Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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23.02.2018
Tempo de leitura: 3 minutos

Barco Hacker ajuda ribeirinhos no Pará a se conectarem

Projeto na Amazônia promove oficinas e palestras que levam tecnologia e inovação a comunidades de Belém

Projeto Barco Hacker, na Amazônia, promove oficinas e palestras que levam tecnologia e inovação a comunidades de Belém

O arquipélago de Belém, capital do Pará, conta com mais de 40 ilhas, muitas delas localizadas em regiões de difícil acesso. Pensando na população ribeirinha desses lugares afastados, a empreendedora social Kamila Brito, 30 anos, teve a ideia de criar o Barco Hacker para levar tecnologia e informação a essas comunidades.

Com equipamentos doados (desde cabos a geradores) e um barco alugado, o projeto começou em 2014, e já teve mais de 970 pessoas envolvidas. “Queríamos fazer algo que pudéssemos aprender junto e, principalmente, permitir que a tecnologia conectasse as pessoas”, diz Kamila.

Voluntários de diversas áreas de atuação que topam participar das “missões” oferecem aos ribeirinhos oficinas e palestras sobre como a tecnologia pode ajudar na transformação e desenvolvimento de suas comunidades, além de imersões sobre empoderamento, igualdade de gênero, empreendedorismo e inovação. Kamila conta também que, muitas vezes, é o próprio Barco Hacker o responsável por levar energia elétrica a determinadas localidades.

“Estamos abrindo portas para que as pessoas consigam ir além, para que elas tenham uma oportunidade que eu não tive, e elas têm todo o apoio da equipe do barco”, afirma a empreendedora.

Além de Kamila, a equipe fixa do Barco Hacker é composta por outras três mulheres e um homem. Antes das viagens com os voluntários, que geralmente acontecem a cada três meses, essa equipe se reúne com os líderes das comunidades ribeirinhas para explicar o projeto e as atividades, que acontecem sempre aos finais de semana.

“É uma ideia muito inovadora pra região onde a gente está”, diz Kamila. “Eu sempre tenho que explicar várias vezes para mobilizar e convencer as pessoas de que o barco é seguro e que elas vão aprender coisas legais”.

Em uma das viagens, por exemplo, o Barco Hacker promoveu uma oficina de robótica para crianças. “Ver o brilho nos olhos delas, trabalhando em equipe, fazendo robozinho, isso passa para a gente valores que não se encontram em nenhuma empresa e nos fazer seguir em frente com o projeto”, diz.

Segundo a empreendedora social, a maior dificuldade é captar recursos para que o projeto sobreviva, uma vez que os custos com o aluguel do barco e com os equipamentos usados nas oficinas são bastante elevados. Mesmo assim, ela acredita na longevidade da iniciativa.

“Todo mundo tem que acreditar nas suas ideias”, diz Kamila. “Eu tive que estudar muito, sobre barcos, marés, fiz curso de sobrevivência em águas. Eu achava que uma mulher falar sobre tecnologia em um barco na Amazônia seria impossível, até eu fazer.”

Para ajudar o projeto ou até mesmo embarcar nas viagens até as ilhas, basta se inscrever na lista de voluntários divulgada nas redes sociais do Barco Hacker. E aí, vamos zarpar?

“Tenho certeza que o Barco Hacker deixará um legado. É a prova que a Amazônia tem pessoas que podem fazer a diferença com o que têm em suas mãos”


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