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30.08.2021
Tempo de leitura: 5 minutos

Como funciona o cérebro dos programadores?

Cientistas mapearam a atividade neural para saber quais mecanismos são ativados quando uma pessoa realiza a programação de computadores

imagem ilustrativa de uma pessoa no computador e um cérebro ao lado mostra como funciona o cérebro dos programadores

Você já parou para pensar quais áreas do cérebro dos programadores são ativadas quando eles fazem a programação de um sistema para computador ou celular?

Foi para desvendar esse enigma que cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, nos Estados Unidos, realizaram um estudo de neurociência, publicado na revista eLife, com a participação de adultos que tinham algum conhecimento ou muita experiência em programação. A ideia não era entender a diferença no aprendizado entre as pessoas, mas como elas aprendem e interpretam um novo código.

Eles descobriram que, em alguns aspectos, a ação de aprender a programar um computador é semelhante à prática de aprender um novo idioma. Apesar dessa similaridade, os neurocientistas observaram que o ato de ler o código de computador não ativa somente as regiões do cérebro envolvidas para favorecer a linguagem.

“Descobrir quais regiões do cérebro são responsáveis ​​por certas habilidades pode nos ajudar a entender mais sobre como as pessoas aprendem. Nosso trabalho mostra que a linguagem e a compreensão do código do computador dependem de diferentes sistemas cerebrais, então as pessoas que são boas em aprender novas linguagens não são necessariamente boas em programação, e vice-versa”, ressalta Anna Ivanova, estudante de pós-graduação do MIT e uma das principais autoras do estudo.

infográfico mostra como funciona o cérebro dos programadores: A rede de demanda múltipla se espalha pelos lobos frontal e parietal do cérebro, é normalmente recrutada para tarefas que exigem manter muitas informações em mente ao mesmo tempo, além de ser responsável por nossa capacidade de realizar uma ampla variedade de tarefas mentais. Já a rede linguística é um conjunto de regiões cerebrais que processam línguas naturais, ou seja, os idiomas, como o inglês ou o português.

Embora a leitura de código de computador ative a rede de demanda múltipla, ela parece depender mais de diferentes partes da rede cerebral do que somente das que resolvem os problemas de matemática ou lógica, por exemplo. O estudo indica que entender o código do computador parece ser algo peculiar.

“Curiosamente, enquanto a matemática e a lógica geralmente ativam várias regiões de demanda no hemisfério esquerdo, o código do computador ativou ambos os hemisférios”, diz Ivanova.

Decifrando códigos em diferentes idades 

Apesar de a análise ter sido feita com participantes acima de 21 anos, uma das linguagens usadas para estudo foi a Scratch Jr, projetada para crianças de 5 a 7 anos. Ela consiste em blocos de código (com funções como “para cima”, “para a esquerda”, “pula”, “repete”) que os pequenos podem montar para fazer desenhos animados ou jogos.

A outra linguagem usada foi a Python, muito conhecida entre os programadores adultos. Ambas ativaram a rede de demanda múltipla, mostrando que os resultados se aplicam a uma ampla gama de linguagens de programação.

“Como uma das linguagens usadas foi projetada para crianças nessa faixa etária, então definitivamente há oportunidades para começar a aprender cedo”, lembra Anna Ivanova.

Mas o que é preciso para ser programador? 

Muitas pessoas presumem que seja preciso saber fazer contas e cálculos para aprender programação de computadores. Mas, segundo a pesquisa, a maioria das vagas em Ciência da Computação não exige muita matemática. “Você não precisa esperar o desenvolvimento de outras habilidades para começar a aprender a codificar”, observa a estudante do MIT.

Os neurocientistas da área já têm uma noção do que acontece no cérebro quando alguém lê, toca música ou estuda matemática, mas os mecanismos neurais relacionados à programação de computadores ainda são uma novidade.

As descobertas sugerem que ainda não há uma resposta definitiva, já que a programação envolve várias funções cognitivas.

“Esperamos que trabalhos futuros investiguem esses outros componentes da programação com mais detalhes”, finaliza Anna Ivanova.

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