Nota técnica "Educar na era da Inteligência Artifical: Caminhos para a BNCC Computação"

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17.12.2015
Tempo de leitura: 4 minutos

Criatividade marca apresentações dos pitches de jovens empreendedores em quatro estados

Para celebrar o empreendedorismo, palavra-chave do mês de novembro, jovens apoiados pela Fundação compartilharam suas ideias em Santarém (PA), Vale do Jequitinhonha (MG), Santa Cruz Cabrália (BA) e São Paulo (SP).

Novembro de 2015, mês do empreendedorismo, foi marcado pelo início das apresentações finais dos pitches desenvolvidos pelos jovens integrantes da Plataforma de Desenvolvimento de Empreendedores (PDE). As apresentações das iniciativas, desenvolvidas durante todo o ano em Santarém (PA), Vale do Jequitinhonha (MG), Santa Cruz Cabrália (BA) e São Paulo (SP), duram de 3 a 5 minutos – mas o objetivo de cada uma delas é de longo prazo. A ideia é potencializar as habilidades das equipes para desenvolver soluções voltadas ao desenvolvimento local por meio da tecnologia.

O município de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha é um dos endereços que reúne essa meninada disposta a empreender e ajudar suas comunidades por meio de projetos sociais. Um bom exemplo é o da jovem Ingridy Rodrigues Almeida, moradora da cidade com pouco mais de 20 mil habitantes.

Aos 15 anos, ela e um grupo de cinco amigos começaram a se incomodar com a falta de estrutura que as pessoas portadoras de deficiência visual encontravam: nas bibliotecas, não há livros em Braille, tampouco cardápios nas lanchonetes. Semelhante dificuldade é tida nas salas de aula, com os materiais didáticos. Em uma pesquisa de campo, Ingridy e sua turma descobriram educadores bastante interessados em aprender o sistema de leitura para cegos, mas que não conseguiam conciliar seus horários para comparecer em aulas presenciais. A solução? Criar um portal para que professores pudessem aprender e ensinar o código universal, com material gratuito para download.

Assim nasceu o Inobraille, uma dos pitches finalistas do PDE, projeto da Fundação Telefônica Vivo, realizado em parceria com a Aliança Empreendedora, o Instituto Quintessa e o Semente de Negócios. “É muito interessante ver uma ideia sair do papel. Já temos duas empresas da cidade que nos apoiam. Vamos seguir em busca de mais patrocínio para colocar o portal no ar”, diz Ingridy, esperançosa.

De acordo com Solange Paula Tejada Berloffa, coordenadora do Polo Pedra Azul, o ano de 2015 deixa boas marcas. “Tivemos muito aprendizado, desde as equipes de trabalho até os jovens. Foi o primeiro ano de atuação do CEDEDICA-Vale no projeto, que contemplava temas pouco trabalhados na região do Vale do Jequitinhonha, como empreendedorismo e tecnologia.”

Conexão de ideias e de interesses

Ideias tão criativas suportam várias temas. Desde o “Pelos Social”, para acolher e tratar os cachorros de rua, ao “Educanerd”, um aplicativo que mistura jogos à educação. Quem quiser montar o próprio lanche consegue acessar o “Make Food” ou, ao esquecer o carregador em casa, pode procurar por um estabelecimento em que o porta-guardanapos vai além da função decorativa, ao se transformar em carregador de celular, com a iniciativa do “Lugar Coolnect”. O “Cocoricó Caipira” facilita a venda de galinhas no interior do Pará, enquanto o “Açougue Express” ou “Barco Açougue” promete o que o próprio nome diz: levar carne para a população ribeirinha com dificuldade de acesso aos grandes mercados.

Todos os projetos são pensados em duas etapas. A primeira fase tem caráter mais inspiracional, para levar exemplos de cultura digital e empreendedora aos jovens participantes. Já no segundo semestre, acontece a parte mais técnica, com a mão na massa: é a hora de testar os projetos com o público e adaptar as ideias.

A cada ano, o PDE apresenta resultados mais positivos e motivadores. Apropriados sobre os temas, os grupos se sentem fortes e seguros ao sugerir a tecnologia como alternativa para as soluções do dia a dia.

“O conhecimento e técnicas trabalhadas no PDE ofertam possibilidades reais de transformação, tanto dos participantes quanto das comunidades nas quais estão inseridos”, ressalta Solange Berloffa. Trata-se de um ideal partilhado pela Fundação: juntos, somos mais fortes. E melhores.


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