja na rua.

As atividades ou desafios são pensados para trabalhar o eu, o outro e o meio social. “Afinal, só quando só quando estamos bem com nós mesmos é que podemos olhar para o próximo e para a sociedade, não é?”, afirma a professora Silvia.

Tecnologia para fazer o bem

Ícone do aplicativo Tigre Branco, que combate o bullying, mostra o brasão de um tigre estilizado com moldura colorida.

As estudantes e a professora se encontravam semanalmente e levaram cerca de cinco meses para o desenvolvimento do aplicativo, que já contabiliza mais de 1.000 downloads. A iniciativa também foi reconhecida pelo Prêmio Criativos da Escola 2018, que destaca projetos criados por jovens e educadores de todo o país.

“Ver as pessoas usando o aplicativo já seria super motivador. Mas, quando ganhamos o prêmio nacional, tivemos certeza de que estamos fazendo a diferença não só na nossa cidade, mas também em outros lugares. Essa conquista nos deixa mais animadas para novas ideias no futuro”, acredita Laura Schuster.

Em 2019, o plano é dar continuidade ao Tigre Branco, recrutar mais voluntários para participar do projeto e investir em um canal no YouTube para que o alcance da iniciativa seja ainda maior.

“As mídias digitais são fundamentais para o Tigre Branco. Primeiro porque a nossa aposta para valorizar a vida foi, justamente, a partir do desenvolvimento de um aplicativo para jovens, segundo porque quase todos os alunos possuem um smartphone em casa. A gente tem de trazer a tecnologia para perto da gente como uma aliada, pois sabendo usar, ela pode fazer maravilhas por todos nós”, conclui a professora Silvia Duarte.


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