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26.05.2009
Tempo de leitura: 4 minutos

Conferência infanto-juvenil vai debater mudanças ambientais

Estudantes de todo o país reúnem-se para debater as mudanças ambientais globais e propor alternativas para a sustentabilidade do planeta. Saiba mais!

Encontro sobre mudanças ambientais reúne estudantes em Luziânia, Goiás

Estudantes de todo o país reúnem-se a partir desta sexta, 3 de abril, na cidade de Luziânia, em Goiás, para debater as mudanças ambientais globais e propor alternativas para a sustentabilidade do planeta. A 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil é a culminância de um processo iniciado em 2008 que mobilizou mais de 3,5 milhões de pessoas em escolas e comunidades.
Promovido pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, o evento tem como proposta fortalecer a educação ambiental nos sistemas de ensino com o envolvimento da escola na construção de políticas públicas.
Participarão da plenária nacional, em Luziânia, cerca de mil pessoas, sendo 670 estudantes de 11 a 14 anos, 80 facilitadores de coletivos jovens de meio ambiente, 126 educadores e gestores estaduais e 70 observadores internacionais de 43 países. (A programação segue anexada a esta).
Entre as atividades previstas para os cinco dias da conferência estão oficinas de teatração ambiental, vídeo, publicidade, comunidade virtual, rádio, fanzine, carta e de trilha da vida. Todo o conteúdo produzido pelos jovens nas oficinas de vídeo e mídia digital estará disponível na comunidade virtual “Vamos Cuidar do Brasil”, no Portal EducaRede (www.educarede.org.br) da Fundação Telefônica, pela qual professores e alunos de escolas de todo o país poderão interagir e sugerir propostas para o enfrentamento da atual crise ambiental.
O evento será encerrado na terça-feira, dia 7, a partir das 15h com uma caminhada das crianças pela Esplanada dos Ministérios para apresentar as propostas discutidas durante a conferência. Ao final da caminhada, a Carta das Responsabilidades será entregue a autoridades no Teatro Nacional. Para o encerramento foram convidados o presidente da república e os ministros da Educação e do Meio Ambiente.

Histórico
A primeira edição da conferência foi em 2003, envolvendo 15.452 escolas e mobilizando 5.658.877 pessoas em 3.461 municípios. A segunda conferência, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas e comunidades, totalizando 3.801.055 pessoas em 2.865 municípios.
O processo da conferência infanto-juvenil se caracteriza pela dinâmica de encontros e diálogos para debater temas, deliberar coletivamente e escolher os representantes das escolas que levarão as propostas para as etapas seguintes. Segundo a coordenadora-geral de educação ambiental do MEC, Rachel Trajber, a riqueza da aprendizagem sempre acontece nas escolas e no diálogo com as comunidades. Neste ano, explica, com o apoio do MEC, as conferências estaduais mobilizaram milhares de pessoas e chegaram a envolver diversos agentes e governos locais.

Educação crítica – A conferência é voltada para o fortalecimento da cidadania ambiental nas escolas e comunidades a partir de uma educação crítica, participativa, democrática e transformadora. Para fomentar o debate, um material didático foi distribuído em 2008 a todas as redes do ensino fundamental do país (58 mil escolas), com diversos objetivos: contribuir para a melhoria do desempenho das escolas e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); incentivar a inclusão da temática socioambiental e da sustentabilidade no projeto político-pedagógico; fortalecer o papel da escola na construção de políticas públicas de educação e de meio ambiente.
Os temas abordados na conferência relacionam quatro elementos – terra, água, fogo e ar – com os problemas contemporâneos que afetam os sistemas naturais e as populações. E cada elemento inclui o debate sobre ações e medidas sustentáveis.
Para Aline Matias, 20 anos, integrante do Coletivo Jovem de Alagoas, “a educação ambiental tem se transformado a partir da conferência infanto-juvenil”. Ela foi delegada aos 14 anos e facilitadora na segunda edição em 2006. Agora faz parte da comissão organizadora estadual. Para Aline, a conferência é importante. “Se os professores abraçarem mais esse processo, os delegados poderão colocar em prática o que aprenderam”, sugere.
Quem participa desta mobilização espera que a Carta das Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais, documento que será elaborado pelos delegados no evento, tenha o governo e a sociedade como co-responsáveis por transformações urgentes. É o caso da delegada eleita Ana Luísa de Souza, 14 anos, que participa pela primeira vez. “Acho legal o processo nas escolas”, comenta a estudante do Distrito Federal.


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